Publicidade
Publicidade
20/03/2007
-
12h14
JUCA GUIMARÃES
do Agora
Os participantes do Fórum Nacional da Previdência se reúnem amanhã para o segundo encontro de discussões e palestras sobre temas polêmicos que envolvem todos os segurados do INSS. O fim das regras diferenciadas para mulheres será um dos temas debatidos. Se for aprovado, as trabalhadoras terão de contribuir por mais cinco anos --ou ter idade cinco anos superior-- para poder se aposentar. A alteração é embasada nas análises do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada).
A proposta é que o tempo mínimo de contribuição exigido para a aposentadoria das mulheres seja igual ao dos homens. Hoje, a trabalhadora pode pedir o benefício com 30 anos de contribuição. Pela proposta do governo, a contribuição seria de 35 anos.
Também pode haver mudanças na aposentadoria proporcional --que só pode ser pedida por quem estava filiado à Previdência antes de 16 de dezembro de 1998. A regra seria igualada também à usada para homens: pedido de benefício aos 53 anos de idade e 30 anos de contribuição (mais um adicional de 40% sobre o tempo que faltava em 16 de dezembro de 1998 para completar 30 anos de contribuição). Hoje, a mulher deve ter 48 anos de idade e 25 de contribuição --mais um pedágio de 40% sobre o tempo que faltava em 16 de dezembro de 1998 para completar 25 anos de contribuição.
Segundo o Ipea, as mulheres vivem mais que homens e, em tese, recebem a aposentadoria do INSS por mais tempo.
Além disso, o Ipea aponta que o número de mulheres no mercado de trabalho está em crescimento. No futuro, a aposentadoria aos 30 anos de contribuição pode comprometer o equilíbrio das contas.
A ministra Nilcéa Freire, da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres, que também participa do Fórum, acredita que uma mudança na regra pode ser discutida. "A alteração nas exigências é uma questão polêmica, mas que deve ser debatida", disse.
No entanto, a ministra defende que outros aspectos também sejam levados em consideração, como, por exemplo, as condições de trabalho das mulheres e suas atividades após o expediente.
A presidente do Sindicato das Costureiras de São Paulo e Osasco, Eunice Cabral, é contra a proposta. "As mulheres ganham menos que os homens. Por isso, as regras de concessão devem ser diferenciadas." Os debates no Fórum vão até agosto e podem virar projetos de lei.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre idade de aposentadoria
Mulher pode trabalhar mais para se aposentar
Publicidade
do Agora
Os participantes do Fórum Nacional da Previdência se reúnem amanhã para o segundo encontro de discussões e palestras sobre temas polêmicos que envolvem todos os segurados do INSS. O fim das regras diferenciadas para mulheres será um dos temas debatidos. Se for aprovado, as trabalhadoras terão de contribuir por mais cinco anos --ou ter idade cinco anos superior-- para poder se aposentar. A alteração é embasada nas análises do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada).
A proposta é que o tempo mínimo de contribuição exigido para a aposentadoria das mulheres seja igual ao dos homens. Hoje, a trabalhadora pode pedir o benefício com 30 anos de contribuição. Pela proposta do governo, a contribuição seria de 35 anos.
Também pode haver mudanças na aposentadoria proporcional --que só pode ser pedida por quem estava filiado à Previdência antes de 16 de dezembro de 1998. A regra seria igualada também à usada para homens: pedido de benefício aos 53 anos de idade e 30 anos de contribuição (mais um adicional de 40% sobre o tempo que faltava em 16 de dezembro de 1998 para completar 30 anos de contribuição). Hoje, a mulher deve ter 48 anos de idade e 25 de contribuição --mais um pedágio de 40% sobre o tempo que faltava em 16 de dezembro de 1998 para completar 25 anos de contribuição.
Segundo o Ipea, as mulheres vivem mais que homens e, em tese, recebem a aposentadoria do INSS por mais tempo.
Além disso, o Ipea aponta que o número de mulheres no mercado de trabalho está em crescimento. No futuro, a aposentadoria aos 30 anos de contribuição pode comprometer o equilíbrio das contas.
A ministra Nilcéa Freire, da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres, que também participa do Fórum, acredita que uma mudança na regra pode ser discutida. "A alteração nas exigências é uma questão polêmica, mas que deve ser debatida", disse.
No entanto, a ministra defende que outros aspectos também sejam levados em consideração, como, por exemplo, as condições de trabalho das mulheres e suas atividades após o expediente.
A presidente do Sindicato das Costureiras de São Paulo e Osasco, Eunice Cabral, é contra a proposta. "As mulheres ganham menos que os homens. Por isso, as regras de concessão devem ser diferenciadas." Os debates no Fórum vão até agosto e podem virar projetos de lei.
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Ministério Público pede bloqueio de R$ 3,8 bi de dono de frigorífico JBS
- Por que empresa proíbe caminhões de virar à esquerda - e economiza milhões
- Megarricos buscam refúgio na Nova Zelândia contra colapso capitalista
- Com 12 suítes e 5 bares, casa mais cara à venda nos EUA custa US$ 250 mi
- Produção industrial só cresceu no Pará em 2016, diz IBGE
+ Comentadas
- Programa vai reduzir tempo gasto para pagar impostos, diz Meirelles
- Ministério Público pede bloqueio de R$ 3,8 bi de dono de frigorífico JBS
+ EnviadasÍndice