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27/01/2001
-
03h22
da Folha de S.Paulo
William Rhodes, vice-presidente do Citigroup, o megaconglomerado financeiro presente em mais de cem países, ficou a um passo de repetir ontem, com sinal trocado, a frase ("é a economia, estúpido") que os marqueteiros disseram a Bill Clinton, em sua primeira campanha presidencial.
Em Davos, Rhodes desenhou um cenário para o Brasil que poderia ser resumido exatamente na frase "é a política, estúpidos".
Para Rhodes, com mais de 20 anos de experiência em Brasil e que fala razoável "portunhol", o problema para o país não é a economia, ainda que ela venha a ser afetada pela desaceleração dos EUA. "É o fator político, que vai começar a pipocar por causa das eleições (presidenciais de 2002)."
Rhodes lamentou que campanhas presidenciais no Brasil comecem "muito cedo", uma frase que pode ser entendida de duas maneiras. Uma é simplesmente factual: de fato, no mundo desenvolvido, campanhas eleitorais duram muito menos tempo.
A segunda leitura é mais política: o mundo financeiro está satisfeito com o governo Fernando Henrique Cardoso e lamenta a antecipação do debate sucessório.
Mas Rhodes fica longe de outros especialistas do mercado financeiro que não escondem a má vontade em relação às candidaturas de oposição a FHC.
Também o presidente do BC, Armínio Fraga, foge desse terreno minado, ao dizer que "é muito cedo" para falar em sucessão.
Armínio não exibe sinal de inquietação com a hipótese de uma vitória da oposição em 2002. Seu teorema: "Certas idéias vieram para ficar, como a de que transparência é bom, responsabilidade (fiscal) é bom, eficiência econômica é bom. Mas é claro que nenhum modelo é perfeito e que a democracia traz mudanças. O Brasil está com uma estrutura capaz de digerir essas coisas".
(CR)
"Problema no Brasil é político, não econômico"
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William Rhodes, vice-presidente do Citigroup, o megaconglomerado financeiro presente em mais de cem países, ficou a um passo de repetir ontem, com sinal trocado, a frase ("é a economia, estúpido") que os marqueteiros disseram a Bill Clinton, em sua primeira campanha presidencial.
Em Davos, Rhodes desenhou um cenário para o Brasil que poderia ser resumido exatamente na frase "é a política, estúpidos".
Para Rhodes, com mais de 20 anos de experiência em Brasil e que fala razoável "portunhol", o problema para o país não é a economia, ainda que ela venha a ser afetada pela desaceleração dos EUA. "É o fator político, que vai começar a pipocar por causa das eleições (presidenciais de 2002)."
Rhodes lamentou que campanhas presidenciais no Brasil comecem "muito cedo", uma frase que pode ser entendida de duas maneiras. Uma é simplesmente factual: de fato, no mundo desenvolvido, campanhas eleitorais duram muito menos tempo.
A segunda leitura é mais política: o mundo financeiro está satisfeito com o governo Fernando Henrique Cardoso e lamenta a antecipação do debate sucessório.
Mas Rhodes fica longe de outros especialistas do mercado financeiro que não escondem a má vontade em relação às candidaturas de oposição a FHC.
Também o presidente do BC, Armínio Fraga, foge desse terreno minado, ao dizer que "é muito cedo" para falar em sucessão.
Armínio não exibe sinal de inquietação com a hipótese de uma vitória da oposição em 2002. Seu teorema: "Certas idéias vieram para ficar, como a de que transparência é bom, responsabilidade (fiscal) é bom, eficiência econômica é bom. Mas é claro que nenhum modelo é perfeito e que a democracia traz mudanças. O Brasil está com uma estrutura capaz de digerir essas coisas".
(CR)
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