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25/02/2007
-
10h02
IVONE PORTES
da Folha Online
A tendência é aumentar cada vez mais o consumo de vinhos no Brasil, principalmente do produto nacional, avalia o diretor-comercial da Cooperativa Vinícola Aurora, Carlos Zanotto.
Os brasileiros consomem em média cerca de 2 litros de vinho por ano, volume bem inferior aos cerca de 32 litros consumidos pelos argentinos e dos 24 litros dos uruguaios. Na Europa, o consumo anual por habitante é de aproximadamente 60 litros. Esses números mostram que o Brasil tem um grande potencial de crescimento em consumo de vinho.
"Acreditamos que muito da valorização dos importados, não só do vinho, pelos brasileiros se deve ao tempo em que o Brasil ficou sem acesso fácil a estes produtos. Acreditamos que na medida em que os jovens comecem a consumir vinhos e espumantes, com certeza teremos um crescimento e um reconhecimento da qualidade dos vinhos brasileiros", disse Zanotto.
A melhora no sistema de condução das videiras, o acesso à tecnologia, a automação e o cuidado na seleção das uvas são alguns dos fatores que têm contribuído com a qualidade do produto brasileiro, tornando-o competitivo com vinhos estrangeiros.
"Ter qualidade não é mais um diferencial e sim uma obrigação para se manter no mercado. Diversos fatores podem ser citados na conquista qualitativa dos vinhos e espumantes nacionais, como a tecnologia disponível para qualquer mercado, a formação técnica dos enólogos, a exigência crescente dos consumidores brasileiros, a atuação da Embrapa [Empresa Brasileira de Agropecuária] e o benchmarking [padrão de qualidade]."
A Aurora, que completou 76 anos neste mês, elabora vinhos finos desde a década de 50. A cooperativa conta hoje com 1.300 famílias associadas, ou seja, que produzem uvas para a vinícola. Por ano, vende 40 milhões de garrafas de vinho. Deste total, 30% são de vinhos finos.
"A Cooperativa Vinícola Aurora conta com engenheiros agrônomos e técnicos agrícolas que auxiliam as famílias associadas da cooperativa desde a escolha da forma de cultivar até a época da colheita, quando a uva alcança o grau de maturação adequado."
Segundo ele, os produtores de uvas da Aurora se concentram em oito municípios da Serra Gaúcha, sendo que a maior parte está em Bento Gonçalves (RS).
"O diferencial competitivo de uma cooperativa é o fato de ter a produção garantida, sem sofrer os impactos de mercado comuns às empresas que necessitam buscar produção."
Além disso, a cooperativa mantém um Centro Tecnológico onde adapta mudas e testa sistemas de condução desde a década de 70.
Entre as principais marcas de vinhos produzidos pela cooperativa estão o Aurora --espumantes, linha Reserva, linha Pequenas Partilhas - 75 anos e linha Varietal--, Marcus James --vinhos e espumantes--, Conde de Foucauld --espumantes premiados com boa relação custo benefício--, Saint Germain e Clos des Nobles. Os mais vendidos, segundo Zanotto, são Marcus James, Saint Germain e o Espumante Conde de Foucauld.
De acordo com pesquisa divulgada pela ACNielsen, em setembro do ano passado, a Vinícola Aurora é a campeã brasileira na venda de vinhos em supermercados. Segundo o levantamento, a cooperativa foi a fornecedora campeã de comercialização nas categorias "vinho tinto" e "vinho branco" no varejo em 2005.
"Atribuímos a liderança em vinhos brancos e tintos, segundo a Nielsen, à excelente relação custo benefício", disse.
Fenavinho
Os organizadores da Fenavinho 2007 (Feira Nacional do Vinho), realizada em Bento Gonçalves (RS), comemoram os resultados do seu primeiro ano como uma feira comercial . O evento, embora esteja na 13ª edição, não tinha como foco a realização de negócios.
Segundo os organizadores, em 14 dias --de 26 de janeiro a 20 de fevereiro, só nos finais de semana-- a Fenavinho recebeu mais de 150 mil visitantes, triplicando os números alcançados na edição de 2005.
Durante a feira, os vinhos e espumantes, além de poderem ser degustados nos estandes das 84 vinícolas participantes, foram comercializados com preços até 30% inferiores aos praticados no varejo. Com isso, foram comercializados na Fenavinho mais de 50 mil garrafas, incluindo as vendas nos estandes, no Filó Gastronômico, nas Ilhas de Vinhos e Espumantes, além do varejo das cantinas, incrementado com o enoturismo gerado pelo evento. Um crescimento de 180% em relação à edição anterior.
Muitas vinícolas só no primeiro final de semana da festa venderam mais do que em todo o período do evento de 2005.
As rodadas de negócios com os compradores nacionais deverão representar um montante em vendas da ordem de R$ 900 mil no período de um ano e com os importadores, de US$ 1,2 milhão.
