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26/04/2007
-
14h50
da Folha Online
Mais de 70% dos valores estabelecidos como piso salarial não ultrapassam 1,5 salário mínimo e pouco mais de metade está localizada na faixa entre 1 e 1,25 salário mínimo. Os dados, referentes a 2006, foram divulgados nesta quinta-feira (26) na pesquisa "Balanço dos pisos salariais negociados", feira pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos).
Quando se observa essa distribuição nos anos anteriores, nota-se que em 2006 houve maior aproximação entre os valores dos pisos negociados e o do salário mínimo oficial. Em 2004 e 2005, cerca de um quarto das informações analisadas correspondia a até 1,25 salário mínimo e a metade equivalia a até 1,5 salário mínimo.
Esse comportamento deve ser atribuído à evolução do salário mínimo oficial, sobre o qual têm sido aplicados aumentos reais significativos, que elevaram seu poder de compra em proporção maior do que a verificada entre os pisos salariais.
Segundo o Dieese, nos anos de 2005 e 2006, o salário mínimo obteve ganhos de 8,23% e de 13,04%, respectivamente. Assim, a média dos pisos salariais, que equivalia a pouco mais de 1,7 salário mínimo em 2004 e 2005, passa a quase 1,5, em 2006.
Categorias
Levando-se em conta que o valor do salário mínimo foi alterado de R$ 300 para R$ 350 em abril de 2006, observa-se, em primeiro lugar, que a maior média dos pisos salariais foi verificada no setor de serviços, que registrou 1,63 salário mínimo.
Segundo o Dieese, esse resultado está "fortemente influenciado pelos pisos estipulados para trabalhadores com formação universitária como jornalistas, enfermeiros e professores". Assim, a maior média foi verificada no segmento de comunicações (1,99 salário mínimo), seguido por "serviços de saúde" (1,75), transportes (1,74) e educação (1,64).
Na indústria, a média dos pisos fixados correspondia em 2006 a 1,4 salário mínimo. Entre os pisos salariais estabelecidos no setor rural, nota-se uma evidente associação ao valor do salário mínimo: a média verificada é de 1,13.
Região
Quanto aos pisos salariais estabelecidos nas diversas regiões geográficas, a maior média foi observada na região Sudeste, com média de 1,62 salário mínimo, e a menor na Nordeste, com 1,31 salário mínimo. Os números indicam uma diferença de cerca de 24% entre esses valores.
Nas regiões Sul e Centro-Oeste, a média entre os pisos salariais negociados foi de 1,42 salário mínimo e, na Norte, de 1,35 salário mínimo.
Escolaridade
A pesquisa do Dieese, ao considerar a exigência ou não de formação universitária para o desempenho da atividade, indica a associação entre escolaridade e os valores definidos para os pisos profissionais.
No ano de 2006, foram registrados 16 pisos salariais voltados para atividades que exigem nível universitário. Nestes casos, o valor médio apurado foi de 3,79 salários --não foram considerados como de nível universitário os pisos estipulados para os professores.
Nos pisos previstos para as demais atividades, o valor médio equivale a 1,39 salário mínimo, ou seja, número 63% menor.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre pisos salariais
70% dos pisos salariais ficaram abaixo de 1,5 salário mínimo em 2006
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Mais de 70% dos valores estabelecidos como piso salarial não ultrapassam 1,5 salário mínimo e pouco mais de metade está localizada na faixa entre 1 e 1,25 salário mínimo. Os dados, referentes a 2006, foram divulgados nesta quinta-feira (26) na pesquisa "Balanço dos pisos salariais negociados", feira pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos).
Quando se observa essa distribuição nos anos anteriores, nota-se que em 2006 houve maior aproximação entre os valores dos pisos negociados e o do salário mínimo oficial. Em 2004 e 2005, cerca de um quarto das informações analisadas correspondia a até 1,25 salário mínimo e a metade equivalia a até 1,5 salário mínimo.
Esse comportamento deve ser atribuído à evolução do salário mínimo oficial, sobre o qual têm sido aplicados aumentos reais significativos, que elevaram seu poder de compra em proporção maior do que a verificada entre os pisos salariais.
Segundo o Dieese, nos anos de 2005 e 2006, o salário mínimo obteve ganhos de 8,23% e de 13,04%, respectivamente. Assim, a média dos pisos salariais, que equivalia a pouco mais de 1,7 salário mínimo em 2004 e 2005, passa a quase 1,5, em 2006.
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Levando-se em conta que o valor do salário mínimo foi alterado de R$ 300 para R$ 350 em abril de 2006, observa-se, em primeiro lugar, que a maior média dos pisos salariais foi verificada no setor de serviços, que registrou 1,63 salário mínimo.
Segundo o Dieese, esse resultado está "fortemente influenciado pelos pisos estipulados para trabalhadores com formação universitária como jornalistas, enfermeiros e professores". Assim, a maior média foi verificada no segmento de comunicações (1,99 salário mínimo), seguido por "serviços de saúde" (1,75), transportes (1,74) e educação (1,64).
Na indústria, a média dos pisos fixados correspondia em 2006 a 1,4 salário mínimo. Entre os pisos salariais estabelecidos no setor rural, nota-se uma evidente associação ao valor do salário mínimo: a média verificada é de 1,13.
Região
Quanto aos pisos salariais estabelecidos nas diversas regiões geográficas, a maior média foi observada na região Sudeste, com média de 1,62 salário mínimo, e a menor na Nordeste, com 1,31 salário mínimo. Os números indicam uma diferença de cerca de 24% entre esses valores.
Nas regiões Sul e Centro-Oeste, a média entre os pisos salariais negociados foi de 1,42 salário mínimo e, na Norte, de 1,35 salário mínimo.
Escolaridade
A pesquisa do Dieese, ao considerar a exigência ou não de formação universitária para o desempenho da atividade, indica a associação entre escolaridade e os valores definidos para os pisos profissionais.
No ano de 2006, foram registrados 16 pisos salariais voltados para atividades que exigem nível universitário. Nestes casos, o valor médio apurado foi de 3,79 salários --não foram considerados como de nível universitário os pisos estipulados para os professores.
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