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18/03/2001 - 19h31

Petrobras quer ampliar produção em Marlim para compensar P-36

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da Folha de S.Paulo, no Rio

Na tentativa de diminuir os prejuízos causados pelas explosões na P-36 _estimados em cerca de US$ 60 milhões por mês em importação de petróleo_, a Petrobras estuda ampliar a capacidade de produção do campo de Marlim Sul, instalando lá a plataforma P-40.

O campo de Marlim Sul fica na bacia de Campos, assim como o campo de Roncador, onde está localizada a P-36.

A P-40, adquirida por US$ 550 milhões em Cingapura, foi construída pelo estaleiro Gurong. Ela chegou em janeiro ao Rio e está na baía de Guanabara, próximo à ponte Rio-Niterói.

A capacidade máxima de produção da plataforma é de 150 mil barris por dia _30 mil a menos do que a P-36. O início de operação da P-40 estava somente previsto para julho e o pico de produção, para novembro de 2002.
O grande desafio da Petrobras, agora, é conseguir agilizar o processo de liberação de licença ambiental para permitir o funcionamento da plataforma. Ele é fornecido pelo Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis).

Segundo Carlos Tadeu Fraga, gerente-executivo de exploração e produção da Região Sul-Sudeste da Petrobras, o processo de licenciamento da P-40 está em andamento há bastante tempo. "Estamos empenhados em ter uma solução rápida para isso."

Ele diz ainda que o itinerário da plataforma para Marlim Sul "já é algo que a Petrobras encara como certo". Para Tadeu, "o mais razoável é manter a P-40 em Marlim Sul" e acelerar a produção de petróleo por meio da ligação dos poços da região com a P-40.

Também fazem parte da estratégia para minimizar os prejuízos da estatal, deslocar equipamentos de Roncador para Marlim Sul, como sondas e barcos, além de buscar no mercado um sistema de menor porte para fretamento. Outra alternativa é deslocar para Roncador plataformas de menor porte que garantiriam a retirada de um número significativo de barris de petróleo dia.

De acordo com a Petrobras, a P-40 deve funcionar acoplada ao navio petroleiro P-38, chamado de navio-cisterna, que vai armazenar a produção e transportá-la para as bases em terra.

Com o acidente da P-36, a Petrobras deixou de produzir cerca de 80 mil barris/dia de petróleo. Um prejuízo que, segundo analistas ouvidos pela Folha, teria um impacto de US$ 600 milhões na balança comercial, levando em conta que a Petrobras importaria todo o combustível produzido na plataforma.

A Petrobras avalia que terá uma perda de receita de US$ 450 milhões com a paralisação da P-36. Esse valor é referente à importação de petróleo e a exportação da produção que deixou de ser feita.

(DANIELA MENDES, KARINE RODRIGUES E MARIO HUGO MONKEN)
 

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