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24/05/2007
-
09h13
FABÍOLA SALANI
da Folha de S.Paulo
O mês de maio nem terminou e o turista interessado em viajar ao exterior nas férias de julho já encontra dificuldades para conseguir reservar seu passeio, especialmente se quiser ir para a Europa.
Dólar barato, estabilidade econômica e parcelamento formaram um cenário convidativo para sair do Brasil. Com isso, a procura por esse tipo de viagem aumentou, como constatam os agentes de viagem.
"Calculo que a procura esteja 25% a 30% maior", afirma Pedro Martinez, diretor-geral da Eurovips. "A primeira quinzena de julho está lotadíssima em todas as companhias aéreas."
E um assento no avião é o que mais dificulta a reserva para as viagens internacionais. "Para a Europa, há pouca disponibilidade. As tarifas mais em conta praticamente acabaram, agora conseguimos passagens mais caras", diz Cleiton Feijó, gerente de vendas da Nascimento.
O aumento de procura está em todos os destinos ao exterior. A CVC, maior operadora do país, espera levar 30 mil brasileiros a Bariloche em julho -no ano passado inteiro, foram 20 mil para aquele destino.
"As vendas do internacional para julho estão 20% maiores, mas achamos que [o aumento] pode chegar a 30%", afirma Valter Patriani, presidente da CVC. Segundo ele, o dólar baixo favorece o turista que quer sair do país, por estar em média 15% a 20% mais barato do que nesta época do ano passado, reduzindo o preço dos pacotes.
Patriani diz que não há falta de lugares, mas que a confirmação para a partida no início de julho e para a volta no final daquele mês é mais difícil, embora ressalte que a empresa tem pacotes e assentos disponíveis nessas datas tanto para a Europa como para os EUA, destinos mais distantes.
No ano passado, em meados de maio, a maior disponibilidade era em passagens da Varig para essas localidades. As dificuldades da companhia foram sentidas pelos turistas em julho, quando a aérea não conseguia trazer todos de volta.
Havia o temor de que, com a saída da companhia da maioria de seus destinos internacionais, houvesse falta de lugares, mas isso não ocorreu, segundo Patriani. "A Varig foi 100% substituída", diz. De fato, dados da Panrotas disponibilizados pela Embratur mostram que o número de assentos semanais em relação a maio do ano passado cresceu 11%.
Mas José Francisco Salles Lopes, diretor de Pesquisas e Estatísticas da Embratur, alerta: a oferta não está totalmente recuperada aos níveis do tempo de alta da Varig, apesar desses números. Ele calcula que demore mais alguns meses para normalizar o total de assentos para o consumidor brasileiro.
E há uma contrapartida: mais estrangeiros, notadamente europeus, estão vindo passar suas férias no Brasil, e esse é um cliente que reserva sua passagem com maior antecedência do que o brasileiro. Isso também faz as tarifas mais baratas irem embora mais rapidamente. "Nós abrimos as reservas para os vôos em média quase um ano antes de sua decolagem", explica Bernd Hoffmann, porta-voz da Lufthansa para a América Latina.
Falando em valores, análise dos pacotes e passagens internacionais para julho ofertados em maio do ano passado e deste ano em anúncios pelas operadoras mostra que a maioria dos destinos teve queda no preço -em dólar. Mas, quanto mais tardiamente é feita a reserva, mais cara pode sair a viagem, pois os assentos mais baratos, como lembrou Feijó, da Nascimento, vão acabando.
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O mês de maio nem terminou e o turista interessado em viajar ao exterior nas férias de julho já encontra dificuldades para conseguir reservar seu passeio, especialmente se quiser ir para a Europa.
Dólar barato, estabilidade econômica e parcelamento formaram um cenário convidativo para sair do Brasil. Com isso, a procura por esse tipo de viagem aumentou, como constatam os agentes de viagem.
"Calculo que a procura esteja 25% a 30% maior", afirma Pedro Martinez, diretor-geral da Eurovips. "A primeira quinzena de julho está lotadíssima em todas as companhias aéreas."
E um assento no avião é o que mais dificulta a reserva para as viagens internacionais. "Para a Europa, há pouca disponibilidade. As tarifas mais em conta praticamente acabaram, agora conseguimos passagens mais caras", diz Cleiton Feijó, gerente de vendas da Nascimento.
O aumento de procura está em todos os destinos ao exterior. A CVC, maior operadora do país, espera levar 30 mil brasileiros a Bariloche em julho -no ano passado inteiro, foram 20 mil para aquele destino.
"As vendas do internacional para julho estão 20% maiores, mas achamos que [o aumento] pode chegar a 30%", afirma Valter Patriani, presidente da CVC. Segundo ele, o dólar baixo favorece o turista que quer sair do país, por estar em média 15% a 20% mais barato do que nesta época do ano passado, reduzindo o preço dos pacotes.
Patriani diz que não há falta de lugares, mas que a confirmação para a partida no início de julho e para a volta no final daquele mês é mais difícil, embora ressalte que a empresa tem pacotes e assentos disponíveis nessas datas tanto para a Europa como para os EUA, destinos mais distantes.
No ano passado, em meados de maio, a maior disponibilidade era em passagens da Varig para essas localidades. As dificuldades da companhia foram sentidas pelos turistas em julho, quando a aérea não conseguia trazer todos de volta.
Havia o temor de que, com a saída da companhia da maioria de seus destinos internacionais, houvesse falta de lugares, mas isso não ocorreu, segundo Patriani. "A Varig foi 100% substituída", diz. De fato, dados da Panrotas disponibilizados pela Embratur mostram que o número de assentos semanais em relação a maio do ano passado cresceu 11%.
Mas José Francisco Salles Lopes, diretor de Pesquisas e Estatísticas da Embratur, alerta: a oferta não está totalmente recuperada aos níveis do tempo de alta da Varig, apesar desses números. Ele calcula que demore mais alguns meses para normalizar o total de assentos para o consumidor brasileiro.
E há uma contrapartida: mais estrangeiros, notadamente europeus, estão vindo passar suas férias no Brasil, e esse é um cliente que reserva sua passagem com maior antecedência do que o brasileiro. Isso também faz as tarifas mais baratas irem embora mais rapidamente. "Nós abrimos as reservas para os vôos em média quase um ano antes de sua decolagem", explica Bernd Hoffmann, porta-voz da Lufthansa para a América Latina.
Falando em valores, análise dos pacotes e passagens internacionais para julho ofertados em maio do ano passado e deste ano em anúncios pelas operadoras mostra que a maioria dos destinos teve queda no preço -em dólar. Mas, quanto mais tardiamente é feita a reserva, mais cara pode sair a viagem, pois os assentos mais baratos, como lembrou Feijó, da Nascimento, vão acabando.
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