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06/02/2007
-
09h15
FERNANDO CANZIAN
da Folha de S.Paulo
Os próximos dias continuarão trazendo uma forte pressão de queda nas cotações do dólar, principalmente pela ação de grandes bancos que se encontram hoje em posição 'comprada' --ou seja, com dólares que consideram estar 'sobrando' em suas carteiras.
No início de fevereiro, essas posições eram estimadas em até US$ 10 bilhões, montante do qual os bancos querem se livrar agora, pressionando a moeda ainda mais para baixo.
As carteiras em dólares estavam constituídas desde antes da decisão do Copom de reduzir em apenas 0,25 ponto percentual a taxa básica de juros, na semana passada.
Antes também de ficar claro para o mercado que o Fed, o banco central dos EUA, deve interromper o processo de elevação dos juros americanos.
Juros estáveis nos EUA e queda menor da Selic no Brasil significam duas coisas: os papéis do Tesouro americano não devem atrair mais dólares do resto do mundo para dentro dos EUA --e para fora do Brasil.
Ao mesmo tempo, a redução da Selic em ritmo mais lento significa que aplicar em papéis do Tesouro brasileiro, que pagam a maior taxa de juros do mundo, continua sendo um excelente investimento.
A maior parte das vendas de dólares que os bancos tentarão fazer nas próximas semanas tem justamente esse destino: aproveitar o elevado juro básico praticado pelo BC.
Operadores no mercado de câmbio afirmam que eventuais ações do BC para segurar as cotações só diminuirão a intensidade da queda, mas a tendência de baixa é predominante.
'O governo não tem solução técnica para sustentar as cotações, pois não vai conseguir agir na mesma proporção das posições compradas dos bancos. O que fica claro nesse movimento é que a política de juros está errada', afirma Sidnei Nehme, diretor-executivo da NGO, tradicional corretora de câmbio de São Paulo.
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Bancos devem vender mais dólares para aplicar em juros
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da Folha de S.Paulo
Os próximos dias continuarão trazendo uma forte pressão de queda nas cotações do dólar, principalmente pela ação de grandes bancos que se encontram hoje em posição 'comprada' --ou seja, com dólares que consideram estar 'sobrando' em suas carteiras.
No início de fevereiro, essas posições eram estimadas em até US$ 10 bilhões, montante do qual os bancos querem se livrar agora, pressionando a moeda ainda mais para baixo.
As carteiras em dólares estavam constituídas desde antes da decisão do Copom de reduzir em apenas 0,25 ponto percentual a taxa básica de juros, na semana passada.
Antes também de ficar claro para o mercado que o Fed, o banco central dos EUA, deve interromper o processo de elevação dos juros americanos.
Juros estáveis nos EUA e queda menor da Selic no Brasil significam duas coisas: os papéis do Tesouro americano não devem atrair mais dólares do resto do mundo para dentro dos EUA --e para fora do Brasil.
Ao mesmo tempo, a redução da Selic em ritmo mais lento significa que aplicar em papéis do Tesouro brasileiro, que pagam a maior taxa de juros do mundo, continua sendo um excelente investimento.
A maior parte das vendas de dólares que os bancos tentarão fazer nas próximas semanas tem justamente esse destino: aproveitar o elevado juro básico praticado pelo BC.
Operadores no mercado de câmbio afirmam que eventuais ações do BC para segurar as cotações só diminuirão a intensidade da queda, mas a tendência de baixa é predominante.
'O governo não tem solução técnica para sustentar as cotações, pois não vai conseguir agir na mesma proporção das posições compradas dos bancos. O que fica claro nesse movimento é que a política de juros está errada', afirma Sidnei Nehme, diretor-executivo da NGO, tradicional corretora de câmbio de São Paulo.
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