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18/05/2007 - 14h36

Casa Branca admite nomear presidente estrangeiro para Banco Mundial

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da France Presse

A Casa Branca informou nesta sexta-feira que iniciaria rapidamente o processo de nomeação do próximo presidente do Banco Mundial e deixou aberta a possibilidade de que o sucessor de Paul Wolfowitz no cargo não seja americano.

"Queremos agir rapidamente neste processo", disse o porta-voz da Casa Branca, Tony Fratto. "Queremos garantir a seleção do melhor indivíduo para o cargo, alguém com paixão real para tirar as pessoas da pobreza."

Questionado se o presidente George W. Bush nomearia alguém não americano, Fratto respondeu que esta era uma possibilidade.

Por tradição, o governo americano nomeia o presidente do Banco Mundial e os países europeus indicam o presidente do FMI (Fundo Monetário Internacional). Segundo reportagem do diário americano "The New York Times" na semana passada, os governos europeus vinham indicando a intenção de pressionar pelo fim dessa tradição.

Os EUA são o maior acionista e têm o maior poder decisório no conselho do Banco Mundial (os países europeus teriam a prerrogativa, em contrapartida, de escolher o diretor-gerente do FMI).

Blair e Fraga

O o prêmio Nobel de Economia em 2001 e ex-vice-presidente do órgão Joseph Stiglitz disse hoje à 'Radio 5', da rede britânica BBC que o primeiro-ministro do Reino Unido, Tony Blair, é um dos nomes estudados para a sucessão de Wolfowitz. O próprio Stiglitz disse na semana passada que o ex-presidente do Banco Central Armínio Fraga também seria um nome apto a assumir a presidência do Banco Mundial.

Para Stiglitz, Fraga é um dos que 'cumprem os critérios' para assumir a liderança do banco --Fraga é doutor em Economia por Princeton, ocupou cargos de diretoria na Soros Fund Management e Salomon Brothers e fez 'um excelente trabalho' como presidente do Banco Central do Brasil, afirmou em um artigo publicado no jornal britânico 'Financial Times'.

Ontem o Conselho Executivo do Banco Mundial aceitou a renúncia de Wolfowitz, que deixará o cargo em 30 de junho. O conselho informou ainda que 'começará o processo de nomeação de um novo presidente imediatamente'.

Wolfowitz está envolvido em um escândalo relacionado com a promoção e o aumento salarial de sua namorada, a britânica de origem libanesa Shaha Ali Riza. A funcionária do órgão foi transferida ao Departamento de Estado dos Estados Unidos em setembro de 2005, pouco depois da chegada de Wolfowitz ao banco, já que as normas do organismo proíbem que casais tenham relações de patrão e empregado dentro da instituição.

A transferência para o Departamento de Estado resultou em vários aumentos salariais de cerca de US$ 60 mil, mais que o dobro do determinado pelas normas do banco. O salário de Riza passou de cerca de US$ 133 mil para US$ 193 mil ao ano.

Especial
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