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11/01/2001
-
08h00
FELIPE PATURY e DAVID FRIEDLANDER, da Folha de S.Paulo
A Petrobras terá dois nomes. No Brasil, continuará chamando-se Petrobras. No exterior, será a PetroBrax, o nome polêmico que colocou a direção da empresa no olho do furacão na virada do ano.
A decisão foi revelada ontem à Folha pelo presidente da estatal, Henri Philippe Reichstul. Ele trocará seu escritório no Rio de Janeiro pelos corredores de Brasília para explicar por que a maior empresa nacional não pode manter o nome que leva há quase 50 anos.
A mudança de nome faz parte de um projeto maior que é mudar completamente a fachada dos postos de gasolina da Petrobras em todo o mundo e que vai custar US$ 43 milhões, segundo ele.
Reichstul está convencido de que a Petrobras não conseguirá ter atuação internacional se mantiver o logotipo verde e amarelo com a sigla BR. Para ele, mudar é essencial para concorrer com os postos de empresas estrangeiras no Brasil e no exterior.
"O BR verde e amarelo no exterior não funciona. Não dá para montar postos BR lá fora", diz ele. Reconhece, porém, que a idéia de abandonar o nome Petrobras no Brasil foi um erro político e, principalmente, comercial. "O PetroBrax no Brasil está enterrado."
O presidente da Petrobras descobriu que o nome da empresa pode ser uma importante diferença para os consumidores brasileiros na hora de escolher os postos onde abastecer seus carros.
"As pessoas sentem afeição pela marca Petrobras no mercado brasileiro. Na mão de bons publicitários, esse sentimento se transforma em poder de mercado. Não conhecíamos bem isso", afirmou.
A polêmica sobre o nome da Petrobras surgiu nos últimos dias de 2000. Durante oito meses, Reichstul conseguiu manter os estudos para mudar o nome da empresa em sigilo. Apresentou o assunto à diretoria da estatal há um mês.
Lá, encontrou as primeiras resistências à idéia. Os maiores inimigos da mudança eram os diretores com carreira na estatal.
Apesar disso, aprovaram a medida para dar respaldo a Reichstul e mostrar coesão na companhia. Reichstul levou os estudos ao conselho de administração, integrado pelos ministros da Casa Civil, Pedro Parente, e de Minas e Energia, Rodolpho Tourinho.
A operação foi aprovada por unanimidade. O presidente Fernando Henrique autorizou a mudança, mas esperava que o processo fosse mais lento.
Surpreendido pelo vazamento da notícia, Reichstul anunciou a mudança antes da hora.
Assustou-se com a repercussão. Foi desautorizado por FHC, mas ainda se acha "superapoiado".
Petrobras vai insistir em ser PetroBrax
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A Petrobras terá dois nomes. No Brasil, continuará chamando-se Petrobras. No exterior, será a PetroBrax, o nome polêmico que colocou a direção da empresa no olho do furacão na virada do ano.
A decisão foi revelada ontem à Folha pelo presidente da estatal, Henri Philippe Reichstul. Ele trocará seu escritório no Rio de Janeiro pelos corredores de Brasília para explicar por que a maior empresa nacional não pode manter o nome que leva há quase 50 anos.
A mudança de nome faz parte de um projeto maior que é mudar completamente a fachada dos postos de gasolina da Petrobras em todo o mundo e que vai custar US$ 43 milhões, segundo ele.
Reichstul está convencido de que a Petrobras não conseguirá ter atuação internacional se mantiver o logotipo verde e amarelo com a sigla BR. Para ele, mudar é essencial para concorrer com os postos de empresas estrangeiras no Brasil e no exterior.
"O BR verde e amarelo no exterior não funciona. Não dá para montar postos BR lá fora", diz ele. Reconhece, porém, que a idéia de abandonar o nome Petrobras no Brasil foi um erro político e, principalmente, comercial. "O PetroBrax no Brasil está enterrado."
O presidente da Petrobras descobriu que o nome da empresa pode ser uma importante diferença para os consumidores brasileiros na hora de escolher os postos onde abastecer seus carros.
"As pessoas sentem afeição pela marca Petrobras no mercado brasileiro. Na mão de bons publicitários, esse sentimento se transforma em poder de mercado. Não conhecíamos bem isso", afirmou.
A polêmica sobre o nome da Petrobras surgiu nos últimos dias de 2000. Durante oito meses, Reichstul conseguiu manter os estudos para mudar o nome da empresa em sigilo. Apresentou o assunto à diretoria da estatal há um mês.
Lá, encontrou as primeiras resistências à idéia. Os maiores inimigos da mudança eram os diretores com carreira na estatal.
Apesar disso, aprovaram a medida para dar respaldo a Reichstul e mostrar coesão na companhia. Reichstul levou os estudos ao conselho de administração, integrado pelos ministros da Casa Civil, Pedro Parente, e de Minas e Energia, Rodolpho Tourinho.
A operação foi aprovada por unanimidade. O presidente Fernando Henrique autorizou a mudança, mas esperava que o processo fosse mais lento.
Surpreendido pelo vazamento da notícia, Reichstul anunciou a mudança antes da hora.
Assustou-se com a repercussão. Foi desautorizado por FHC, mas ainda se acha "superapoiado".
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