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07/05/2007 - 16h48

Para membros da OMC, última proposta agrícola é desequilibrada

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da Efe, em Genebra

A maioria dos membros da OMC (Organização Mundial do Comércio) qualificou a última proposta em agricultura de "desequilibrada" e sem fórmulas realmente capazes de aproximar as posições dos países, o que era um de seus objetivos.

As delegações divulgaram nesta segunda-feira (7) suas opiniões a esse respeito durante uma reunião informal do comitê de agricultura da OMC, presidido pelo embaixador da Nova Zelândia, Crawford Falconer, autor da proposta que, segundo ele, tenta ser "provocadora."

Falconer apresentou em 30 de abril um documento para promover as estagnadas negociações agrícolas da Rodada Doha, praticamente paralisadas desde julho de 2006, mas as reações foram adversas.

As críticas de hoje vieram tanto dos países desenvolvidos como das economias em desenvolvimento, pois nos dois casos consideraram que seus pontos de vista não estavam refletidos. A questão agrícola é considerada a mais importante, sensível e complexa do processo negociador.

Fontes diplomáticas disseram que durante a reunião a maioria das delegações reiterou suas posições já conhecidas e que "não se observaram reações construtivas", por isso ressaltaram que o texto de Falconer não conseguiu, por enquanto, gerar a dinâmica que se esperava.

As negociações da rodada foram lançadas em Doha em 2001, e com elas se pretende aprofundar na liberalização do comércio na agricultura, na indústria e nos serviços, sendo os países em desenvolvimento e os mais pobres os mais beneficiados.

O diplomata neozelandês informou hoje que apresentará a segunda parte do documento em 14 de maio e que espera que os dois textos levem a um debate profundo sobre o tema dentro de duas semanas.

Em um recesso da reunião desta segunda-feira, Falconer se mostrou satisfeito com o fato de que seu documento gerou polêmica entre as delegações.

Diante das críticas de que é desequilibrado, Falconer ironizou, dizendo que, para alguns países, "o equilíbrio está em fazer o que eles querem", e ressaltou que, por enquanto, "ninguém sustentou que a proposta estivesse fora de lugar."

Falconer explicou que seu texto pretende levar os países a fazerem novas contribuições ao processo e não se limitarem simplesmente a repetir posições já conhecidas ou a rejeitar a atual sem contribuir com nada.

"O que se procura é um objetivo alcançável e que estabeleça uma diferença em relação à situação atual", explicou.

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