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07/03/2007
-
19h25
ANA PAULA RIBEIRO
da Folha Online, Brasília
O Banco Central encontrou nas incertezas em relação ao futuro da economia mundial a justificativa para manter o ritmo menor de redução da taxa básica de juros. O Copom (Comitê de Política Monetária) anunciou nesta quinta-feira que a Selic passará de 13% para 12,75% ao ano.
"Dando prosseguimento ao processo de flexibilização da política monetária, iniciado na reunião de setembro de 2005, o Copom decidiu, por unanimidade, reduzir a taxa Selic para 12,75% ao ano, sem viés", informou.
A magnitude do corte é a mesma da reunião anterior e era a aposta majoritária dos analistas do mercado financeiro. No entanto, havia a expectativa de que o ritmo pudesse ser acelerado para estimular o crescimento da economia. No ano passado, a expansão do PIB (Produto Interno Bruto) foi de 2,9%.
A decisão foi tomada no momento em que os mercados financeiros analisam se as perdas detonadas pela instabilidade na Ásia foram apenas um 'susto' ou a possibilidade de um real desaquecimento. Mais preocupante, há temores sobre o nível de atividade e inflação nos EUA.
Internamente, o BC anunciou na semana passada a saída de Afonso Sant'anna Bevilaqua da diretoria de Política Econômica. Ele era visto como um dos mais conservadores. No seu lugar está o diretor de Estudos Especiais, Mario Mesquita, que passa a acumular as duas funções.
Em relação a economia brasileira, não há sinais de que a meta de inflação, de 4,5% do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), não seja alcançada. No ano passado, os preços subiram 3,14%.
Na ata da última reunião, o Copom previa uma expansão da indústria neste ano beneficiada pelas desonerações de impostos e pelo processo de corte das taxas taxas --sete pontos percentuais desde setembro de 2005. O documento reafirmava ainda que os efeitos da redução demoram para causar efeitos na economia.
No entanto, em caso de aceleração da economia, a indústria tem capacidade de aumentar a capacidade de produção para atender ao aumento da demanda. Sem essa disponibilidade de produzir mais, o aumento da atividade econômica poderia gerar pressão sobre os preços. Em setembro de 2004, esse temor fez com que o Copom aumentasse os juros.
Os analistas não apostam em um forte crescimento da economia neste ano. A projeção é que o PIB (Produto Interno Bruto) tenha um aumento de 3,5% neste ano. Menor que o previsto pelo BC no "Relatório de Inflação": 3,8%. Mas a aposta maior ainda é a que consta do PAC (Programa para Aceleração do Crescimento), de 4,5%.
O Copom divulga na quinta-feira da próxima semana a ata da reunião ocorrida ontem e hoje.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre o Copom
BC volta a reduzir juro em só 0,25 ponto com turbulência no mercado
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da Folha Online, Brasília
O Banco Central encontrou nas incertezas em relação ao futuro da economia mundial a justificativa para manter o ritmo menor de redução da taxa básica de juros. O Copom (Comitê de Política Monetária) anunciou nesta quinta-feira que a Selic passará de 13% para 12,75% ao ano.
"Dando prosseguimento ao processo de flexibilização da política monetária, iniciado na reunião de setembro de 2005, o Copom decidiu, por unanimidade, reduzir a taxa Selic para 12,75% ao ano, sem viés", informou.
A magnitude do corte é a mesma da reunião anterior e era a aposta majoritária dos analistas do mercado financeiro. No entanto, havia a expectativa de que o ritmo pudesse ser acelerado para estimular o crescimento da economia. No ano passado, a expansão do PIB (Produto Interno Bruto) foi de 2,9%.
A decisão foi tomada no momento em que os mercados financeiros analisam se as perdas detonadas pela instabilidade na Ásia foram apenas um 'susto' ou a possibilidade de um real desaquecimento. Mais preocupante, há temores sobre o nível de atividade e inflação nos EUA.
Internamente, o BC anunciou na semana passada a saída de Afonso Sant'anna Bevilaqua da diretoria de Política Econômica. Ele era visto como um dos mais conservadores. No seu lugar está o diretor de Estudos Especiais, Mario Mesquita, que passa a acumular as duas funções.
Em relação a economia brasileira, não há sinais de que a meta de inflação, de 4,5% do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), não seja alcançada. No ano passado, os preços subiram 3,14%.
Na ata da última reunião, o Copom previa uma expansão da indústria neste ano beneficiada pelas desonerações de impostos e pelo processo de corte das taxas taxas --sete pontos percentuais desde setembro de 2005. O documento reafirmava ainda que os efeitos da redução demoram para causar efeitos na economia.
No entanto, em caso de aceleração da economia, a indústria tem capacidade de aumentar a capacidade de produção para atender ao aumento da demanda. Sem essa disponibilidade de produzir mais, o aumento da atividade econômica poderia gerar pressão sobre os preços. Em setembro de 2004, esse temor fez com que o Copom aumentasse os juros.
Os analistas não apostam em um forte crescimento da economia neste ano. A projeção é que o PIB (Produto Interno Bruto) tenha um aumento de 3,5% neste ano. Menor que o previsto pelo BC no "Relatório de Inflação": 3,8%. Mas a aposta maior ainda é a que consta do PAC (Programa para Aceleração do Crescimento), de 4,5%.
O Copom divulga na quinta-feira da próxima semana a ata da reunião ocorrida ontem e hoje.
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