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23/05/2007 - 10h02

Região Sudeste perde espaço na construção civil; Norte sobe mais

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CLARICE SPITZ
da Folha Online, no Rio

A Região Sudeste, que detém o maior peso na construção civil do país, foi a única a perder importância nas obras realizadas entre 1996 e 2005. Influenciada pelos movimentos de São Paulo e do Rio de Janeiro, a Região Sudeste reduziu em dez pontos percentuais sua participação no valor das construções no país: de 65,7% para 55,2%.

A Paic (Pesquisa Anual da Indústria da Construção), elaborada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), mostra ainda que a participação do Sudeste na geração de empregos também recuou, na contramão das demais regiões.

O Sudeste que empregava 62,3% do total da construção civil, em 1996, e passou a ser responsável por 53,6% dos trabalhadores, em 2005.

De acordo com o chefe da Coordenação de Indústria do IBGE, Silvio Sales, a construção civil traduziu o movimento geral da economia de descentralização da atividade econômica dos grandes centros urbanos. "A construção corresponde ao mesmo movimento da economia, se há um movimento de desconcentração da economia a construção civil vai a reboque", disse.

Entre os fatores para a migração da das atividades de construção civil estão: a expansão da fronteira agrícola, políticas de incentivos fiscais, construção de obras residenciais em áreas agrícolas.

Só o Estado de São Paulo reduziu sua fatia na execução de construções de 39,7% para 30,4%, enquanto o Rio apresentou um decréscimo de 14,5% para 10,6%. Em termos de pessoal ocupado, em São Paulo apresentou o maior recuo de 6,3 pontos percentuais.

Por outro lado, a perda de participação da região Sudeste foi acompanhada pela ampliação das demais regiões. A Região Norte duplicou sua presença na construção civil tanto em valor de construções executadas quanto em pessoal ocupado. A região que detinha 3,3% do pessoal ocupado, em 1996, chegou a 6,6%, em 2005. Já nas construções executadas, chegou a 7,4% do total de construções, contra 3,2% em 1996.

Segundo a série de Contas Regionais do Brasil, elaborada pelo IBGE, entre 1996 e 2004, o PIB da Indústria de Transformação cresceu 106,7%, no Amazonas, e 50,6%, no Pará, superando o resultado médio nacional (26,0%).

A Região Nordeste também ampliou sua participação de 16,8% para 19,8% no pessoal ocupado no setor entre 1996 e 2005. O maior destaque ficou com a Bahia, que abocanhou 7,3% dos empregados em construção civil e 6,8% das obras.

Na Região Centro-Oeste, a participação no valor das obras executadas saltou de 6,9%, em 1996, para 9,3%, em 2005. A região que correspondia a 7,1% do pessoal ocupado passou para 8,6% do emprego em construção civil. O Distrito Federal foi o que mais ampliou as construções no período, possivelmente impulsionado por edificações. Em termos de pessoal ocupado, o maior acréscimo desta região veio do Mato Grosso, que passou de 0,6% para 1,6%.

A Região Sul registrou um crescimento de 0,9 ponto percentual tanto no valor das construções realizadas como no pessoal ocupado.

A análise dos dados regionalizados das empresas de construção nos anos de 1996 e 2005 considera empresas com 40 ou mais pessoas ocupadas. Em 2005, esse conjunto de empresas respondia por aproximadamente 60% do valor das obras executadas.

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