Publicidade
Publicidade
03/05/2007
-
17h28
EPAMINONDAS NETO
da Folha Online
A Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) alcançou a marca histórica dos 50.146 pontos no pregão desta quinta-feira, após subir 1,37% no minuto final dos negócios. O mercado brasileiro seguiu a onda mundial de valorização das Bolsas, que refletiram bons indicadores econômicos dos EUA e a divulgação de resultados trimestrais de empresas que surpreenderam investidores. O giro de negócios foi de R$ 3,58 bilhões.
O dólar comercial finalizou o dia negociado a R$ 2,028 para venda, em alta de 0,18%. A taxa de risco-país caiu ao longo do dia para 152 pontos e no final da tarde retornou ao patamar final de ontem (153 pontos).
A pontuação de hoje do Ibovespa --principal índice de ações-- representa o 15º recorde consecutivo da Bolsa brasileira. Quando se aproximou da marca dos 49 mil pontos, analistas avaliaram a continuidade dos ganhos na Bovespa dependeria das empresas convencerem os investidores que entregariam resultados tão consistentes quanto os vistos no ano passado. E tanto aqui quanto lá fora, os balanços trimestrais têm agradado analistas e batido expectativas.
Nos EUA, os investidores estimaram que a General Motors mostrou que começou a reverter os prejuízos de US$ 2 bilhões observados em 2006, quando divulgou lucro liquido de US$ 62 milhões nos primeiros três meses do ano.
Já no Brasil, a Gerdau anunciou lucro de R$ 869,4 milhões no primeiro trimestre do ano, número 4,4% superior ao resultado para o mesmo período de 2006 e acima das projeções de corretoras (em torno de R$ 700 milhões).
Os fundamentos econômicos, principalmente, têm sustentado a valorização das Bolsas, com ênfase na economia dos EUA. Hoje, dois informes do governo americano precipitaram a valorização de hoje: o decréscimo do total de pedidos de seguro-desemprego, o que sinaliza um mercado de trabalho consistente com a procura por vagas, e o incremento da produtividade do trabalhador americano, o que contribui para reduzir as pressões inflacionárias.
"Os dados econômicos dos EUA ainda deixam o mercado um pouco confuso, mas já existe um consenso de que não vai haver um 'pouso forçado' da economia americana [recessão]. A China ainda deve crescer a taxas de dois dígitos, e além disso, a alta das commodities metálicas continuam a favorecer as exportações brasileiras", avalia André Borghesan, analista da corretora Souza Barros.
Borghesan estima que a Bolsa brasileira atinja o nível dos 52 pontos ainda neste semestre, com a possibilidade uma "correção" (venda de papéis) pontual dos preços das ações. "Por enquanto, não consigo ver motivos para uma queda mais brusca da Bovespa, a não ser alguma surpresa com a China, novamente, ou algum indicador muito desfavorável nos Estados Unidos", acrescenta.
Entenda o Ibovespa
O Ibovespa, principal índice do mercado de ações, expressa, na forma de "pontos" a evolução dos preços das 60 ações mais negociadas da Bolsa de Valores (mais de 90% do volume financeiro diário). A Bovespa atualiza os pontos do Ibovespa em tempo real, a partir de uma equação, alimentada pelos negócios feitos momento a momento no pregão.
A composição dessa "carteira de ações" é atualizada a cada quatro meses, sendo que algumas ações têm mais "influência" no cálculo do Ibovespa do que outros. As ações da Petrobras, por exemplo, respondem por mais de 15% do índice (considerando ordinárias e preferenciais), enquanto a Acesita representa somente 0,21% do Ibovespa.
A Bolsa "cai" ou "sobe" quando a pontuação do Ibovespa fica abaixo ou acima da última pontuação registrada no horário de encerramento do pregão anterior. Hoje, por exemplo, a Bolsa fechou "em alta", porque sua pontuação final --50.218 pontos-- é 1,51% superior aos pontos finais do pregão de quinta-feira (49.471).
Especial
Acompanhe a cotação do dólar durante o dia
Leia o que já foi publicado sobre a cotação do dólar
Leia o que já foi publicado sobre a Bovespa
Bovespa fecha em alta de 1,51% e acumula valorização de 12,9% em 2007
Publicidade
da Folha Online
A Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) alcançou a marca histórica dos 50.146 pontos no pregão desta quinta-feira, após subir 1,37% no minuto final dos negócios. O mercado brasileiro seguiu a onda mundial de valorização das Bolsas, que refletiram bons indicadores econômicos dos EUA e a divulgação de resultados trimestrais de empresas que surpreenderam investidores. O giro de negócios foi de R$ 3,58 bilhões.