O evento é realizado a cada dois anos. Os trabalhos para a organização da Fenavinho Brasil 2009 devem ter início já no mês de março. A expectativa é que o próximo evento conte com a participação de cerca de 120 vinícolas de todas as regiões produtoras do Brasil.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre a Fenavinho
Leia o que já foi publicado sobre o vinho brasileiro
Aurora aposta no potencial de crescimento do consumo de vinhos no Brasil
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da Folha Online
A tendência é aumentar cada vez mais o consumo de vinhos no Brasil, principalmente do produto nacional, avalia o diretor-comercial da Cooperativa Vinícola Aurora, Carlos Zanotto.
Os brasileiros consomem em média cerca de 2 litros de vinho por ano, volume bem inferior aos cerca de 32 litros consumidos pelos argentinos e dos 24 litros dos uruguaios. Na Europa, o consumo anual por habitante é de aproximadamente 60 litros. Esses números mostram que o Brasil tem um grande potencial de crescimento em consumo de vinho.
"Acreditamos que muito da valorização dos importados, não só do vinho, pelos brasileiros se deve ao tempo em que o Brasil ficou sem acesso fácil a estes produtos. Acreditamos que na medida em que os jovens comecem a consumir vinhos e espumantes, com certeza teremos um crescimento e um reconhecimento da qualidade dos vinhos brasileiros", disse Zanotto.
Divulgação |
Detalhe do cultivo de uvas pela cooperativa |
"Ter qualidade não é mais um diferencial e sim uma obrigação para se manter no mercado. Diversos fatores podem ser citados na conquista qualitativa dos vinhos e espumantes nacionais, como a tecnologia disponível para qualquer mercado, a formação técnica dos enólogos, a exigência crescente dos consumidores brasileiros, a atuação da Embrapa [Empresa Brasileira de Agropecuária] e o benchmarking [padrão de qualidade]."
A Aurora, que completou 76 anos neste mês, elabora vinhos finos desde a década de 50. A cooperativa conta hoje com 1.300 famílias associadas, ou seja, que produzem uvas para a vinícola. Por ano, vende 40 milhões de garrafas de vinho. Deste total, 30% são de vinhos finos.
"A Cooperativa Vinícola Aurora conta com engenheiros agrônomos e técnicos agrícolas que auxiliam as famílias associadas da cooperativa desde a escolha da forma de cultivar até a época da colheita, quando a uva alcança o grau de maturação adequado."
Segundo ele, os produtores de uvas da Aurora se concentram em oito municípios da Serra Gaúcha, sendo que a maior parte está em Bento Gonçalves (RS).
"O diferencial competitivo de uma cooperativa é o fato de ter a produção garantida, sem sofrer os impactos de mercado comuns às empresas que necessitam buscar produção."
Divulgação |
Plantação de uvas da cooperativa Aurora |
Além disso, a cooperativa mantém um Centro Tecnológico onde adapta mudas e testa sistemas de condução desde a década de 70.
Entre as principais marcas de vinhos produzidos pela cooperativa estão o Aurora --espumantes, linha Reserva, linha Pequenas Partilhas - 75 anos e linha Varietal--, Marcus James --vinhos e espumantes--, Conde de Foucauld --espumantes premiados com boa relação custo benefício--, Saint Germain e Clos des Nobles. Os mais vendidos, segundo Zanotto, são Marcus James, Saint Germain e o Espumante Conde de Foucauld.
De acordo com pesquisa divulgada pela ACNielsen, em setembro do ano passado, a Vinícola Aurora é a campeã brasileira na venda de vinhos em supermercados. Segundo o levantamento, a cooperativa foi a fornecedora campeã de comercialização nas categorias "vinho tinto" e "vinho branco" no varejo em 2005.
"Atribuímos a liderança em vinhos brancos e tintos, segundo a Nielsen, à excelente relação custo benefício", disse.
Fenavinho
Os organizadores da Fenavinho 2007 (Feira Nacional do Vinho), realizada em Bento Gonçalves (RS), comemoram os resultados do seu primeiro ano como uma feira comercial . O evento, embora esteja na 13ª edição, não tinha como foco a realização de negócios.
Divulgação |
Festa se transforma em evento de negócios |
Durante a feira, os vinhos e espumantes, além de poderem ser degustados nos estandes das 84 vinícolas participantes, foram comercializados com preços até 30% inferiores aos praticados no varejo. Com isso, foram comercializados na Fenavinho mais de 50 mil garrafas, incluindo as vendas nos estandes, no Filó Gastronômico, nas Ilhas de Vinhos e Espumantes, além do varejo das cantinas, incrementado com o enoturismo gerado pelo evento. Um crescimento de 180% em relação à edição anterior.
Muitas vinícolas só no primeiro final de semana da festa venderam mais do que em todo o período do evento de 2005.
As rodadas de negócios com os compradores nacionais deverão representar um montante em vendas da ordem de R$ 900 mil no período de um ano e com os importadores, de US$ 1,2 milhão.
O evento é realizado a cada dois anos. Os trabalhos para a organização da Fenavinho Brasil 2009 devem ter início já no mês de março. A expectativa é que o próximo evento conte com a participação de cerca de 120 vinícolas de todas as regiões produtoras do Brasil.
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