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27/02/2007
-
14h32
PATRÍCIA ZIMMERMANN
da Folha Online, em Brasília
Um acordo entre a Companhia Vale do Rio Doce e a principal cooperativa de garimpeiros de Serra Pelada --a Coomigasp-- assinado hoje no Ministério de Minas e Energia vai permitir a retomada da exploração de ouro na região Sudoeste do Pará, que ficou conhecida como o maior garimpo a céu aberto do mundo na década de 80.
Pelo acordo, a Vale abre mão da concessão de 100 hectares na área do antigo garimpo para a Coomigasp fazer a exploração do ouro. A cooperativa, por sua vez, cede em favor da Vale uma área de 49 hectares para a exploração de calcário.
Entretanto, a exploração de ouro na região ainda poderá levar cerca de dois anos para ser retomada de fato, e não será mais feita por meio de garimpo manual, como no passado.
As reservas garimpáveis já teriam se esgotado e a exploração a partir de agora demanda uma intervenção com máquinas, com base em pesquisas geológicas.
Parceria
Após cumprir os trâmites legais junto ao DNPM (Departamento Nacional de Produção Mineral), que é responsável pela concessão de direitos de exploração, a cooperativa deverá contratar uma empresa ou fazer uma parceria para a mineração industrial em Serra Pelada.
Cinco empresas entre japonesas, canadenses e americanas já teriam manifestado interesse no negócio, segundo o presidente do Sindicato dos Garimpeiros de Serra Pelada, Raimundo Benigno.
Durante a solenidade que formalizou o acordo hoje, o gerente de Direitos Minerários e Meio Ambiente da Vale, Fernando Greco, destacou que é do interesse da companhia o acordo com os garimpeiros, pois ele favorece um clima de tranqüilidade na região. "É importante ter uma situação apaziguada", disse, numa referência aos históricos conflitos envolvendo os garimpeiros na região.
Mas a possibilidade de exploração da reserva de calcário cedida pela cooperativa também pode render ganhos econômicos à empresa, já que ela utilizaria o calcário na produção de ferro-gusa.
A região cedida pela Vale é apenas uma pequena parte da sua área de concessão para a exploração de ferro na região, que de 10 mil hectares.
Próximos passos
Antes de iniciar a exploração em Serra Pelada, a cooperativa precisa obter junto ao DNPM um alvará de pesquisa para realizar estudos de viabilidade na região, que deve ser liberado ainda nesta semana. Levantamentos geológicos preliminares apontam para a existência de 20 toneladas de ouro na reserva.
A Vale, que já possui pesquisa sobre a reserva, irá ceder os estudos aos garimpeiros.
Após atualizar os estudos, a cooperativa deverá apresentar ao DNPM um licenciamento ambiental e um plano de exploração da reserva para a obtenção da concessão de lavra, que lhe dará o direito de exploração.
"Hoje é o dia da redenção", afirmou Benigno, ao comemorar o acordo, que segundo ele, vai beneficiar cerca de 67 mil trabalhadores que trabalharam no garimpo de Serra Pelada que estão cadastrados junto às cooperativas.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre a Vale do Rio Doce
Acordo entre Vale e garimpeiros viabiliza extração de ouro em Serra Pelada
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da Folha Online, em Brasília
Um acordo entre a Companhia Vale do Rio Doce e a principal cooperativa de garimpeiros de Serra Pelada --a Coomigasp-- assinado hoje no Ministério de Minas e Energia vai permitir a retomada da exploração de ouro na região Sudoeste do Pará, que ficou conhecida como o maior garimpo a céu aberto do mundo na década de 80.
Pelo acordo, a Vale abre mão da concessão de 100 hectares na área do antigo garimpo para a Coomigasp fazer a exploração do ouro. A cooperativa, por sua vez, cede em favor da Vale uma área de 49 hectares para a exploração de calcário.
Entretanto, a exploração de ouro na região ainda poderá levar cerca de dois anos para ser retomada de fato, e não será mais feita por meio de garimpo manual, como no passado.
As reservas garimpáveis já teriam se esgotado e a exploração a partir de agora demanda uma intervenção com máquinas, com base em pesquisas geológicas.
Parceria
Após cumprir os trâmites legais junto ao DNPM (Departamento Nacional de Produção Mineral), que é responsável pela concessão de direitos de exploração, a cooperativa deverá contratar uma empresa ou fazer uma parceria para a mineração industrial em Serra Pelada.
Cinco empresas entre japonesas, canadenses e americanas já teriam manifestado interesse no negócio, segundo o presidente do Sindicato dos Garimpeiros de Serra Pelada, Raimundo Benigno.
Durante a solenidade que formalizou o acordo hoje, o gerente de Direitos Minerários e Meio Ambiente da Vale, Fernando Greco, destacou que é do interesse da companhia o acordo com os garimpeiros, pois ele favorece um clima de tranqüilidade na região. "É importante ter uma situação apaziguada", disse, numa referência aos históricos conflitos envolvendo os garimpeiros na região.
Mas a possibilidade de exploração da reserva de calcário cedida pela cooperativa também pode render ganhos econômicos à empresa, já que ela utilizaria o calcário na produção de ferro-gusa.
A região cedida pela Vale é apenas uma pequena parte da sua área de concessão para a exploração de ferro na região, que de 10 mil hectares.
Próximos passos
Antes de iniciar a exploração em Serra Pelada, a cooperativa precisa obter junto ao DNPM um alvará de pesquisa para realizar estudos de viabilidade na região, que deve ser liberado ainda nesta semana. Levantamentos geológicos preliminares apontam para a existência de 20 toneladas de ouro na reserva.
A Vale, que já possui pesquisa sobre a reserva, irá ceder os estudos aos garimpeiros.
Após atualizar os estudos, a cooperativa deverá apresentar ao DNPM um licenciamento ambiental e um plano de exploração da reserva para a obtenção da concessão de lavra, que lhe dará o direito de exploração.
"Hoje é o dia da redenção", afirmou Benigno, ao comemorar o acordo, que segundo ele, vai beneficiar cerca de 67 mil trabalhadores que trabalharam no garimpo de Serra Pelada que estão cadastrados junto às cooperativas.
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