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18/07/2000
-
09h32
da Folha de S. Paulo
O presidente da Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo), o venezuelano Alí Rodríguez, anunciou nesta segunda-feira (17) que o cartel aumentará a produção do óleo em 500 mil barris diários até o final do mês, colocando em prática um acordo já estabelecido entre os produtores.
Segundo o pacto, toda vez em que os preços do petróleo ficarem fora da faixa considerada normal -de US$ 22 a US$ 28 o barril-, a Opep usará o mecanismo automático de regulação e aumentará (ou diminuirá, de acordo com a necessidade) a produção em 500 mil barris diários. Isso deve pôr fim a decisões unilaterais dos produtores e à necessidade de convocar reuniões emergenciais.
O comunicado pegou o mercado de surpresa e fez os preços recuarem nas duas principais praças de negociação de petróleo.
Em Nova York, o barril de petróleo para venda em agosto caiu US$ 0,57 e fechou o dia cotado a US$ 30,83.
Em Londres, o barril de petróleo tipo brent (referência internacional) para venda em setembro perdeu US$ 0,66 em relação ao valor de sexta-feira, encerrando a US$ 28,57.
O aumento de 500 mil barris diários, que elevará a produção da Opep para 25,9 bilhões de barris por dia, será dividido entre dez países da Opep: Argélia, Indonésia, Irã, Kuait, Líbia, Nigéria, Qatar, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos e Venezuela.
O Iraque, que tem sanções internacionais impostas à sua exportação, não participará do aumento. Os produtores independentes, que costumam seguir as decisões da Opep, ainda não se manifestaram.
A Arábia Saudita, maior produtor do cartel, será responsável por uma cota de 162 mil barris diários.
Há três semanas, os sauditas haviam anunciado a intenção de aumentar a sua produção em 500 mil barris diários, com o objetivo de conter a escalada de preços.
O anúncio unilateral desencadeou uma crise política entre os produtores, que esperavam uma decisão coletiva sobre o aumento.
Rodríguez havia iniciado, na semana passada, uma série de visitas aos países-membros do cartel, a fim de tomar uma decisão coletiva sobre a questão.
'Os preços hoje estão em queda, mas isso ainda não é definitivo. Estamos com valores acima dos praticados no início de abril, quando os preços atingiram um patamar normal', disse Tim Evans, analista da IFR-Pegasus.
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Opep aumenta produção e cria "banda" para o petróleo
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O presidente da Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo), o venezuelano Alí Rodríguez, anunciou nesta segunda-feira (17) que o cartel aumentará a produção do óleo em 500 mil barris diários até o final do mês, colocando em prática um acordo já estabelecido entre os produtores.
Segundo o pacto, toda vez em que os preços do petróleo ficarem fora da faixa considerada normal -de US$ 22 a US$ 28 o barril-, a Opep usará o mecanismo automático de regulação e aumentará (ou diminuirá, de acordo com a necessidade) a produção em 500 mil barris diários. Isso deve pôr fim a decisões unilaterais dos produtores e à necessidade de convocar reuniões emergenciais.
O comunicado pegou o mercado de surpresa e fez os preços recuarem nas duas principais praças de negociação de petróleo.
Em Nova York, o barril de petróleo para venda em agosto caiu US$ 0,57 e fechou o dia cotado a US$ 30,83.
Em Londres, o barril de petróleo tipo brent (referência internacional) para venda em setembro perdeu US$ 0,66 em relação ao valor de sexta-feira, encerrando a US$ 28,57.
O aumento de 500 mil barris diários, que elevará a produção da Opep para 25,9 bilhões de barris por dia, será dividido entre dez países da Opep: Argélia, Indonésia, Irã, Kuait, Líbia, Nigéria, Qatar, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos e Venezuela.
O Iraque, que tem sanções internacionais impostas à sua exportação, não participará do aumento. Os produtores independentes, que costumam seguir as decisões da Opep, ainda não se manifestaram.
A Arábia Saudita, maior produtor do cartel, será responsável por uma cota de 162 mil barris diários.
Há três semanas, os sauditas haviam anunciado a intenção de aumentar a sua produção em 500 mil barris diários, com o objetivo de conter a escalada de preços.
O anúncio unilateral desencadeou uma crise política entre os produtores, que esperavam uma decisão coletiva sobre o aumento.
Rodríguez havia iniciado, na semana passada, uma série de visitas aos países-membros do cartel, a fim de tomar uma decisão coletiva sobre a questão.
'Os preços hoje estão em queda, mas isso ainda não é definitivo. Estamos com valores acima dos praticados no início de abril, quando os preços atingiram um patamar normal', disse Tim Evans, analista da IFR-Pegasus.
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