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02/04/2007 - 13h39

Pão de Açúcar estima abrir 30 lojas e fechar outras dez em 2007

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EPAMINONDAS NETO
da Folha Online

O diretor-presidente do grupo Pão de Açúcar, Cássio Casseb, confirmou hoje a meta do grupo em abrir mais 30 lojas em 2007 e acrescentou que está previsto o fechamento de até dez lojas neste ano. Casseb evitou dizer em quais localidades deve ocorrer o fechamento das lojas.

"Nós estamos sempre avaliando [o desempenho das lojas]e às vezes, existem mudanças que levam ao fechamento. Estamos em período de revisão e lojas, traçando planos de recuperação ou mesmo de fechamento", afirmou Casseb, durante teleconferência com analistas de mercado.

"Devemos fechar entre cinco ou dez lojas, ainda não está definido. Num plantel de 550, eu acho que é razoável", acrescentou.

Em seu balanço de 2006, o Pão de Açúcar havia informado a meta de abrir mais dez hipermercados e 20 supermercados em 2007. No ano passado, o grupo inaugurou 21 lojas e atingiu um total de 549 (dezembro de 2006).

Sendas

O grupo Pão de Açúcar espera para o final do ano a conclusão das negociações para compra das ações que a família Sendas ainda detém na Sendas Distribuidora. Em apresentação para analistas de mercado, a diretoria da empresa confirmou o interesse da família em exercer seu direito de vendas das ações. O diretor financeiro da empresa, Enéas Pestana, evitou comentar o valor que pode ser pago.

"Eles [referência à família Sendas] já manifestaram a intenção de exercer [o direito de vender as ações], mas isso deve levar algum tempo. Hoje, é muito difícil dizer o valor [da operação] porque ainda não está fechado", afirmou o executivo, lembrando que será preciso esperar as avaliações de três bancos.

"Certamente, [a conclusão da compra] é mais para o final do ano. Pode até ser para o início do ano que vem, mas nós no Pão de Açúcar não queremos", acrescentou.

Segundo Pestana, as negociações começaram "muito recentemente". Sobre as loja Sendas, ele acrescentou que, em termos de mudanças na gestão e operação das lojas Sendas, "já se fez tudo o tinha que ser feito", em termos de busca de produtividade, redução de gastos com marketing e renegociação de contratos.

Time

O presidente do Conselho de Administração do grupo, Abílio Diniz, afirmou que o processo de profissionalização foi "sofrido" para a empresa e indicou que pode haver mais mudanças no quadro executivo da gigante do varejo.

"Eu sinto que nós temos todo o grupo 'dentro do ônibus', que tenho todas as pessoas para fazer o que é certo. E os primeiros resultados já começaram a aparecer", afirmou o empresário, em teleconferência para analistas. "Nesse momento, eu não posso garantir para vocês que o time está completo e que não mexe mais", acrescentou.

O empresário também afirmou que não pretende se afastar da administração da companhia. "Eu quero acreditar que vou trabalhar por um tempo indefinido", disse ele.

O grupo Pão de Açúcar passou por mudanças importantes na composição da estrutura acionária e na direção da empresa. Em 2005, uma reorganização societária afastou o fundador do grupo, Valentim Diniz, e a filha Lucília Diniz, do controle do grupo Pão de Açúcar, que foi dividido entre Abílio Diniz e o grupo francês Casino. No mesmo ano, o presidente do grupo há 11 anos, Augusto Cruz, deixou a companhia.

O empresário afirmou que a companhia "sofreu" com o processo de profissionalização, porque foram afastadas pessoas, mas que foram feitos ajustes importantes e que a equipe está "muito mais engajada".

Em 2006, o grupo informou um lucro líquido de R$ 85,52 milhões, uma redução de 66,7% sobre o balanço anterior. Segundo a diretoria da empresa, o resultado pode ser atribuído à deflação dos preços dos alimentos e aos custos para reestruturar a rede e aumentar a competitividade.

Especial
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