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17/05/2007
-
19h42
da Efe, em Washington
com Folha Online
O Conselho Executivo do BM (Banco Mundial) aceitou nesta quinta-feira (17) a renúncia do presidente do organismo, Paul Wolfowitz, que deixará o cargo em 30 de junho.
"Os diretores executivos reconhecem a decisão de Wolfowitz de renunciar como presidente do Grupo do Banco Mundial, [em decisão] que se tornará efetiva no final do ano fiscal, em 30 de junho de 2007", aponta um comunicado divulgado pela entidade.
O Conselho informou que "começará o processo de nomeação de um novo presidente imediatamente."
A renúncia de Wolfowitz precisou um longo processo de negociação, diante da sua exigência de que o comunicado final reconhecesse que ele agiu de boa fé ao decidir os detalhes da promoção e do aumento salarial de sua namorada, Shaha Riza. O Conselho reconheceu no comunicado que Wolfowitz, ex-número dois do Pentágono, agiu de boa fé.
Wolfowitz "nos garantiu que agiu de forma ética e de boa fé, no que ele acreditava ser no melhor interesse da instituição, e nós aceitamos [o argumento]", afirma o comunicado do Conselho Executivo, integrado por 24 diretores que representam os 185 membros da entidade.
O comunicado também destaca que o resto das pessoas envolvidas na transferência temporária de Riza ao Departamento de Estado americano e nas condições da medida também agiram de boa fé.
O caso
Wolfowitz está envolvido em um escândalo relacionado com a promoção e o aumento salarial de sua namorada, a britânica de origem libanesa Shaha Ali Riza.
A funcionária do órgão foi transferida ao Departamento de Estado dos Estados Unidos em setembro de 2005, pouco depois da chegada de Wolfowitz ao BM, já que as normas do organismo proíbem que casais tenham relações de patrão e empregado dentro do Bird.
A transferência para o departamento de Estado resultou em vários aumentos salariais de cerca de US$ 60 mil, mais que o dobro do determinado pelas normas do Banco. O salário de Riza passou de cerca de US$ 133 mil para US$ 193 mil ao ano.
O presidente do BM reconheceu no dia 12 de abril que foi ele quem decidiu os detalhes da promoção e do aumento salarial de Riza.
Wolfowitz explicou que pediu para não ser envolvido no caso da promoção e que tomou parte no assunto depois que o Conselho Executivo negou o pedido.
Ex-vice-secretário de Defesa americano, Wolfowitz foi um dos principais idealizadores da administração de George W. Bush e um dos articuladores do envolvimento americano no Iraque.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre Paul Wolfowitz
Leia o que já foi publicado sobre Banco Mundial
Conselho do Banco Mundial aceita renúncia de Wolfowitz
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com Folha Online
O Conselho Executivo do BM (Banco Mundial) aceitou nesta quinta-feira (17) a renúncia do presidente do organismo, Paul Wolfowitz, que deixará o cargo em 30 de junho.
"Os diretores executivos reconhecem a decisão de Wolfowitz de renunciar como presidente do Grupo do Banco Mundial, [em decisão] que se tornará efetiva no final do ano fiscal, em 30 de junho de 2007", aponta um comunicado divulgado pela entidade.
Manuel Balce Ceneta/AP |
Paul Wolfowitz, 63, aceitou nesta quinta-feira renunciar à presidência do Bird |
A renúncia de Wolfowitz precisou um longo processo de negociação, diante da sua exigência de que o comunicado final reconhecesse que ele agiu de boa fé ao decidir os detalhes da promoção e do aumento salarial de sua namorada, Shaha Riza. O Conselho reconheceu no comunicado que Wolfowitz, ex-número dois do Pentágono, agiu de boa fé.
Wolfowitz "nos garantiu que agiu de forma ética e de boa fé, no que ele acreditava ser no melhor interesse da instituição, e nós aceitamos [o argumento]", afirma o comunicado do Conselho Executivo, integrado por 24 diretores que representam os 185 membros da entidade.
O comunicado também destaca que o resto das pessoas envolvidas na transferência temporária de Riza ao Departamento de Estado americano e nas condições da medida também agiram de boa fé.
O caso
Wolfowitz está envolvido em um escândalo relacionado com a promoção e o aumento salarial de sua namorada, a britânica de origem libanesa Shaha Ali Riza.
A funcionária do órgão foi transferida ao Departamento de Estado dos Estados Unidos em setembro de 2005, pouco depois da chegada de Wolfowitz ao BM, já que as normas do organismo proíbem que casais tenham relações de patrão e empregado dentro do Bird.
A transferência para o departamento de Estado resultou em vários aumentos salariais de cerca de US$ 60 mil, mais que o dobro do determinado pelas normas do Banco. O salário de Riza passou de cerca de US$ 133 mil para US$ 193 mil ao ano.
O presidente do BM reconheceu no dia 12 de abril que foi ele quem decidiu os detalhes da promoção e do aumento salarial de Riza.
Wolfowitz explicou que pediu para não ser envolvido no caso da promoção e que tomou parte no assunto depois que o Conselho Executivo negou o pedido.
Ex-vice-secretário de Defesa americano, Wolfowitz foi um dos principais idealizadores da administração de George W. Bush e um dos articuladores do envolvimento americano no Iraque.
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