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20/02/2007
-
15h42
da France Presse, em Paris
O primeiro-ministro francês, Dominique de Villepin, confirmou nesta terça-feira que a Airbus pretende anunciar o corte de 10 mil postos de trabalho para enfrentar uma séria crise, indicando, no entanto, que ainda não há uma data para anunciar a medida nem um plano de reestruturação industrial devido a divergências franco-alemãs.
"Dez mil empregos, é o que está previsto no plano. Resta saber como as coisas serão feitas. Nós pedimos ao presidente da empresa, Louis Gallois para que não faça demissões sem garantias, para cada pergunta dos trabalhadores há uma resposta", declarou Villepin à rádio francesa RTL.
"Ajustar as necessidades da empresa implica em adotar medidas em termos de emprego que são difíceis", reconheceu.
Nesta terça-feira, o comitê europeu da Airbus vai se reunir, mas o anúncio dos detalhes deste plano de recuperação foi adiado por falta de consenso entre os países onde a empresa opera, no que se refere à distribuição das atividades do programa para o avião A350.
O plano prevê, em linhas gerais, reorganização industrial e cortes de empregos. A Alemanha teme pagar o preço mais alto da reestruturação, com a suspensão das atividades tecnológicas desenvolvidas no país pelo construtor.
França e Alemanha são os dois grandes acionistas, em partes iguais, do grupo aeronáutico e de defesa europeu EADS, sociedade matriz da Airbus, mas esse equilíbrio é às vezes ameaçado por suscetibilidades nacionalistas.
O grupo francês Lagardère possui 7,5% do capital da EADS e o Estado francês, 15%. Os alemães possuem no total 22,5%, através do construtor germano-americano DaimlerChrysler (15%) e um consórcio alemão público e privado (7,5%).
A Espanha fica com mais 5% mediante o holding público Sepi, e o restante é cotado em Bolsa.
O plano de reestruturação da Airbus prevê uma ampla reorganização industrial, além das supressões de emprego, com o objetivo de reduzir até 2010 os custos da Airbus em 2 bilhões de euros anuais.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre a Airbus
Governo francês confirma que a Airbus pode demitir 10 mil funcionários
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O primeiro-ministro francês, Dominique de Villepin, confirmou nesta terça-feira que a Airbus pretende anunciar o corte de 10 mil postos de trabalho para enfrentar uma séria crise, indicando, no entanto, que ainda não há uma data para anunciar a medida nem um plano de reestruturação industrial devido a divergências franco-alemãs.
"Dez mil empregos, é o que está previsto no plano. Resta saber como as coisas serão feitas. Nós pedimos ao presidente da empresa, Louis Gallois para que não faça demissões sem garantias, para cada pergunta dos trabalhadores há uma resposta", declarou Villepin à rádio francesa RTL.
"Ajustar as necessidades da empresa implica em adotar medidas em termos de emprego que são difíceis", reconheceu.
Nesta terça-feira, o comitê europeu da Airbus vai se reunir, mas o anúncio dos detalhes deste plano de recuperação foi adiado por falta de consenso entre os países onde a empresa opera, no que se refere à distribuição das atividades do programa para o avião A350.
O plano prevê, em linhas gerais, reorganização industrial e cortes de empregos. A Alemanha teme pagar o preço mais alto da reestruturação, com a suspensão das atividades tecnológicas desenvolvidas no país pelo construtor.
França e Alemanha são os dois grandes acionistas, em partes iguais, do grupo aeronáutico e de defesa europeu EADS, sociedade matriz da Airbus, mas esse equilíbrio é às vezes ameaçado por suscetibilidades nacionalistas.
O grupo francês Lagardère possui 7,5% do capital da EADS e o Estado francês, 15%. Os alemães possuem no total 22,5%, através do construtor germano-americano DaimlerChrysler (15%) e um consórcio alemão público e privado (7,5%).
A Espanha fica com mais 5% mediante o holding público Sepi, e o restante é cotado em Bolsa.
O plano de reestruturação da Airbus prevê uma ampla reorganização industrial, além das supressões de emprego, com o objetivo de reduzir até 2010 os custos da Airbus em 2 bilhões de euros anuais.
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