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26/02/2007 - 11h02

Greenspan alerta para possível recessão nos EUA, diz WSJ

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da Folha Online

O ex-presidente do Federal Reserve (Fed, o BC americano), Alan Greenspan, disse que o déficit orçamentário dos EUA continua a ser uma "preocupação significativa" e que a economia americana pode entrar em recessão no fim deste ano, segundo reportagem desta segunda-feira do diário americano "The Wall Street Journal".

Para Greenspan, a economia americana vem se expandindo desde 2001, mas já há sinais de que o atual ciclo econômico está chegando ao fim. "Quando nos distanciamos tanto de uma recessão, invariavelmente algumas forças começam a se acumular para a próxima recessão, e, de fato, estamos começando a ver sinais", disse.

"Por exemplo, nos EUA, as margens de lucro (...) começaram a se estabilizar, o que é um sinal precoce de que estamos nos estágios finais de um ciclo [de expansão]", afirmou Greenspan. "Embora, sim, seja possível que tenhamos uma recessão nos últimos meses de 2007, a maioria dos analistas não pensa assim e fazem projeções para 2008 (...) de alguma desaceleração."

Para o ex-presidente do Fed, embora fazer previsões para um futuro muito distante pode ser "bastante falho", ele disse que não se pode descartar a possibilidade de uma recessão no fim deste ano.

Greenspan destacou, no entanto, que não houve efeitos significativos do desaquecimento do mercado imobiliário residencial dos EUA sobre a economia do país. "Estamos agora bem no período de contração [do mercado imobiliário] e até agora não vimos nenhum sinal significativo de efeitos sobre a economia americana."

Déficit

Sobre o déficit orçamentário americano, ele disse que continua a ser "uma preocupação bastante significativa para nós que tentamos avaliar tanto o futuro imediato da economia americana como o da economia do resto do mundo".

Segundo comunicado elaborado pela bancada democrata do Comitê Orçamentário do Senado dos EUA, divulgado no fim de janeiro, o déficit federal bruto do país cresceu de US$ 5,8 trilhões em 2001 para um resultado projetado de US$ 9 trilhões no fim de 2007. Segundo o comunicado, a situação de curto prazo "não apaga o dano causado pelas políticas fiscais do governo Bush nos últimos seis anos". "Colocar a casa em ordem em termos fiscais irá requerer escolhas duras, um esforço dos dois partidos e uma verdadeira liderança do presidente."

A preocupação com a situação orçamentária nos EUA vem de longe. Em março do ano passado, o presidente do Fed, Ben Bernanke (que substituiu Greenspan) afirmou que o Orçamento "deve sofrer muita pressão à medida em que as mudanças demográficas impulsionarem mudanças rápidas nos gastos com benefícios". "Ao manter baixo o crescimento da poupança nacional e a acumulação real de capital, o crescimento do déficit do orçamento irá pôr em risco os padrões de vida no nosso país."

No mês passado, Bernanke disse que o déficit orçamentário pode ficar estável ou moderado nos próximos anos, mas, "infelizmente, o que estamos experimentando provavelmente é a calma que precede a tempestade".

No primeiro trimestre do ano fiscal de 2007 --período de outubro a dezembro de 2006--, o déficit orçamentário dos EUA caiu para US$ 80,4 bilhões, 32,6% abaixo do registrado no mesmo período de 2005 (US$ 119,4 bilhões). Para o atual ano fiscal, no entanto, a previsão é de que o déficit irá superar o registrado no ano fiscal de 2006 (outubro de 2005 a setembro de 2006), US$ 248 bilhões. A previsão do Escritório do Congresso é de um déficit de US$ 286 bilhões.

Especial
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