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02/03/2007 - 15h08

Mesquita ficará na Diretoria de Política Econômica, sinaliza Meirelles

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KAREN CAMACHO
da Folha Online

O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, sinalizou nesta sexta-feira que Mario Mesquita deve ser efetivado como diretor de Política Econômica, no lugar de Afonso Bevilaqua.

"O Mário Mesquita assume como diretor de Política Econômica com toda a minha confiança e tem a mesma condição dos demais diretores. Ele está definitivo tal como os demais diretores, ou seja, somente quando e, se, o presidente da República me convidar para ficar no Banco Central", disse.

Meirelles afirmou que, se o presidente luiz Inácio Lula da Silva o convidar para permanecer no comando do BC, vai "convidar os demais diretores para permanecer, inclusive o Mario Mesquita, que está perfeitamente qualificado para o cargo".

O presidente do BC disse ainda que a diretoria de Estudos Especiais "sempre foi usada para preenchimento transitório de diretores que, na maioria das vezes, vão para outras diretorias. O que aconteceu com o próprio Bevilaqua".

Segundo Meirelles, a saída do diretor Afonso Bevilaqua é "um processo normal" e que não vai implicar em extinção de secretaria ou mudanças em outros diretores. "É normal ele (Bevilaqua) esteja no momento de procura de novos desafios e mais próximo da família, que não mora em Brasília. Já substituímos cerca de nove diretores do banco Central, o que mostra o dinamismo da instituição."

O Banco Central confirmou a saída de Afonso Bevilaqua na noite de ontem. No cargo desde julho de 2003, Bevilaqua era um dos diretores do BC mais criticados pela condução da política monetária, inclusive por membros do próprio governo, que pediam uma redução mais rápida da taxa de juros, hoje em 13% ao ano.

Bevilaqua negou que sua saída tenha relação com o fato de não ter sido indicado para a vaga de diretor executivo do FMI (Fundo Monetário Internacional), que foi indicada para um de críticos, o economista Paulo Nogueira Batista Jr, pelo Ministério da Fazenda.

Não há uma data definida para a transferência do cargo para Mesquita, mas Bevilaqua deverá ficar no BC até a próxima reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) na próxima semana.

Segundo o presidente do BC, Henrique Meirelles, a saída do diretor não altera a política do Banco Central.

Bevilaqua alegou questões pessoais para deixar o cargo e manifestou o desejo antes de o presidente Lula definir a composição de seu ministério para o segundo mandato. A expectativa é que apenas após a conclusão da nova equipe de ministros é que os diretores conversariam com o presidente do BC sobre a intenção de ficar ou sair.

Ele negou que tenha recebido qualquer convite para assumir uma função na iniciativa privada. Como membro da diretoria do BC, ele precisa cumprir uma 'quarentena' de quatro meses.

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