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02/05/2007
-
13h26
ANA PAULA RIBEIRO
da Folha Online, em Brasília
A entrada de dólares no país bateu recorde no mês passado. Em abril, o saldo de câmbio contrato, que indica a entrada e saída de moeda estrangeira no país, totalizou US$ 10,728 bilhões, segundo dados do Banco Central. O recorde anterior foi em março de 1998, quando o fluxo cambial ficou positivo em US$ 10,3 bilhões.
O maior fluxo de moeda estrangeira no país influencia a valorização do real frente ao dólar. Para conter essa valorização, que prejudica a competitividade das exportações brasileiras, o BC tem comprado dólar no mercado. Em março, as intervenções da autoridade monetária totalizaram US$ 8,3 bilhões.
Da movimentação de moeda estrangeira de abril, a balança comercial contribuiu positivamente com US$ 9,827 bilhões --US$ 17,081 bilhões de exportações e US$ 9,827 bilhões de importações. Já o chamado fluxo financeiro somou negativo em US$ 900 milhões, com compras de US$ 24,043 bilhões e vendas de moeda estrangeira de US$ 23,143 bilhões.
Em abril do ano passado, o fluxo foi de US$ 609 milhões. Nos quatro primeiros meses de 2007, o fluxo ficou positivo em US$ 28,122 bilhões, contra US$ 18,301 bilhões no mesmo período do ano passado.
Reservas
O valor das compras do BC no mês de abril ainda não foram divulgados. No entanto, a variação das reservas cambiais indicam que as intervenções foram novamente elevadas.
No dia 27 de abril, as reservas estavam em US$ 121,217 bilhões, contra US$ 109,531 bilhões no final de março, ou seja, uma variação de US$ 11,686 bilhões em menos de 30 dias.
Apesar do esforço do BC para evitar a valorização do real, o bom resultado das exportações tem o efeito contrário. O fluxo de dólares ao país trazido pelos empresários que vendem ao exterior faz com que o dólar permaneça em um patamar baixo.
O outro fator é a taxa de juros, hoje em 12,5% ao ano. Por estar acima da praticada em outros países, o BC favorece a entrada de dólares de investidores estrangeiros.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre o fluxo de dólar no Brasil
Leia o que já foi publicado sobre a atuação do BC no mercado de câmbio
Entrada de dólares em abril soma US$ 10,728 bi e bate recorde
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da Folha Online, em Brasília
A entrada de dólares no país bateu recorde no mês passado. Em abril, o saldo de câmbio contrato, que indica a entrada e saída de moeda estrangeira no país, totalizou US$ 10,728 bilhões, segundo dados do Banco Central. O recorde anterior foi em março de 1998, quando o fluxo cambial ficou positivo em US$ 10,3 bilhões.
O maior fluxo de moeda estrangeira no país influencia a valorização do real frente ao dólar. Para conter essa valorização, que prejudica a competitividade das exportações brasileiras, o BC tem comprado dólar no mercado. Em março, as intervenções da autoridade monetária totalizaram US$ 8,3 bilhões.
Da movimentação de moeda estrangeira de abril, a balança comercial contribuiu positivamente com US$ 9,827 bilhões --US$ 17,081 bilhões de exportações e US$ 9,827 bilhões de importações. Já o chamado fluxo financeiro somou negativo em US$ 900 milhões, com compras de US$ 24,043 bilhões e vendas de moeda estrangeira de US$ 23,143 bilhões.
Em abril do ano passado, o fluxo foi de US$ 609 milhões. Nos quatro primeiros meses de 2007, o fluxo ficou positivo em US$ 28,122 bilhões, contra US$ 18,301 bilhões no mesmo período do ano passado.
Reservas
O valor das compras do BC no mês de abril ainda não foram divulgados. No entanto, a variação das reservas cambiais indicam que as intervenções foram novamente elevadas.
No dia 27 de abril, as reservas estavam em US$ 121,217 bilhões, contra US$ 109,531 bilhões no final de março, ou seja, uma variação de US$ 11,686 bilhões em menos de 30 dias.
Apesar do esforço do BC para evitar a valorização do real, o bom resultado das exportações tem o efeito contrário. O fluxo de dólares ao país trazido pelos empresários que vendem ao exterior faz com que o dólar permaneça em um patamar baixo.
O outro fator é a taxa de juros, hoje em 12,5% ao ano. Por estar acima da praticada em outros países, o BC favorece a entrada de dólares de investidores estrangeiros.
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