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28/03/2007 - 11h24

BC vê possibilidade de grau de investimento no médio prazo

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ANA PAULA RIBEIRO
da Folha Online, em Brasília

As condições favoráveis das contas externas brasileiras possibilitam que o país alcance o "investment grade" no médio prazo. A avaliação é do Banco Central e faz parte do "Relatório de Inflação", divulgado nesta quarta-feira. O "investment grade", ou grau de investimento, é concedido aos países que possuem baixo risco de calote.

Esse cenário favorável está baseado no aumento das reservas internacionais e na redução do endividamento externo. Os dois fatores contribuíram para a redução do risco-país, que ontem fechou em 170, o nível mais baixo já registrado.

"Esse cenário tem permitido, ao longo dos últimos meses, a melhoria expressiva das condições de risco país, que atingiu 178 pontos em fevereiro, o menor nível desde o início da série, em 1994; e consolidado perspectivas de alcance, no médio prazo, da classificação de nível de investimento (investment grade)", diz o relatório.

Na segunda-feira, as reservas internacionais estavam em US$ 108,63 bilhões, o maior patamar já registrado. Na avaliação da equipe econômica, o estoque de moeda estrangeira em um patamar elevado ajuda o país a enfrentar possíveis choques externos, influenciando também as taxas de juros do país.

A autoridade ressalta ainda a ampliação dos ingressos de divisas no país, causado pelo aumento do superávit comercial, e a continuidade do programa de recompra de títulos da dívida externa pelo Tesouro Nacional.

"O mercado cambial, em 2006, registrou significativa ampliação do superávit das contratações no segmento comercial e, principalmente, redução do déficit na contratação de câmbio financeiro. Esse cenário permitiu compatibilizar a continuidade da política do Tesouro Nacional de aquisição de recursos em mercado para servir sua dívida externa, a manutenção do programa de recompras de títulos de emissão da República e a aceleração das compras líquidas do Banco Central."

Na semana passada, o BC já tinha anunciado as revisões nas contas externas. O saldo da conta de transações correntes foi elevado de US$ 4,5 bilhões para US$ 7,7 bilhões, principalmente pela revisão feita nas operações do comércio exterior.

A expectativa em relação ao saldo da balança passou de US$ 35 bilhões para US$ 37 bilhões. Foram revistas as projeções de exportações, de US$ 145 bilhões para US$ 149 bilhões, e das importações, US$ 100 bilhões para US$ 112 bilhões.

Além da revisão da balança, o BC apresentou também novos números para a conta de serviços --que inclui a remessa de lucros e o pagamento de juros--, o que também contribuiu para a alteração da previsão do saldo da conta de transações correntes. A previsão passou de um déficit de US$ 35 bilhões para US$ 33,8 bilhões. A expectativa para investimentos estrangeiros foi elevada de US$ 18 bilhões para US$ 20 bilhões.

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