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21/03/2007
-
18h00
PATRICIA ZIMMERMANN
da Folha Online, em Brasília
A revisão para cima dos números do crescimento da economia, calculados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), fará com que o governo federal altere as metas macroeconômicas do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), segundo informou hoje o ministro Guido Mantega (Fazenda).
Os novos objetivos serão anunciados em breve, provavelmente depois que a revisão do PIB para 2006 for divulgada, o que está previsto para a próxima semana.
Os volumes de investimentos serão mantidos, mas o ministro adiantou hoje que eles não deverão alcançar os 25% do PIB em 2010, como previa o PAC. Isso porque, segundo o ministro, com a revisão da metodologia utilizada pelo IBGE no cálculo do PIB, o investimento verificado no país também foi revisto para baixo, passando de aproximadamente 19,9% em 2005 com a metodologia antiga para 16,3% agora, e o crescimento da economia maior.
Entretanto, ele afirmou que a expectativa do governo é a de que o investimento no país manterá um crescimento de um ponto percentual do PIB por ano até o fim do segundo mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Na avaliação do ministro, apesar do investimento abaixo de 25%, "poderemos ter um crescimento até acima de 5%" com um investimento de 20% a 21% do PIB porque a produtividade no país estaria elevada.
"O PIB cresceu mais com um investimento menor. Isso é um sinal bom, porque significa que a economia, com um investimento menor, cresceu mais. Teve uma produtividade maior", completou.
Números
No PAC, a previsão era de que a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB chegasse ao final de 2010 em 39,7%. Esse é um dos mais importantes indicadores de vulnerabilidade de um país. Já o crescimento estipulado como meta no plano do governo Lula é de 4,5% neste ano e 5% nos próximos anos até 2010. Em todos eles, a economia para o pagamento de juros (superávit primário) é de 4,25% do PIB. Já o déficit nominal (receitas menos despesas, incluindo gastos com juros) esperado para 2010 é de 0,2%.
A revisão desses números irá ocorrer porque os novos números sobre o crescimento da economia alteraram os indicadores macroeconômicos mais relevantes.
Com a revisão do IBGE, o Ministério da Fazenda também identificou que a carga tributária em 2005 foi menor (33,7%), e não os 37,4% do PIB calculados anteriormente.
O superávit primário em relação ao PIB também caiu, de 4,83% para 4,35%. O dado referente ao ano passado será divulgado na próxima semana, mas o ministro já informou que ele deverá ficar abaixo dos 4,33%. Já o déficit nominal de 2005 passou de 3,28% para 2,96% do PIB e a relação entre a dívida líquida e o PIB caiu de 51,5% para 46,5%.
"Investment grade"
O ministro admitiu que é "uma boa conclusão" imaginar que os dados divulgados hoje aproximam o país do investment grade [grau de investimento, concedido aos países que possuem baixo risco de calote].
Isso porque os números da economia brasileiro ficaram ainda mais robustos: déficit menor, dívida menor e crescimento maior.
A nova metodologia adotada pelo IBGE revisou o PIB brasileiro de 2002 a 2005. A expansão da economia em 2004, por exemplo, saltou de 4,9% para 5,7%. Em 2005, O PIB contabilizou um crescimento de 2,9% e não os 2,3% divulgados anteriormente. Um dos motivos para a alterações dos números é que novo sistema de contas do instituto dá um peso maior para o setor de serviços, e menos para o agronegócio e a indústria.
"A economia brasileira está crescimento a um ritmo mais acelerado do que o imaginado. Então vamos chegar a um crescimento vigoroso mais rápido", disse Mantega, ao comentar que a mudança na metodologia também comprovou que a economia cresceu pouco no governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (cerca de 2,3%, em média).
Na avaliação do ministro, a revisão da metodologia de cálculo do PIB pelo IBGE "elucidou algo enigmático" para ele, que era saber que as condições de vida dos brasileiros estavam melhorando, o consumo das famílias e a renda estavam crescendo, mas a economia crescia a um nível mais baixo.
