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28/03/2007
-
13h00
EPAMINONDAS NETO
da Folha Online
Os controladores da portuguesa Cintra têm a opção de vender o uso da marca no Brasil para a Ambev pelo valor de US$ 10 milhões. A empresa portuguesa terá até o dia 28 de outubro para procurar um comprador para sua marca, antes de exercer esse direito. Hoje, a empresa brasileira anunciou a aquisição, por US$ 150 milhões, das duas fábricas que a companhia portuguesa mantém no Brasil, em Piraí (RJ) e e Mogi Mirim (SP).
Na operação, a AmBev comprou a totalidade dos ativos da sociedade Goldensand Comércio e Serviços, controladora da Cintra. O contrato não inclui a compra nem dos ativos de distribuição da Cintra no Brasil, mas prevê o direito do vendedor de repassar a marca à empresa brasileira pelo valor de US$ 10 milhões. Esse direito deve ser exercido até o dia 28 de outubro.
O diretor de Relações Corporativas da AmBev, Milton Seligman, insistiu que a empresa brasileira tem interesse somente na ampliação de sua capacidade instalada, porque espera um crescimento do consumo de bebidas. "Nós estamos comprando capacidade [instalada de produção]. Não estamos comprando nem marca nem distribuição", afirmou.
"A questão da marca tem para nós um valor bem menor que para o vendedor", avalia. O executivo indicou que há diferenças na avaliação dos vendedores sobre o valor da marca Cintra, que preferiram ficar com a opção de repassar o ativo para a empresa brasileira mas estando abertos a outras ofertas. "O nosso interesse na marca é muito menor do que outros players de mercado", acrescenta Costa.
O acordo também prevê que a AmBev mantenha a produção e a negociação dos produtos da Cintra até a negociação final da marca. A produção da cerveja Cintra ocupa 50% da capacidade instalada nas duas fábricas e será paga como "produção para terceiros" para a AmBev. "A produção da Cintra fica exatamente igual", afirma o executivo.
A AmBev vai adequar as fábricas ao seu padrão, e inicialmente, utilizar 50% da capacidade instalada para produzir seu port-fólio de cervejas. As unidades de Piraí e Mogi Mirim, juntas, têm capacidade de produção de 420 milhões de litros de cerveja e 280 milhões de litros de refrigerante por ano, com utilização bastante reduzida para a produção do segundo item.
O executivo também afirmou que não espera problemas em relação ao sistema público de defesa da concorrência, mesmo com a possível aquisição da marca Cintra.
Segundo o instituto Nielsen, a portuguesa detém 1,1% de participação do mercado nacional (ranking de fevereiro).
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Os controladores da portuguesa Cintra têm a opção de vender o uso da marca no Brasil para a Ambev pelo valor de US$ 10 milhões. A empresa portuguesa terá até o dia 28 de outubro para procurar um comprador para sua marca, antes de exercer esse direito. Hoje, a empresa brasileira anunciou a aquisição, por US$ 150 milhões, das duas fábricas que a companhia portuguesa mantém no Brasil, em Piraí (RJ) e e Mogi Mirim (SP).
Na operação, a AmBev comprou a totalidade dos ativos da sociedade Goldensand Comércio e Serviços, controladora da Cintra. O contrato não inclui a compra nem dos ativos de distribuição da Cintra no Brasil, mas prevê o direito do vendedor de repassar a marca à empresa brasileira pelo valor de US$ 10 milhões. Esse direito deve ser exercido até o dia 28 de outubro.
O diretor de Relações Corporativas da AmBev, Milton Seligman, insistiu que a empresa brasileira tem interesse somente na ampliação de sua capacidade instalada, porque espera um crescimento do consumo de bebidas. "Nós estamos comprando capacidade [instalada de produção]. Não estamos comprando nem marca nem distribuição", afirmou.
"A questão da marca tem para nós um valor bem menor que para o vendedor", avalia. O executivo indicou que há diferenças na avaliação dos vendedores sobre o valor da marca Cintra, que preferiram ficar com a opção de repassar o ativo para a empresa brasileira mas estando abertos a outras ofertas. "O nosso interesse na marca é muito menor do que outros players de mercado", acrescenta Costa.
O acordo também prevê que a AmBev mantenha a produção e a negociação dos produtos da Cintra até a negociação final da marca. A produção da cerveja Cintra ocupa 50% da capacidade instalada nas duas fábricas e será paga como "produção para terceiros" para a AmBev. "A produção da Cintra fica exatamente igual", afirma o executivo.
A AmBev vai adequar as fábricas ao seu padrão, e inicialmente, utilizar 50% da capacidade instalada para produzir seu port-fólio de cervejas. As unidades de Piraí e Mogi Mirim, juntas, têm capacidade de produção de 420 milhões de litros de cerveja e 280 milhões de litros de refrigerante por ano, com utilização bastante reduzida para a produção do segundo item.
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