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27/03/2007 - 16h44

Oito milhões de brasileiros deixam classes D e E, aponta pesquisa

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da Folha Online

Mais de oito milhões de brasileiros migraram das classes D e E para níveis mais altos de renda, em 2006, segundo pesquisa da financeira Cetelem, em parceria com a consultoria Ipsos. No total, 10 milhões de pessoas migraram de faixa. A classe C aumentou em pouco mais de quatro milhões de pessoas e as classes A e B receberam seis milhões de pessoas.

Entre os motivos para a migração está o aumento da renda das classes C e D e E em cerca de 5% e a queda na renda das classes A e B em 6%.

A renda média das classes A e B caiu de R$ 2.484 em 2005 para R$ 2.325 em 2006. No mesmo período, a renda da classe C aumentou de R$ 1.107 para R$1.161 e, das classes D e E, de R$ 544 para R$ 571.

O aumento de renda disponível, formada pela renda total excetuando os gastos essenciais, da população D e E possibilitou que ela fechasse dezembro de 2006 no azul, ao contrário do que aconteceu em 2005. A região Nordeste, segundo a pesquisa destacou-se com crescimento de 38% de dinheiro disponível para consumo de bens e serviços considerados não-essenciais, como vestuário, prestações de crediário e telefone fixo.

Com relação à renda familiar média, todas as regiões ganharam em 2006, quando comparadas a 2005. O Nordeste --que historicamente tem a menor renda nacional-- apresentou crescimento de 12%.

O levantamento mostra que a maior parte dos brasileiros pertence, agora, às classes média e altas: 54% da população figuram nos patamares A/B e C em 2006, contra 49% em 2005.

Para definir a classe social, a pesquisa adota o valor da renda familiar mensal e outras informações como número de eletrodomésticos e eletrônicos, banheiros, veículos e escolaridade dos integrantes da família.

Para as pesquisa referentes a 2006, as faixas de renda consideradas são: R$ 207 (classe E), R$ 424 (D), R$ 927 (C), R$ 1.669 (B2), R$ 2.804 (B1), R$ 4.648 (A2) e R$ 7.793 (A1).

Consumo

Com renda maior, as classes DE também mudaram suas vontades de consumo. No fim de 2005, 25% desses brasileiros tinham intenção de comprar eletrodoméstico. O índice subiu para 32% no ano passado.

"Podemos perceber, com a pesquisa, que os desejos das classes DE têm incluído itens de preços mais altos e que não cabem em seus orçamentos mensais. Isso mostra uma forte disposição a fazer uso do crédito pessoal e do parcelamento", afirmou Franck Vignard-Rosez, diretor-executivo de desenvolvimento e marketing da Cetelem Brasil.

Os dados para a pesquisa foram coletados por meio de 1,2 mil entrevistas, pessoais e domiciliares, realizadas entre os dias 3 e 12 de dezembro de 2006. As cotas de sexo, idade, educação, atividade econômica e região são baseadas em dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

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