13/03/2007 - 11h48

Bolsas em NY caem com vendas no varejo e crédito imobiliário

da Folha Online

As Bolsas americanas operam em queda nesta terça-feira, com a divulgação de fracas vendas no varejo nos EUA em fevereiro, a previsão de resultados fracos da Texas Instruments e as preocupações quanto ao mercado dos chamados "subprime mortgages" (financiamentos imobiliários a clientes de risco).

Às 11h46 (em Brasília), a Bolsa de Valores de Nova York estava em baixa de 0,45%, com 12.263,02 pontos no índice Dow Jones Industrial Average, enquanto o S&P 500 ia para 1.401,82 pontos (queda de 0,34%). A Bolsa Nasdaq registrava perda de 0,42%, caindo para 2.392,26 pontos.

O Departamento do Comércio informou nesta terça-feira que as vendas no varejo nos EUA tiveram uma alta ínfima, de apenas 0,1%, em fevereiro, impulsionada quase que somente pelo ganho de 0,9% no setor automobilístico, depois de ficar estável em janeiro. Excluído este setor, as vendas no varejo caíram 0,1%, menor resultado desde outubro.

A Texas Instruments informou que suas receitas devem ficar abaixo do previsto, o que levou os papéis da empresa a caírem 2,1% pouco depois da abertura do pregão em Wall Street.

No setor de crédito imobiliário, as ações da Accredited Home Lenders Holding tiveram queda de mais de 50% depois de informar que deve buscar levantar mais capital e cortar mais empregos, enquanto negocia com os bancos que garantem suas operações para continuarem a estender sua linha de crédito.

A New Century Financial, especializada nos "subprime mortgages", informou hoje que a SEC (Securities and Exchange Commission, órgão regulador do mercado financeiro dos EUA) vem conduzindo uma investigação preliminar na empresa e que recebeu uma intimação do escritório da promotoria do Distrito Central do Estado da Califórnia, relativa a uma investigação criminal. A Bolsa de Nova York suspendeu hoje as negociações com os papéis da New Century e as excluiu do pregão.

Os papéis da empresa deverão ser negociados agora na Bolsa chamada de "Pink Sheets" --que negocia papéis com cotação muito baixa, precificando-os uma vez no dia e que por isso não tem muito movimento.

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