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28/03/2007 - 09h17

Para consumidor, prazo importa mais do que juros

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FÁTIMA FERNANDES
da Folha de S.Paulo

O prazo é mais importante do que a taxa de juros na hora de o consumidor optar por uma compra financiada, segundo informam a Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade) e a ACSP (Associação Comercial de São Paulo).

"Não é à toa que o consumidor sempre pergunta para o lojista em quantas vezes ele pode pagar o produto, não qual é a taxa de juros. Ele quer saber se a prestação cabe no orçamento do mês", diz Miguel de Oliveira, vice-presidente da Anefac.

O consumidor gosta de prazos mais longos, e as instituições financeiras têm hoje mais interesse em esticá-los porque têm mais confiança na estabilidade econômica e porque precisam elevar as vendas, já que caiu a rentabilidade dos investimentos em títulos públicos, na avaliação de Oliveira.

Em dezembro do ano passado, o prazo médio de financiamento de bens no país era de 18 meses, e o máximo, de 36 meses, segundo levantamento da Anefac. Em 2005, o prazo médio era de 16 meses, e, o máximo, de 36 meses. Em 2004, esses prazos eram de 12 meses e 24 meses, respectivamente.

Para a aquisição de veículos, os prazos médio, que, em 2005, era de 28 meses, e o máximo, de 60 meses, subiram para 32 meses e 72 meses, respectivamente, em 2006. "Há potencial para aumento do prazo e também de crédito no país", diz.

O volume de financiamento para a compra de bens vem subindo desde 2000. No ano passado, somou R$ 10,77 bilhões, valor 5,38% maior do que o de 2005, segundo informa a Anefac com dados do Banco Central. O volume de empréstimo para a compra de veículos foi de R$ 63,47 bilhões em 2006, 25,2% maior do que o de 2005.

Apesar da expansão do crédito, Oliveira diz que o volume é baixo em relação ao PIB brasileiro. "Significa cerca de 34% do PIB [pela metodologia anterior do PIB], quando a média internacional é de 100%. Não tem problema esse percentual crescer quando o país cresce."
Se não fosse o alongamento dos prazos de financiamento, as vendas estariam desacelerando, na avaliação de Emílio Alfieri, economista da ACSP. "A queda de juros é importante, mas, hoje, o que puxa a venda a crédito é o prazo mais longo."

De janeiro até a primeira quinzena deste mês, as vendas a prazo, medidas pelo número de consultas ao SPC, subiram 4,6% na comparação com igual período de 2006. O número de consultas ao Usecheque, termômetro das vendas à vista, cresceu 2,8% no período.

Com a expansão dos prazos de financiamento, na avaliação de Alfieri, e também a expectativa de redução das taxas de juros, a previsão da ACSP é que esse percentual de 4,6% de alta das vendas a prazo suba para 5% ao longo deste ano.

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