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16/05/2007
-
10h34
da Folha Online
O número de licenças de construção de imóveis residenciais nos EUA teve queda de 8,9% em abril, chegando ao ritmo anualizado de 1,429 milhão de unidade. Foi a maior queda desde fevereiro de 1990, quando a queda chegou a 24%. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira pelo Departamento do Comércio dos EUA.
O número de construções de casas no país, no entanto, registrou aumento de 2,5% no mês passado, atingindo o ritmo anualizado de 1,528 milhão de unidades, contra 0,3% de alta em março (dado revisado; o dado inicial apontava crescimento de 0,8%).
A expectativa dos analistas para o número de licenças de construção (dado visto como indicador da confiança das construtoras no desempenho do mercado imobiliário nos meses á frente) era de uma queda menos acentuada, de 2,4%, para a taxa anualizada de 1,526 milhão.
O indicador de março, no entanto, teve ligeira melhora: após revisão para cima, apontou crescimento de 1,8%, para 1,569 milhão de unidades --contra o dado original, de alta de 0,8% (taxa anualizada de 1,544 milhão de unidades).
Já para o dado de construções iniciadas, a expectativa era de uma queda de 2,2%, para 1,485 milhão de unidades. Apesar do desempenho positivo na comparação mensal, em relação a abril do ano passado as novas construções estão 16% abaixo.
Ontem a NAHB (Associação Nacional dos Construtores de Residências, na sigla em inglês) informou que o índice de confiança das empresas de construção de imóveis residenciais nos EUA na situação atual do mercado imobiliário do país teve queda neste mês, ficando e 30 pontos --mesmo patamar de setembro do ano passado e um dos menores patamares registrados desde 1991.
Segundo o economista-chefe da NAHB, David Seiders, a associação prevê que as vendas e a construção de casas só começarão a apresentar melhora a partir do fim deste ano, e a retomada deve ter um estágio inicial lento.
Seiders disse que entre os fatores apontados para explicar as perspectivas negativas estão os critérios mais estritos para concessão de crédito imobiliário, devido á crise no segmento de clientes 'subprime' (com histórico de problemas com crédito ou dificuldades de comprovação de renda).
Em março, as vendas de casas já existentes nos EUA caíram 8,4%, a pior taxa mensal desde janeiro de 1989, quando houve uma derrocada de 12,6%. A Associação Nacional dos Corretores, que divulgou o indicador, também atribuiu o declínio aos problemas crescentes no segmento 'subprime'.
No mês passado, a companhia de hipotecas e financiamentos imobiliários americana New Century Financial, especializada no segmento 'subprime', apresentou pedido de proteção sob o "Chapter 11" --o capítulo da legislação americana que regulamenta as falências e concordatas--, no qual lista mais de US$ 100 milhões em ativos e mais de US$ 100 milhões em dívidas.
Preços
O declínio no mercado imobiliário americano preocupa analistas, investidores e até o Federal Reserve (Fed, o BC americano): a queda que vem ocorrendo nos preços dos imóveis leva os americanos a conterem seus gastos, o que desaquece o consumo e causa efeitos na economia como um todo, expondo o país ao risco de uma recessão.
Os preços dos imóveis residenciais nos EUA tiveram queda pelo terceiro trimestre consecutivo, recuando 1,8% entre janeiro e março, na comparação com o mesmo período de 2006, e chegando à média de US$ 212.300, informou hoje a Associação Nacional dos Corretores de Imóveis dos EUA.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre o mercado imobiliário dos EUA
Licenças de construção de casas nos EUA têm maior queda desde 1990
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O número de licenças de construção de imóveis residenciais nos EUA teve queda de 8,9% em abril, chegando ao ritmo anualizado de 1,429 milhão de unidade. Foi a maior queda desde fevereiro de 1990, quando a queda chegou a 24%. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira pelo Departamento do Comércio dos EUA.
O número de construções de casas no país, no entanto, registrou aumento de 2,5% no mês passado, atingindo o ritmo anualizado de 1,528 milhão de unidades, contra 0,3% de alta em março (dado revisado; o dado inicial apontava crescimento de 0,8%).
A expectativa dos analistas para o número de licenças de construção (dado visto como indicador da confiança das construtoras no desempenho do mercado imobiliário nos meses á frente) era de uma queda menos acentuada, de 2,4%, para a taxa anualizada de 1,526 milhão.
O indicador de março, no entanto, teve ligeira melhora: após revisão para cima, apontou crescimento de 1,8%, para 1,569 milhão de unidades --contra o dado original, de alta de 0,8% (taxa anualizada de 1,544 milhão de unidades).
Já para o dado de construções iniciadas, a expectativa era de uma queda de 2,2%, para 1,485 milhão de unidades. Apesar do desempenho positivo na comparação mensal, em relação a abril do ano passado as novas construções estão 16% abaixo.
Ontem a NAHB (Associação Nacional dos Construtores de Residências, na sigla em inglês) informou que o índice de confiança das empresas de construção de imóveis residenciais nos EUA na situação atual do mercado imobiliário do país teve queda neste mês, ficando e 30 pontos --mesmo patamar de setembro do ano passado e um dos menores patamares registrados desde 1991.
Segundo o economista-chefe da NAHB, David Seiders, a associação prevê que as vendas e a construção de casas só começarão a apresentar melhora a partir do fim deste ano, e a retomada deve ter um estágio inicial lento.
Seiders disse que entre os fatores apontados para explicar as perspectivas negativas estão os critérios mais estritos para concessão de crédito imobiliário, devido á crise no segmento de clientes 'subprime' (com histórico de problemas com crédito ou dificuldades de comprovação de renda).
Em março, as vendas de casas já existentes nos EUA caíram 8,4%, a pior taxa mensal desde janeiro de 1989, quando houve uma derrocada de 12,6%. A Associação Nacional dos Corretores, que divulgou o indicador, também atribuiu o declínio aos problemas crescentes no segmento 'subprime'.
No mês passado, a companhia de hipotecas e financiamentos imobiliários americana New Century Financial, especializada no segmento 'subprime', apresentou pedido de proteção sob o "Chapter 11" --o capítulo da legislação americana que regulamenta as falências e concordatas--, no qual lista mais de US$ 100 milhões em ativos e mais de US$ 100 milhões em dívidas.
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O declínio no mercado imobiliário americano preocupa analistas, investidores e até o Federal Reserve (Fed, o BC americano): a queda que vem ocorrendo nos preços dos imóveis leva os americanos a conterem seus gastos, o que desaquece o consumo e causa efeitos na economia como um todo, expondo o país ao risco de uma recessão.
Os preços dos imóveis residenciais nos EUA tiveram queda pelo terceiro trimestre consecutivo, recuando 1,8% entre janeiro e março, na comparação com o mesmo período de 2006, e chegando à média de US$ 212.300, informou hoje a Associação Nacional dos Corretores de Imóveis dos EUA.
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