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04/05/2007 - 11h21

Depois do Dow Jones, agência Reuters recebe oferta de compra

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da France Presse
com Efe

O grupo britânico Reuters, um dos líderes mundiais do setor de informações financeiras, anunciou nesta sexta-feira que recebeu uma oferta de compra, três dias depois da oferta feita sobre seu concorrente americano Dow Jones (proprietária do jornal "The Wall Street Journal") pelo magnata Rupert Murdoch.

A Reuters não revelou o nome do eventual comprador nem o valor da proposta, apesar de começar a circular no mercado os nomes de seu concorrente canadense Thomson Financial, do site de busca on-line americano Google e do próprio Rupert Murdoch.

"Os rumores se referem principalmente a Thomson. Mas também se fala do Google", declarou um corretor de um grande banco americano em Londres. A notícia foi suficiente para a ação da empresa ganhar até 32% na Bolsa de Londres.

"Não é seguro que se faça uma oferta de compra formal nem que aconteçam as autorizações necessárias, entre elas as requeridas pelos estatutos da Reuters", destaca o grupo em um comunicado divulgado na Bolsa de Londres.

O mundo financeiro já foi surpreendido nesta semana com a oferta pública de aquisição de US$ 5 bilhões lançada nos Estados Unidos pela News Corp, a holding de Rupert Murdoch, sobre o grupo Dow Jones, proprietário da agência de notícias de mesmo nome e do Wall Street Journal.

O Dow Jones é concorrente da Reuters, assim como o canadense Thomson Financial, que comprou, no ano passado, a agência britânica AFX News, da Agence France Presse (AFP), e o americano Bloomberg.

Os estatutos da Reuters proíbem qualquer acionista de ter 15% ou mais de seu capital, e uma "golden share" possuída por uma fundação encarregada de assegurar a independência e a imparcialidade do grupo pode impedir qualquer tentativa de compra não desejada.

No entanto, uma compra amigável do grupo é possível, segundo a Reuters. A agência foi fundada em 1851 em Londres e conta com quase 400 mil clientes.

Um corretor de um banco europeu considerou que essa estrutura de proteção da independência editorial da Reuters seria uma obstáculo para uma eventual oferta da News Corp, de Murdoch.

Em compensação, não deverá haver problemas desse tipo com a Thomson, acrescentou. O grupo canadense acaba de fazer sua entrada no mercado da informação e tem a intenção de vender seu setor de edição escolar no terceiro trimestre.

"Todo mundo pode se interessar pela Reuters. Depois de seu plano de redução de custos, é um ativo de qualidade", afirmou ainda o corretor, aludindo à possibilidade de uma compra por parte de um fundo de investidores.

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