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24/05/2007
-
13h49
da Lusa, em Lisboa
O comissário europeu para o Comércio, Peter Mandelson --representante da União Européia nas negociações para liberalização do comércio mundial--, disse nesta quinta-feira em Lisboa que é preciso rejeitar o protecionismo e mencionou as mudanças na economia, citando os chamados Bric (Brasil, Rússia, Índia e China, os grandes países emergentes).
"A resposta não passa por fechar a porta, especialmente numa era em que os mercados, principalmente da China, Rússia, Índia e Brasil, estão em rápida mudança. Não podemos esperar que os outros nos abram os seus mercados, se tivermos os nossos fechados", disse.
"Se protegermos uma indústria das mudanças [que ocorrem] em nível mundial, acabamos por impedir que essa indústria se adapte e evolua", afirmou Mendelson.
O comissário frisou que a Europa, "como principal exportador mundial, depende em grande parte dos mercados abertos", avaliando que "não haverá tarifas suficientes nem barreiras para afastar a concorrência chinesa", daí que o estabelecimento de acordos e a aposta na competitividade são essenciais. "Não podemos pensar competir com a China em termos de salários baixo", exemplificou.
As negociações da Rodada Doha, que têm o objetivo de tornar o comércio internacional mais liberal, começaram em 2001 e depois de vários atrasos devidos ao desacordo entre os grandes parceiros comerciais foram suspensas, tendo sido decidido em janeiro o seu relançamento.
A discussão desenvolveu-se entre os 150 países membros da OMC (Organização Mundial do Comércio) e procuram aprofundar a liberalização do comércio e da agricultura, da indústria e dos serviços.
Na quarta-feira, Peter Mandelson disse esperar que a Rodada do Desenvolvimento de Doha possa estar concluída no final deste ano. O assunto será discutido no início de junho na Alemanha pelo G8 (grupo dos sete países mais industrializados do mundo mais a Rússia).
"Posição forte"
Apesar de rejeitar o protecionismo, Peter Mandelson afirmou que a Europa não pode ser a única a viabilizar as negociações de Doha, sublinhando a importância de "uma posição forte" que dê resposta aos desafios da globalização.
"A Europa não será a única a suportar a rodada de negociações de Doha, por muito que desejemos uma conclusão positiva", disse o comissário europeu, durante evento em Lisboa no Ministério da Economia e da Inovação.
"Temos de adotar uma posição forte não só nas negociações relativas à agricultura, mas em todas as áreas. Tem que haver um equilíbrio", defendeu. Para o comissário europeu, a Europa "não tem que aceitar" o acordo de Doha "a qualquer preço e sob quaisquer condições".
Peter Mandelson ressaltou que a "globalização exige mais força à Europa e a sua capacidade para levar a cabo uma ação continental, que lhe permita atuar de forma mais efetiva".
Especial
Leia o que já foi publicado sobre os Bric
Comissário da UE diz rejeitar protecionismo e cita os Bric
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O comissário europeu para o Comércio, Peter Mandelson --representante da União Européia nas negociações para liberalização do comércio mundial--, disse nesta quinta-feira em Lisboa que é preciso rejeitar o protecionismo e mencionou as mudanças na economia, citando os chamados Bric (Brasil, Rússia, Índia e China, os grandes países emergentes).
"A resposta não passa por fechar a porta, especialmente numa era em que os mercados, principalmente da China, Rússia, Índia e Brasil, estão em rápida mudança. Não podemos esperar que os outros nos abram os seus mercados, se tivermos os nossos fechados", disse.
"Se protegermos uma indústria das mudanças [que ocorrem] em nível mundial, acabamos por impedir que essa indústria se adapte e evolua", afirmou Mendelson.
O comissário frisou que a Europa, "como principal exportador mundial, depende em grande parte dos mercados abertos", avaliando que "não haverá tarifas suficientes nem barreiras para afastar a concorrência chinesa", daí que o estabelecimento de acordos e a aposta na competitividade são essenciais. "Não podemos pensar competir com a China em termos de salários baixo", exemplificou.
As negociações da Rodada Doha, que têm o objetivo de tornar o comércio internacional mais liberal, começaram em 2001 e depois de vários atrasos devidos ao desacordo entre os grandes parceiros comerciais foram suspensas, tendo sido decidido em janeiro o seu relançamento.
A discussão desenvolveu-se entre os 150 países membros da OMC (Organização Mundial do Comércio) e procuram aprofundar a liberalização do comércio e da agricultura, da indústria e dos serviços.
Na quarta-feira, Peter Mandelson disse esperar que a Rodada do Desenvolvimento de Doha possa estar concluída no final deste ano. O assunto será discutido no início de junho na Alemanha pelo G8 (grupo dos sete países mais industrializados do mundo mais a Rússia).
"Posição forte"
Apesar de rejeitar o protecionismo, Peter Mandelson afirmou que a Europa não pode ser a única a viabilizar as negociações de Doha, sublinhando a importância de "uma posição forte" que dê resposta aos desafios da globalização.
"A Europa não será a única a suportar a rodada de negociações de Doha, por muito que desejemos uma conclusão positiva", disse o comissário europeu, durante evento em Lisboa no Ministério da Economia e da Inovação.
"Temos de adotar uma posição forte não só nas negociações relativas à agricultura, mas em todas as áreas. Tem que haver um equilíbrio", defendeu. Para o comissário europeu, a Europa "não tem que aceitar" o acordo de Doha "a qualquer preço e sob quaisquer condições".
Peter Mandelson ressaltou que a "globalização exige mais força à Europa e a sua capacidade para levar a cabo uma ação continental, que lhe permita atuar de forma mais efetiva".
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