"Eu estou muito satisfeito com esse resultado do IBGE, anunciado hoje. Isso demonstra que o Brasil já entrou na rota do crescimento sustentado."
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da Folha Online, em Brasília
A revisão para cima dos números do crescimento da economia, calculados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), fará com que o governo federal altere as metas macroeconômicas do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), segundo informou hoje o ministro Guido Mantega (Fazenda).
Os novos objetivos serão anunciados em breve, provavelmente depois que a revisão do PIB para 2006 for divulgada, o que está previsto para a próxima semana.
Os volumes de investimentos serão mantidos, mas o ministro adiantou hoje que eles não deverão alcançar os 25% do PIB em 2010, como previa o PAC. Isso porque, segundo o ministro, com a revisão da metodologia utilizada pelo IBGE no cálculo do PIB, o investimento verificado no país também foi revisto para baixo, passando de aproximadamente 19,9% em 2005 com a metodologia antiga para 16,3% agora, e o crescimento da economia maior.
Entretanto, ele afirmou que a expectativa do governo é a de que o investimento no país manterá um crescimento de um ponto percentual do PIB por ano até o fim do segundo mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Na avaliação do ministro, apesar do investimento abaixo de 25%, "poderemos ter um crescimento até acima de 5%" com um investimento de 20% a 21% do PIB porque a produtividade no país estaria elevada.
"O PIB cresceu mais com um investimento menor. Isso é um sinal bom, porque significa que a economia, com um investimento menor, cresceu mais. Teve uma produtividade maior", completou.
Números
No PAC, a previsão era de que a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB chegasse ao final de 2010 em 39,7%. Esse é um dos mais importantes indicadores de vulnerabilidade de um país. Já o crescimento estipulado como meta no plano do governo Lula é de 4,5% neste ano e 5% nos próximos anos até 2010. Em todos eles, a economia para o pagamento de juros (superávit primário) é de 4,25% do PIB. Já o déficit nominal (receitas menos despesas, incluindo gastos com juros) esperado para 2010 é de 0,2%.
A revisão desses números irá ocorrer porque os novos números sobre o crescimento da economia alteraram os indicadores macroeconômicos mais relevantes.
Com a revisão do IBGE, o Ministério da Fazenda também identificou que a carga tributária em 2005 foi menor (33,7%), e não os 37,4% do PIB calculados anteriormente.
O superávit primário em relação ao PIB também caiu, de 4,83% para 4,35%. O dado referente ao ano passado será divulgado na próxima semana, mas o ministro já informou que ele deverá ficar abaixo dos 4,33%. Já o déficit nominal de 2005 passou de 3,28% para 2,96% do PIB e a relação entre a dívida líquida e o PIB caiu de 51,5% para 46,5%.
"Investment grade"
O ministro admitiu que é "uma boa conclusão" imaginar que os dados divulgados hoje aproximam o país do investment grade [grau de investimento, concedido aos países que possuem baixo risco de calote].
Isso porque os números da economia brasileiro ficaram ainda mais robustos: déficit menor, dívida menor e crescimento maior.
A nova metodologia adotada pelo IBGE revisou o PIB brasileiro de 2002 a 2005. A expansão da economia em 2004, por exemplo, saltou de 4,9% para 5,7%. Em 2005, O PIB contabilizou um crescimento de 2,9% e não os 2,3% divulgados anteriormente. Um dos motivos para a alterações dos números é que novo sistema de contas do instituto dá um peso maior para o setor de serviços, e menos para o agronegócio e a indústria.
"A economia brasileira está crescimento a um ritmo mais acelerado do que o imaginado. Então vamos chegar a um crescimento vigoroso mais rápido", disse Mantega, ao comentar que a mudança na metodologia também comprovou que a economia cresceu pouco no governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (cerca de 2,3%, em média).
Na avaliação do ministro, a revisão da metodologia de cálculo do PIB pelo IBGE "elucidou algo enigmático" para ele, que era saber que as condições de vida dos brasileiros estavam melhorando, o consumo das famílias e a renda estavam crescendo, mas a economia crescia a um nível mais baixo.
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