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21/02/2001 - 09h55

Congresso discute altos custos da Internet móvel

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da Reuters, em Cannes

A maior reunião anual da indústria de telefonia móvel começou ontem em Cannes, na França, no mesmo momento em que as operadoras se esforçam para garantir o alto financiamento necessário para as futuras redes de alta velocidade com capacidade para dados e vídeo.

O Congresso Mundial GSM (Global System Mobile), a tecnologia mais difundida em telefonia móvel, em sua 15ª edição, reúne os gigantes do setor, desde companhias como NTT DoCoMo, Vodafone e a recém-criada Virgin Mobile, até fabricantes de equipamentos como Nokia, Siemens e Motorola. Além disso, também estão presentes produtores de peças, serviços e programas e produtos para clientes.

'O congresso deste ano está sendo considerado como o momento da verdade para muitos operadores sem fio'', disse em entrevista o diretor geral da IBM Global Wireless Solutions, Vhal Rahmari.

As companhias de telefonia móvel sem fio têm investido centenas de milhões de dólares para ganhar as licenças européias de operação de serviços que possibilitarão a Internet móvel. Agora necessitam atrair mais clientes e, assim, gerar o volume de tráfego necessário para enfrentar os altos custos, disse Rahmani.

Depois de anos de forte crescimento, incluindo a venda de mais de 400 milhões de aparelhos celulares no ano passado, a indústria sem fio se dispõe agora a passar da transmissão de voz e serviços restritos de dados para a era da telefonia móvel de alta velocidade, ou de banda larga.

'Será fantástico ter banda larga sem fio, mas creio que ainda falta muito por fazer com a tecnologia atual'', disse Rahmani.

A conferência deste ano, denominada Congresso 3GSM, acrescentou o número três ao seu nome para enfatizar a telefonia móvel de terceira geração, como são chamados os serviços de alta velocidade via celular.

Esse tipo de rede assegura um futuro de surpreendentes dispositivos que mudarão o estilo de vida, desde a televisão de bolso até relógios de pulso com tela de vídeo e escritórios móveis em telefones, se os provedores de serviços tiverem sucesso em convencer os consumidores.

A indústria sem fio teve que gastar nos últimos anos mais de 100 bilhões de dólares com as licenças para oferecer os futuros serviços, prometendo montar na Europa redes que darão aos usuários velocidades de acesso à Internet de até dois milhões de bites por segundo, cerca de 200 vezes mais rápido do que a velocidade média atual.

Nesta área, fabricantes de equipamentos como Nokia, Ericsson e Motorola enfrentam a ameaça da Microsoft de introduzir no mercado seu software de telefonia móvel para capitalizar seu domínio no mercado de softwares para computadores pessoais.

A Microsoft anunciou na segunda-feira seu programa Stinger, um novo sistema operacional para telefonia móvel, apoiado em fabricantes de equipamentos como Samsung Electronics e Mitsubishi.

A empresa de Bill Gates tem firmado acordos de testes com operadoras de telefonia móvel, como a britânica Vodafone, a espanhola Telefónica Móviles, a alemã T-Mobil e a australiana Telstra.

No lado oposto, o programa Pearl da Symbian conseguiu atrair a companhia alemã Siemens. Além disso, a Symbian vai apresentar durante a conferência organizadores pessoais capazes de utilizar o programa de apresentações Power Point, da Microsoft. Os fabricantes de semicondutores apresentam a portas fechadas seus últimos modelos de chips, a tecnologia que torna possível a próxima geração de telefonia móvel. Alguns prometem reduzir os custos das redes centrais de alta capacidade em até 50 por cento nos próximos cinco anos.

Em geral, a indústria está se preparando para as primeiras redes de terceira geração, de ampla difusão no Japão, que chegarão aos países europeus em 2002.

 

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