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09/03/2007 - 12h16

Airbus perde US$ 1 bi em 3 meses e vê 2006 como pior ano da história

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da Folha Online

A EADS, empresa que controla a fabricante européia de aviões Airbus, teve um prejuízo de 768 milhões de euros (US$ 1,01 bilhão) no quarto trimestre de 2006, um resultado bem pior do que o lucro de 405 milhões de euros registrado no mesmo período do ano anterior.

A empresa fechou o ano passado com um prejuízo de 572 milhões de euros (US$ 752 milhões), contra um lucro de 2,3 bilhões de euros em 2005.

"Foi o pior ano da existência da Airbus", afirmou o co-presidente da companhia, Louis Gallois. Ele apontou os sucessivos problemas com o superjumbo A380, maior avião de passageiros do mundo, como responsável pelos resultados ruins.

Apesar de as vendas da empresa terem crescido 14% e atingido 25,2 bilhões de euros no ano passado, a empresa conseguiu aumentar sua carteira de pedidos em 790 aviões no ano passado. No entanto, sua principal concorrente, a americana Boeing, conseguiu firmar contratos para a venda de 1.044 aeronaves e ultrapassar a Airbus em 2006.

Além de perder vendas para o concorrente, o chefe financeiro da Airbus, Hans Peter Ring, afirmou que a empresa deve registrar um novo prejuízo operacional em 2007.

Apesar de a empresa planejar a entrega de 440 a 450 aviões neste ano, ainda haverá novos custos com a produção do A380, que já consumiu bilhões de euros, e dificuldades com o avião A350 XWB, que consome menos combustível, mas chega cinco anos depois de seu similar fabricado pela Boeing.

Além disso, a desvalorização do dólar ante o euro aumentou a competitividade dos aviões desenvolvidos pela Boeing e diminuiu a demanda pelos jatos da Airbus.

No mês passado, a Airbus anunciou que vai cortar 10 mil postos de trabalho e venderá ou cederá total ou parcialmente seis de suas fábricas européias como parte de um plano emergencial de reestruturação para reduzir perdas.

Funcionários da empresa, entretanto, reagiram ao plano e já realizaram nesta semana uma manifestação contra as demissões em fábricas da França, onde vão ocorrer quase a metade dos cortes.

Com agências internacionais

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