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05/02/2001
-
16h25
Suspeita faz cotação de boi gordo cair
Comida alemã está na mira, diz analista
SÉRGIO RIPARDO
da Folha Online
O Ministério da Agricultura foi negligente ao fornecer informações insuficientes ao Canadá sobre o trabalho de prevenção do Brasil contra a doença da vaca louca.
A avaliação é do secretário da Agricultura do Rio Grande do Sul, José Hermeto Hoffmann.
"O Brasil deu o pretexto que o Canadá esperava para fazer uma retaliação, por conta da briga entre Embraer e Bombardier. Vamos pagar muito caro por essa negligência", afirma Hoffmann.
Na sua opinião, a imagem da carne brasileira foi seriamente comprometida no exterior. O Rio Grande do Sul é responsável por 8% das exportações de carne bovina do país.
"Vamos perder a chance de ocupar mercado na Europa."
Segundo o secretário, o governo federal não conseguiu responder aos canadenses sobre a rastreabilidade do gado importado da Europa.
Para Hoffmann, a saída agora é colocar o batalhão de veterinários do ministério em campo para tentar localizar os animais importados, que poderiam estar contaminados com o mal da vaca louca.
Amanhã, o secretário vai à França para acompanhar, na próxima quinta-feira, o julgamento do produtor francês, José Bové, que liderou os ataques às lavouras transgênicas.
"Vou aproveitar para dizer na mídia que o Brasil está livre da doença da vaca louca, pois temos um sistema de criação diferente. O gado é alimentado com ração de origem vegetal, criado a céu aberto", diz Hoffmann.
Para o secretário, não é a primeira vez que o governo federal demora em tomar providências na área de sanidade animal. Ele afirmou que o Ministério da Agricultura escondeu do governo gaúcho por 16 dias os casos de febre aftosa registrados na região de Jóia, em agosto último.
"Só fomos avisados depois de 16 dias. Fomos vítimas dessa negligência."
Ministério negligenciou prevenção contra vaca louca, diz RS
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SÉRGIO RIPARDO
da Folha Online
O Ministério da Agricultura foi negligente ao fornecer informações insuficientes ao Canadá sobre o trabalho de prevenção do Brasil contra a doença da vaca louca.
A avaliação é do secretário da Agricultura do Rio Grande do Sul, José Hermeto Hoffmann.
"O Brasil deu o pretexto que o Canadá esperava para fazer uma retaliação, por conta da briga entre Embraer e Bombardier. Vamos pagar muito caro por essa negligência", afirma Hoffmann.
Na sua opinião, a imagem da carne brasileira foi seriamente comprometida no exterior. O Rio Grande do Sul é responsável por 8% das exportações de carne bovina do país.
"Vamos perder a chance de ocupar mercado na Europa."
Segundo o secretário, o governo federal não conseguiu responder aos canadenses sobre a rastreabilidade do gado importado da Europa.
Para Hoffmann, a saída agora é colocar o batalhão de veterinários do ministério em campo para tentar localizar os animais importados, que poderiam estar contaminados com o mal da vaca louca.
Amanhã, o secretário vai à França para acompanhar, na próxima quinta-feira, o julgamento do produtor francês, José Bové, que liderou os ataques às lavouras transgênicas.
"Vou aproveitar para dizer na mídia que o Brasil está livre da doença da vaca louca, pois temos um sistema de criação diferente. O gado é alimentado com ração de origem vegetal, criado a céu aberto", diz Hoffmann.
Para o secretário, não é a primeira vez que o governo federal demora em tomar providências na área de sanidade animal. Ele afirmou que o Ministério da Agricultura escondeu do governo gaúcho por 16 dias os casos de febre aftosa registrados na região de Jóia, em agosto último.
"Só fomos avisados depois de 16 dias. Fomos vítimas dessa negligência."
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