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06/04/2007
-
09h28
MAELI PRADO
da Folha de S.Paulo
Em uma reviravolta, a TAM recuperou o mercado perdido entre o final de 2006 e o começo deste ano e chegou, em março, a 51,72% dos vôos domésticos, um aumento de 4,3 pontos percentuais em relação a fevereiro. Já a Gol, que tinha 40,2% no mês retrasado, caiu para 36,5% do mercado em março.
Esse é o cenário mostrado por dados divulgados ontem pela Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), que regula o setor aéreo. De dezembro do ano passado a fevereiro, a Gol vinha ganhando espaço com rapidez nos vôos domésticos, enquanto a TAM, abalada pela crise que enfrentou no Natal de 2006, perdeu participação.
Esse movimento se interrompeu no mês passado, com o início da baixa temporada.
Nos últimos meses, a Gol vem aumentando sua oferta de forma agressiva e concentrada, e a demanda vinha crescendo na mesma proporção. Em março, a companhia aérea ofereceu 46,8% mais assentos do que o mesmo mês do ano passado, mas a demanda de passageiros subiu menos: 33,2%.
Com isso, seus aviões decolaram com, em média, 62% dos assentos ocupados em março. "É uma taxa de ocupação baixa, principalmente para a Gol, que geralmente tem mais de 70% dos assentos ocupados", avalia Mel Marques Fernandes, analista especializada em aviação da Brascan Corretora.
Na avaliação de Fernandes, o recente apagão aéreo já está afetando a demanda. Em janeiro deste ano, o crescimento em relação ao mesmo mês de 2006 foi de 12,4%; em fevereiro, de 16,1%, e, no mês passado, de 8,9%. "Acredito que a demanda poderia estar crescendo mais do que está. O crescimento está desacelerando", afirma.
As aéreas menores perderam mercado. A BRA caiu de 2,9% para 2,8%, e a OceanAir, de 2% para 1,6%. A Varig, que na semana passada foi comprada pela Gol, manteve-se em 4,5%. "O cenário está cada vez pior para as pequenas companhias", afirma Paulo Bittencourt Sampaio, consultor especializado.
A participação somada de Gol e Varig e da TAM é de 92,7%, o que reforça críticas de um "duopólio" de TAM e Gol.
Varig
Guilherme Laager, que era presidente da Varig, afirmou ontem que está fora da companhia. "Sempre fui da VarigLog, que controlava a Varig. A Varig foi vendida para a Gol e eu continuou na VarigLog", disse.
Segundo a Gol, o presidente da companhia será definido nas próximas semanas. De qualquer forma, será uma nomeação apenas burocrática, já que há uma exigência legal que a companhia tenha um presidente: na prática, a gestão da empresa será do presidente da Gol, Constantino Júnior.
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TAM retoma mercado em março e Gol recua
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da Folha de S.Paulo
Em uma reviravolta, a TAM recuperou o mercado perdido entre o final de 2006 e o começo deste ano e chegou, em março, a 51,72% dos vôos domésticos, um aumento de 4,3 pontos percentuais em relação a fevereiro. Já a Gol, que tinha 40,2% no mês retrasado, caiu para 36,5% do mercado em março.
Esse é o cenário mostrado por dados divulgados ontem pela Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), que regula o setor aéreo. De dezembro do ano passado a fevereiro, a Gol vinha ganhando espaço com rapidez nos vôos domésticos, enquanto a TAM, abalada pela crise que enfrentou no Natal de 2006, perdeu participação.
Esse movimento se interrompeu no mês passado, com o início da baixa temporada.
Nos últimos meses, a Gol vem aumentando sua oferta de forma agressiva e concentrada, e a demanda vinha crescendo na mesma proporção. Em março, a companhia aérea ofereceu 46,8% mais assentos do que o mesmo mês do ano passado, mas a demanda de passageiros subiu menos: 33,2%.
Com isso, seus aviões decolaram com, em média, 62% dos assentos ocupados em março. "É uma taxa de ocupação baixa, principalmente para a Gol, que geralmente tem mais de 70% dos assentos ocupados", avalia Mel Marques Fernandes, analista especializada em aviação da Brascan Corretora.
Na avaliação de Fernandes, o recente apagão aéreo já está afetando a demanda. Em janeiro deste ano, o crescimento em relação ao mesmo mês de 2006 foi de 12,4%; em fevereiro, de 16,1%, e, no mês passado, de 8,9%. "Acredito que a demanda poderia estar crescendo mais do que está. O crescimento está desacelerando", afirma.
As aéreas menores perderam mercado. A BRA caiu de 2,9% para 2,8%, e a OceanAir, de 2% para 1,6%. A Varig, que na semana passada foi comprada pela Gol, manteve-se em 4,5%. "O cenário está cada vez pior para as pequenas companhias", afirma Paulo Bittencourt Sampaio, consultor especializado.
A participação somada de Gol e Varig e da TAM é de 92,7%, o que reforça críticas de um "duopólio" de TAM e Gol.
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Guilherme Laager, que era presidente da Varig, afirmou ontem que está fora da companhia. "Sempre fui da VarigLog, que controlava a Varig. A Varig foi vendida para a Gol e eu continuou na VarigLog", disse.
Segundo a Gol, o presidente da companhia será definido nas próximas semanas. De qualquer forma, será uma nomeação apenas burocrática, já que há uma exigência legal que a companhia tenha um presidente: na prática, a gestão da empresa será do presidente da Gol, Constantino Júnior.
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