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09/05/2007 - 21h53

Aumenta competitividade dos países emergentes; Brasil cai 5 posições

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da France Presse, em Genebra

Os países emergentes, com exceção das nações da América Latina, estão cada vez mais perto dos Estados Unidos na lista mundial de competitividade do instituto suíço IMD. O Brasil perdeu cinco posições na lista, passando do 44º lugar para o 49º neste ano.

O documento anual, que será publicado na quinta-feira em Lausanne, alerta também para as tensões que irão surgir pelo protecionismo dos países mais ricos.

A economia americana continua liderando a classificação, mas 40 dos 55 países analisados pelo IMD no relatório de 2007 estão se aproximando da primeira potência mundial.

Os países de destaque são os dragões asiáticos (Cingapura e Hong Kong em segundo e terceiro lugar, respectivamente; China em 15º e Índia em 27º), os países nórdicos e algumas nações da ex-República Soviética.

O IMD, que calcula há cerca de 20 anos seu próprio índice de variação da competitividade, dá crescimentos médios anuais à China e à Índia de 2,5% superiores ao dos Estados Unidos no período 1997-2007.

Quanto à Rússia, apesar de o país aparecer na parte baixa da tabela (43º), registrou maior avanço em relação aos Estados Unidos nessa década, de 5% ao ano.

O índice é calculado com base em 323 critérios, não somente econômicos, mas também administrativos e sociais (infra-estrutura, educação, saúde, tecnologia, entre outros). Além disso, um terço da nota final é dado por 3.700 diretores do mundo dos negócios consultados pelo IMD.

Em contrapartida, alguns países da América Latina, como Brasil e México, e outras economias européias, como Espanha, França e Itália, perderam terreno frente aos líderes nesta década.

A aproximação dos países desenvolvidos pode levar os Estados Unidos e a Europa a recorrerem a medidas protecionistas, afirmou preocupado Stéphane Garelli, um dos autores do relatório do IMD.

"Em 2007 e no futuro, as relações econômicas serão mais tensas do que nunca, a medida que os países emergentes se tornarem potências emergentes e alterarem a ordem estabelecida", advertiu o autor do estudo, que teme uma multiplicação de recursos na Organização Mundial do Comércio (OMC).

Além disso, existe o risco de alguns países imporem barreiras "mais sutis", em termos de meio ambiente, de proteção da propriedade intelectual ou de direitos sociais.

Os países industrializados também devem se preparar para perdas de empresas para novos atores mundiais, como já ocorreu com a metalúrgica européia Arcelor, comprada pela indiana Mittal.

Voltando à lista do ano 2007, a Alemanha teve o maior avanço, de nove posições, chegando à 16ª, enquanto a África do Sul caiu 12 lugares, ficando em 50º. Os Estados Unidos continuam perdendo pontos em eficácia administrativa, mercado trabalhista, gestão de empresas, meio-ambiente e saúde.

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