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15/03/2007
-
14h49
PATRÍCIA ZIMMERMANN
da Folha Online, em Brasília
O Brasil recebeu menos turistas estrangeiros em 2006 e uma das razões foi o agravamento da crise da Varig, segundo o secretário-executivo do Ministério do Turismo, Márcio Favilla. Em 2005, o país registrou 6,8 milhões de desembarques em vôos internacionais, mas no ano passado esse número só chegou a 6,3 milhões.
Nos vôos nacionais, por outro lado, houve crescimento de 7,4% nos desembarques, que somaram 46,3 milhões.
Em compensação, os vôos charters, que transportam exclusivamente estrangeiros, aumentaram 20,72% em relação a 2005, e trouxeram para o país 423.514 turistas.
"Deixamos de atingir US$ 5 bilhões, que era a expectativa de receita com estrangeiros", disse Favilla. O secretário admitiu que existe um "gargalo" para o turismo internacional em relação ao número de vôos para o Brasil.
Para este ano, no entanto, a expectativa é que haja uma recuperação, já que o número de vôos internacionais estaria crescendo desde agosto do ano passado. Em janeiro, por exemplo, o número de vôos já teria sido maior que o registrado no mesmo período de 2006. Os dados ainda não foram divulgados.
O sinal de recuperação do setor neste ano estaria no desempenho registrado em janeiro, quando as receitas em dólares cresceram 20,5% em relação a janeiro de 2006, atingindo US$ 484 milhões.
Nas conversas com representantes de companhias aéreas e operadoras estrangeiras, o governo tem como prioridade, segundo o secretário, elevar o número de vôos principalmente para as regiões Nordeste e Norte, já que hoje os vôos internacionais estão concentrados em São Paulo, e alguns no Rio de Janeiro.
A boa notícia no turismo internacional, segundo Favilla, foi que os estrangeiros continuam aumentando seus gastos no Brasil pelo quinto ano consecutivo, mesmo tendo desembarcado em menor número no último ano.
A receita cambial turística (US$ 4,3 bilhões) registrou no ano passado um crescimento de 11,78% em relação aos gastos de 2005 (US$ 3,9 bilhões), o que corresponde a uma alta de 116,02% sobre o valor apurado em 2002, primeiro ano da série de crescimento.
Já as despesas dos turistas brasileiros no exterior cresceram 22,12%, passando de US$ 4,7 bilhões em 2005 para US$ 5,8 bilhões em 2006, maior valor registrado desde 1998, quando o dólar valia cerca de R$ 1.
Em 2005, o gasto por turista estrangeiro no Brasil foi de US$ 721 dólares durante sua estada no país (com média de 12 dias), contra US$ 300 em 2000. Os dados de 2006 ainda não foram consolidados.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre o turismo no Brasil
Crise da Varig fez o Brasil receber menos estrangeiros em 2006
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da Folha Online, em Brasília
O Brasil recebeu menos turistas estrangeiros em 2006 e uma das razões foi o agravamento da crise da Varig, segundo o secretário-executivo do Ministério do Turismo, Márcio Favilla. Em 2005, o país registrou 6,8 milhões de desembarques em vôos internacionais, mas no ano passado esse número só chegou a 6,3 milhões.
Nos vôos nacionais, por outro lado, houve crescimento de 7,4% nos desembarques, que somaram 46,3 milhões.
Em compensação, os vôos charters, que transportam exclusivamente estrangeiros, aumentaram 20,72% em relação a 2005, e trouxeram para o país 423.514 turistas.
"Deixamos de atingir US$ 5 bilhões, que era a expectativa de receita com estrangeiros", disse Favilla. O secretário admitiu que existe um "gargalo" para o turismo internacional em relação ao número de vôos para o Brasil.
Para este ano, no entanto, a expectativa é que haja uma recuperação, já que o número de vôos internacionais estaria crescendo desde agosto do ano passado. Em janeiro, por exemplo, o número de vôos já teria sido maior que o registrado no mesmo período de 2006. Os dados ainda não foram divulgados.
O sinal de recuperação do setor neste ano estaria no desempenho registrado em janeiro, quando as receitas em dólares cresceram 20,5% em relação a janeiro de 2006, atingindo US$ 484 milhões.
Nas conversas com representantes de companhias aéreas e operadoras estrangeiras, o governo tem como prioridade, segundo o secretário, elevar o número de vôos principalmente para as regiões Nordeste e Norte, já que hoje os vôos internacionais estão concentrados em São Paulo, e alguns no Rio de Janeiro.
A boa notícia no turismo internacional, segundo Favilla, foi que os estrangeiros continuam aumentando seus gastos no Brasil pelo quinto ano consecutivo, mesmo tendo desembarcado em menor número no último ano.
A receita cambial turística (US$ 4,3 bilhões) registrou no ano passado um crescimento de 11,78% em relação aos gastos de 2005 (US$ 3,9 bilhões), o que corresponde a uma alta de 116,02% sobre o valor apurado em 2002, primeiro ano da série de crescimento.
Já as despesas dos turistas brasileiros no exterior cresceram 22,12%, passando de US$ 4,7 bilhões em 2005 para US$ 5,8 bilhões em 2006, maior valor registrado desde 1998, quando o dólar valia cerca de R$ 1.
Em 2005, o gasto por turista estrangeiro no Brasil foi de US$ 721 dólares durante sua estada no país (com média de 12 dias), contra US$ 300 em 2000. Os dados de 2006 ainda não foram consolidados.
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