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22/03/2007
-
09h38
GUILHERME BARROS
Colunista da Folha de S.Paulo
A CVM (Comissão de Valores Mobiliários) já tem os nomes de duas pessoas físicas e uma jurídica que mais negociaram as ações ordinárias do grupo Ipiranga dias antes do anúncio da venda da empresa para o consórcio formado por Petrobras, Braskem e Ultra.
A movimentação dos papéis da Ipiranga por essas três pessoas foi feita na quarta-feira, na Bovespa, por meio da SLW Corretora de Valores. A venda foi anunciada na segunda-feira.
A movimentação da SLW chamou a atenção da CVM pelo fato de ter tido volume bem acima da média diária de papel muito pouco negociado na Bolsa. Na quarta, foi negociado um total de R$ 2,4 milhões com ações ordinárias da Ipiranga --a maior parte, R$ 800 mil, foi comprada pela SLW.
A CVM investiga o suposto vazamento de informações privilegiadas na transação. Na última sexta, houve aumento de 33,33% das ações ordinárias da Distribuidora de Petróleo Ipiranga e de 8,31% dos papéis ordinários da Refinaria de Petróleo Ipiranga. A apuração abarca a movimentação desses dois papéis no período que antecede o anúncio da venda da Ipiranga.
O presidente da CVM, Marcelo Trindade, conseguiu bloquear ontem na Justiça Federal do Rio de Janeiro movimentos de venda de ações ordinárias da Ipiranga de um fundo de investimento estrangeiro e de uma pessoa física por causa das suspeitas de vazamento de informações privilegiadas.
O bloqueio atinge os responsáveis por 20% da negociação de ações ordinárias entre quarta e sexta-feira. Trindade não confirmou, no entanto, se essas negociações foram efetuadas pelas empresas que usaram intermediação da SLW.
O diretor de operações da SLW, Robson Queirós, confirmou as informações de que a corretora foi a que mais negociou os papéis do grupo Ipiranga no dia, mas disse que a instituição foi apenas executora de ordem dos três clientes e não revelou suas identidades.
Segundo a Folha apurou, a CVM pediu à SLW os nomes dos três clientes. Mais detalhes devem ser divulgados nos próximos dias.
O que se sabe até agora é que a maior movimentação com os papéis da Ipiranga foi de pessoa jurídica por meio da SLW, e os indícios são que deve ter sido instituição financeira. As duas pessoas físicas já eram clientes da corretora, e as indicações são as de que não tinham, ao menos diretamente, relação com nenhuma das empresas envolvidas na transação de venda.
A CVM já tem conhecimento também de que uma grande parte das ações preferenciais negociadas pela Hedging-Griffo, de São Paulo, foi por meio de um fundo chamado Guepardo, que já foi administrado pela SLW Corretora de Valores.
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A CVM (Comissão de Valores Mobiliários) já tem os nomes de duas pessoas físicas e uma jurídica que mais negociaram as ações ordinárias do grupo Ipiranga dias antes do anúncio da venda da empresa para o consórcio formado por Petrobras, Braskem e Ultra.
A movimentação dos papéis da Ipiranga por essas três pessoas foi feita na quarta-feira, na Bovespa, por meio da SLW Corretora de Valores. A venda foi anunciada na segunda-feira.
A movimentação da SLW chamou a atenção da CVM pelo fato de ter tido volume bem acima da média diária de papel muito pouco negociado na Bolsa. Na quarta, foi negociado um total de R$ 2,4 milhões com ações ordinárias da Ipiranga --a maior parte, R$ 800 mil, foi comprada pela SLW.
A CVM investiga o suposto vazamento de informações privilegiadas na transação. Na última sexta, houve aumento de 33,33% das ações ordinárias da Distribuidora de Petróleo Ipiranga e de 8,31% dos papéis ordinários da Refinaria de Petróleo Ipiranga. A apuração abarca a movimentação desses dois papéis no período que antecede o anúncio da venda da Ipiranga.
O presidente da CVM, Marcelo Trindade, conseguiu bloquear ontem na Justiça Federal do Rio de Janeiro movimentos de venda de ações ordinárias da Ipiranga de um fundo de investimento estrangeiro e de uma pessoa física por causa das suspeitas de vazamento de informações privilegiadas.
O bloqueio atinge os responsáveis por 20% da negociação de ações ordinárias entre quarta e sexta-feira. Trindade não confirmou, no entanto, se essas negociações foram efetuadas pelas empresas que usaram intermediação da SLW.
O diretor de operações da SLW, Robson Queirós, confirmou as informações de que a corretora foi a que mais negociou os papéis do grupo Ipiranga no dia, mas disse que a instituição foi apenas executora de ordem dos três clientes e não revelou suas identidades.
Segundo a Folha apurou, a CVM pediu à SLW os nomes dos três clientes. Mais detalhes devem ser divulgados nos próximos dias.
O que se sabe até agora é que a maior movimentação com os papéis da Ipiranga foi de pessoa jurídica por meio da SLW, e os indícios são que deve ter sido instituição financeira. As duas pessoas físicas já eram clientes da corretora, e as indicações são as de que não tinham, ao menos diretamente, relação com nenhuma das empresas envolvidas na transação de venda.
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