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22/02/2007 - 09h36

Lula discute cargos do BC com Meirelles

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KENNEDY ALENCAR
da Folha de S.Paulo

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu ontem com o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, para discutir novos nomes que deverão integrar a diretoria da instituição no segundo mandato.

Preocupado com a valorização do real, que ontem caiu novamente --0,72%, para R$ 2,078--, os dois debateram ainda medidas que evitem o prolongamento desse processo.

Meirelles se reuniu com o ministro Guido Mantega (Fazenda) após o encontro com Lula. Pauta: diretoria do BC e câmbio.

Como antecipou a Folha, Lula já decidiu pela manutenção de Meirelles. E disse ao presidente do BC que deseja saber quais diretores continuarão e quais sairão. Lula quer aprovar os nomes.

É uma inflexão na sua relação com o BC. No primeiro mandato, o presidente deu carta branca para Meirelles escolher sua equipe. Na segunda etapa de governo, deseja discutir o perfil.

Nas conversas reservadas, Lula faz críticas a um suposto excesso de conservadorismo do Banco Central. Avalia que o processo de queda de juros poderia ser mais célere.

O presidente não pretende acabar com a autonomia técnica que conferiu ao BC no primeiro mandato. Mas, segundo expressão dele próprio em conversas reservadas, manterá Meirelles "na rédea curta". Ou seja, aumentará o número de vezes em que discutirá decisões econômicas.

Há expectativa de que Afonso Bevilaqua (diretor de Política Econômica), que já pediu para sair do governo, deixe seu posto em breve. Meirelles e Bevilaqua gostariam de indicar Mário Mesquita, o atual diretor de Estudos Especiais, para a diretoria de de Política Econômica.

Reforma ministerial

O presidente avalia que a reforma ministerial é uma oportunidade "natural" para fazer modificações na diretoria do BC. Bevilaqua, visto no Palácio do Planalto como o "conservador" que influencia as grandes decisões da instituição, esteve perto de ser trocado algumas vezes no primeiro mandato.

O vazamento dessa possibilidade sempre foi usado por Meirelles e o ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci Filho para evitar modificações no BC. Argumentavam que o mercado financeiro poderia vê-las como fim da autonomia técnica e que isso só geraria maior rigor fiscal. Alguém tão ou mais conservador deveria ser indicado para a manutenção da credibilidade do BC. Foi assim que Bevilaqua escapou da forca algumas vezes.

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