O dólar comercial finalizou o dia negociado a R$ 2,028 para venda, em alta de 0,18%. A taxa de risco-país caiu ao longo do dia para 152 pontos e no final da tarde retornou ao patamar final de ontem (153 pontos).
A pontuação de hoje do Ibovespa --principal índice de ações-- representa o 15º recorde consecutivo da Bolsa brasileira. Quando se aproximou da marca dos 49 mil pontos, analistas avaliaram a continuidade dos ganhos na Bovespa dependeria das empresas convencerem os investidores que entregariam resultados tão consistentes quanto os vistos no ano passado. E tanto aqui quanto lá fora, os balanços trimestrais têm agradado analistas e batido expectativas.
Nos EUA, os investidores estimaram que a General Motors mostrou que começou a reverter os prejuízos de US$ 2 bilhões observados em 2006, quando divulgou lucro liquido de US$ 62 milhões nos primeiros três meses do ano.
Já no Brasil, a Gerdau anunciou lucro de R$ 869,4 milhões no primeiro trimestre do ano, número 4,4% superior ao resultado para o mesmo período de 2006 e acima das projeções de corretoras (em torno de R$ 700 milhões).
Os fundamentos econômicos, principalmente, têm sustentado a valorização das Bolsas, com ênfase na economia dos EUA. Hoje, dois informes do governo americano precipitaram a valorização de hoje: o decréscimo do total de pedidos de seguro-desemprego, o que sinaliza um mercado de trabalho consistente com a procura por vagas, e o incremento da produtividade do trabalhador americano, o que contribui para reduzir as pressões inflacionárias.
"Os dados econômicos dos EUA ainda deixam o mercado um pouco confuso, mas já existe um consenso de que não vai haver um 'pouso forçado' da economia americana [recessão]. A China ainda deve crescer a taxas de dois dígitos, e além disso, a alta das commodities metálicas continuam a favorecer as exportações brasileiras", avalia André Borghesan, analista da corretora Souza Barros.
Borghesan estima que a Bolsa brasileira atinja o nível dos 52 pontos ainda neste semestre, com a possibilidade uma "correção" (venda de papéis) pontual dos preços das ações. "Por enquanto, não consigo ver motivos para uma queda mais brusca da Bovespa, a não ser alguma surpresa com a China, novamente, ou algum indicador muito desfavorável nos Estados Unidos", acrescenta.
Entenda o Ibovespa
O Ibovespa, principal índice do mercado de ações, expressa, na forma de "pontos" a evolução dos preços das 60 ações mais negociadas da Bolsa de Valores (mais de 90% do volume financeiro diário). A Bovespa atualiza os pontos do Ibovespa em tempo real, a partir de uma equação, alimentada pelos negócios feitos momento a momento no pregão.
A composição dessa "carteira de ações" é atualizada a cada quatro meses, sendo que algumas ações têm mais "influência" no cálculo do Ibovespa do que outros. As ações da Petrobras, por exemplo, respondem por mais de 15% do índice (considerando ordinárias e preferenciais), enquanto a Acesita representa somente 0,21% do Ibovespa.
A Bolsa "cai" ou "sobe" quando a pontuação do Ibovespa fica abaixo ou acima da última pontuação registrada no horário de encerramento do pregão anterior. Hoje, por exemplo, a Bolsa fechou "em alta", porque sua pontuação final --50.218 pontos-- é 1,51% superior aos pontos finais do pregão de quinta-feira (49.471).
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Ministério Público pede bloqueio de R$ 3,8 bi de dono de frigorífico JBS
- Por que empresa proíbe caminhões de virar à esquerda - e economiza milhões
- Megarricos buscam refúgio na Nova Zelândia contra colapso capitalista
- Com 12 suítes e 5 bares, casa mais cara à venda nos EUA custa US$ 250 mi
- Produção industrial só cresceu no Pará em 2016, diz IBGE
+ Comentadas
- Programa vai reduzir tempo gasto para pagar impostos, diz Meirelles
- Ministério Público pede bloqueio de R$ 3,8 bi de dono de frigorífico JBS
+ EnviadasÍndice