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16/03/2001
-
15h47
da France Presse
A crise de febre aftosa estendeu-se nesta sexta-feira pelo mundo, com o anúncio da detecção de vários focos na Argentina, notícia que causou ansiedade na América Latina, enquanto se intensificavam na Grã-Bretanha as matanças para tentar frear a epidemia.
Dia após dia, o número de focos prossegue aumentando na Grã-Bretanha. Segundo os últimos números, comunicados nesta sexta-feira, foram detectados um total de 256 desde o aparecimento da doença há quase um mês.
O Reino Unido anunciou que um total de 500.000 animais poderiam ser sacrificados para frear a expansão da epidemia.
Este número inclui 241.000 animais que foram mortos, ou estão a ponto de sê-lo, desde que foi declarada a doença dia 19 de fevereiro.
Além disso, entre 200.000 e 300.000 animais sadios terão que ser eliminados preventivamente como parte das drásticas medidas anunciadas quinta-feira pelo ministro da Agricultura, Nick Brown, precisou Scudamore em entrevista à imprensa.
Mas os criadores se mostram cada dia mais inconformados com as medidas drásticas aplicadas pelo Governo.
Único país afetado até agora no continente americano, a Argentina teria pelo menos 40 focos identificados de febre aftosa, estimou recentemente o subsecretário de Agricultura (dependente do ministério da Economia), Eduardo Manciana, em visita à província de Santa Fé (centro-leste).
Na Europa, Portugal decidiu estender a sete países que não fazem parte da União Européia (UE), entre eles a Argentina, a proibição de importar animais em pé e produtos de origem bovina, ovina, caprina e suína, como medida preventiva contra a febre aftosa, anunciou o Ministério da Agricultura em comunicado.
Os Emirados Árabes Unidos, que quarta-feira revelaram a existência de oito casos de febre aftosa em vacas importadas, registravam nesta sexta-feira um total de 75. A enfermidade também se estendeu à Palestina, onde foram detectados 13 casos.
Na França, onde um primeiro caso de febre aftosa foi revelado terça-feira, os criadores se encontram à beira do abismo, já que não haviam se recuperado economicamente da crise anterior, da vaca louca.
A França e a Grã-Bretanha estão submetidas a um embargo sobre todas suas exportações de gado em pé. Esta medida, aprovada por peritos europeus, está acompanhada de um embargo sobre os produtos à base de carne e leite cru procedentes dos departamentos franceses de Orne Mayenne (oeste).
Os Estados Unidos suspenderam suas importações de carne e de animais vivos da UE, assim como de produtos lácteos.
O Canadá, que decretou um embargo sobre algumas importações agrícolas da UE, deu a entender que poderia levantar o embargo em duas ou três semanas contra vários países se a enfermidade não se propagar por toda a UE.
Na Ásia, numerosos países como Coréia do Sul decidiram por sua vez proibir as importações de gado, carne e produtos lácteos europeus. Assim como o Japão e Hong Kong, Cingapura deixou de importar carne e produtos lácteos franceses.
Na Austrália, onde o gado é uma das atividades mais importantes, foram proibidas as importações de carne, gado e produtos lácteos da UE. Nova Zelândia está a ponto de adotar as mesmas medidas.
Na África, a Nigéria anunciou o fim total das importações de gado e de produtos derivados procedentes da UE.
Crise de febre aftosa se agrava no mundo com focos na Argentina
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A crise de febre aftosa estendeu-se nesta sexta-feira pelo mundo, com o anúncio da detecção de vários focos na Argentina, notícia que causou ansiedade na América Latina, enquanto se intensificavam na Grã-Bretanha as matanças para tentar frear a epidemia.
Dia após dia, o número de focos prossegue aumentando na Grã-Bretanha. Segundo os últimos números, comunicados nesta sexta-feira, foram detectados um total de 256 desde o aparecimento da doença há quase um mês.
O Reino Unido anunciou que um total de 500.000 animais poderiam ser sacrificados para frear a expansão da epidemia.
Este número inclui 241.000 animais que foram mortos, ou estão a ponto de sê-lo, desde que foi declarada a doença dia 19 de fevereiro.
Além disso, entre 200.000 e 300.000 animais sadios terão que ser eliminados preventivamente como parte das drásticas medidas anunciadas quinta-feira pelo ministro da Agricultura, Nick Brown, precisou Scudamore em entrevista à imprensa.
Mas os criadores se mostram cada dia mais inconformados com as medidas drásticas aplicadas pelo Governo.
Único país afetado até agora no continente americano, a Argentina teria pelo menos 40 focos identificados de febre aftosa, estimou recentemente o subsecretário de Agricultura (dependente do ministério da Economia), Eduardo Manciana, em visita à província de Santa Fé (centro-leste).
Na Europa, Portugal decidiu estender a sete países que não fazem parte da União Européia (UE), entre eles a Argentina, a proibição de importar animais em pé e produtos de origem bovina, ovina, caprina e suína, como medida preventiva contra a febre aftosa, anunciou o Ministério da Agricultura em comunicado.
Os Emirados Árabes Unidos, que quarta-feira revelaram a existência de oito casos de febre aftosa em vacas importadas, registravam nesta sexta-feira um total de 75. A enfermidade também se estendeu à Palestina, onde foram detectados 13 casos.
Na França, onde um primeiro caso de febre aftosa foi revelado terça-feira, os criadores se encontram à beira do abismo, já que não haviam se recuperado economicamente da crise anterior, da vaca louca.
A França e a Grã-Bretanha estão submetidas a um embargo sobre todas suas exportações de gado em pé. Esta medida, aprovada por peritos europeus, está acompanhada de um embargo sobre os produtos à base de carne e leite cru procedentes dos departamentos franceses de Orne Mayenne (oeste).
Os Estados Unidos suspenderam suas importações de carne e de animais vivos da UE, assim como de produtos lácteos.
O Canadá, que decretou um embargo sobre algumas importações agrícolas da UE, deu a entender que poderia levantar o embargo em duas ou três semanas contra vários países se a enfermidade não se propagar por toda a UE.
Na Ásia, numerosos países como Coréia do Sul decidiram por sua vez proibir as importações de gado, carne e produtos lácteos europeus. Assim como o Japão e Hong Kong, Cingapura deixou de importar carne e produtos lácteos franceses.
Na Austrália, onde o gado é uma das atividades mais importantes, foram proibidas as importações de carne, gado e produtos lácteos da UE. Nova Zelândia está a ponto de adotar as mesmas medidas.
Na África, a Nigéria anunciou o fim total das importações de gado e de produtos derivados procedentes da UE.
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