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06/03/2007
-
13h13
EPAMINONDAS NETO
da Folha Online
Em dia de "trégua" na crise, a Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) avança 2,75%, aos 42.309 pontos, nesta terça-feira. O mercado brasileiro acompanha a pausa para respirar das Bolsas internacionais, após quedas consecutivas. O giro de negócios é de R$ 1,2 bilhão, considerado baixo para o horário. O dólar comercial é negociado a R$ 2,128 para venda, em queda de 0,37%.
Investidores vivem o impasse de observar um horizonte ainda positivo para a economia mundial, mas com um mercado instável no curto prazo. Sem segurança, investidores têm adotado estratégias defensivas e negociado ativos financeiros somente com perspectivas de curtíssimo prazo.
Os relatórios de corretoras e bancos, por enquanto, não apontam para um cenário de deterioração dos fundamentos econômicos. As turbulências são atribuídas a uma piora do sentimento do mercado e que ainda há muito dinheiro em circulação pelo mercado: a ambição ainda supera o medo, avalia um analista de um grande banco internacional.
Mesmo para alguns economistas ainda não está claro se o setor imobiliário americano, às voltas com altas taxas de inadimplência, poderia comprometer o cenário de expansão econômica com inflação baixa visto nos últimos anos. Os últimos indicadores do setor ainda não confirmam uma piora acentuada do setor. Dessa forma, a recomendação tem sido positiva para ações no longo prazo, mas negativa no curto e no médio prazo.
Para analistas de algumas dessas grandes casas internacionais, o principal foco de preocupação está nos indicadores de inflação americanos. Uma taxa muito fora de linha pode detonar um aperto nos juros americanos, com efeitos imediatos nos mercados mundiais: um aperto monetário maior seria a senha para enxugar o dinheiro disponível nas praças financeiras. No entanto, os grandes bancos ainda não colocam esse risco como significativo.
Em relação à China, o anúncio do premiê Wen Jiabao de que o governo central pretende um crescimento de 8% para este ano --nos últimos quatro anos, a taxa sempre foi de dois dígitos-- não foi levado a sério por muitos analistas.
"A meta de 8% implica somente que o governo procura aprovação para sua política econômica, mas não significa necessariamente que a economia vai crescer 8% no final deste ano", avaliam os analistas da área de pesquisa do banco Credit Suisse, em boletim recentemente distribuído para sua clientela.
Entre as notícias do dia, o anúncio de que produção da indústria brasileira iniciou o ano com queda de 0,3% em janeiro ante dezembro não provocou maior reação da Bolsa brasileira, ainda muito atrelada ao cenário externo.
Empresas
A siderúrgica Usiminas, líder brasileira na fabricação de aços planos, registrou lucro líquido de R$ 2,515 bilhões em 2006, o que representa uma queda de 36% em relação ao mesmo período do ano anterior. Apenas no quarto trimestre a queda foi de 43%, para R$ 752 milhões. A ação preferencial da empresa sobe 4,66%, na cotação de R$ 83,05.
O resultado veio em linha com as expectativas de analistas do mercado, que trabalham com crescimento das vendas para o mercado interno de aço. A corretora Unibanco incluiu a ação da empresa na carteira baseado na expectativa de maiores vendas e no impacto do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) na demanda interna de produtos siderúrgicos.
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Bovespa recupera valor em pausa no estresse dos mercados globais
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da Folha Online
Em dia de "trégua" na crise, a Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) avança 2,75%, aos 42.309 pontos, nesta terça-feira. O mercado brasileiro acompanha a pausa para respirar das Bolsas internacionais, após quedas consecutivas. O giro de negócios é de R$ 1,2 bilhão, considerado baixo para o horário. O dólar comercial é negociado a R$ 2,128 para venda, em queda de 0,37%.
Investidores vivem o impasse de observar um horizonte ainda positivo para a economia mundial, mas com um mercado instável no curto prazo. Sem segurança, investidores têm adotado estratégias defensivas e negociado ativos financeiros somente com perspectivas de curtíssimo prazo.
Os relatórios de corretoras e bancos, por enquanto, não apontam para um cenário de deterioração dos fundamentos econômicos. As turbulências são atribuídas a uma piora do sentimento do mercado e que ainda há muito dinheiro em circulação pelo mercado: a ambição ainda supera o medo, avalia um analista de um grande banco internacional.
Mesmo para alguns economistas ainda não está claro se o setor imobiliário americano, às voltas com altas taxas de inadimplência, poderia comprometer o cenário de expansão econômica com inflação baixa visto nos últimos anos. Os últimos indicadores do setor ainda não confirmam uma piora acentuada do setor. Dessa forma, a recomendação tem sido positiva para ações no longo prazo, mas negativa no curto e no médio prazo.
Para analistas de algumas dessas grandes casas internacionais, o principal foco de preocupação está nos indicadores de inflação americanos. Uma taxa muito fora de linha pode detonar um aperto nos juros americanos, com efeitos imediatos nos mercados mundiais: um aperto monetário maior seria a senha para enxugar o dinheiro disponível nas praças financeiras. No entanto, os grandes bancos ainda não colocam esse risco como significativo.
Em relação à China, o anúncio do premiê Wen Jiabao de que o governo central pretende um crescimento de 8% para este ano --nos últimos quatro anos, a taxa sempre foi de dois dígitos-- não foi levado a sério por muitos analistas.
"A meta de 8% implica somente que o governo procura aprovação para sua política econômica, mas não significa necessariamente que a economia vai crescer 8% no final deste ano", avaliam os analistas da área de pesquisa do banco Credit Suisse, em boletim recentemente distribuído para sua clientela.
Entre as notícias do dia, o anúncio de que produção da indústria brasileira iniciou o ano com queda de 0,3% em janeiro ante dezembro não provocou maior reação da Bolsa brasileira, ainda muito atrelada ao cenário externo.
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A siderúrgica Usiminas, líder brasileira na fabricação de aços planos, registrou lucro líquido de R$ 2,515 bilhões em 2006, o que representa uma queda de 36% em relação ao mesmo período do ano anterior. Apenas no quarto trimestre a queda foi de 43%, para R$ 752 milhões. A ação preferencial da empresa sobe 4,66%, na cotação de R$ 83,05.
O resultado veio em linha com as expectativas de analistas do mercado, que trabalham com crescimento das vendas para o mercado interno de aço. A corretora Unibanco incluiu a ação da empresa na carteira baseado na expectativa de maiores vendas e no impacto do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) na demanda interna de produtos siderúrgicos.
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