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20/03/2001
-
09h23
CLAUDIA ROLLI
da Folha de S.Paulo
O governo levará hoje à mesa de negociação duas propostas para contribuir para o pagamento da correção do FGTS: a possibilidade da compra de ações de Furnas e o repasse de R$ 6 bilhões da Desvinculação das Receitas da União.
CUT, CGT e Força Sindical já avisaram que, se o governo não mostrar como arrecadará fundos para pagar as perdas dos planos econômicos, não haverá reunião.
"Temos até um ato marcado para o dia 5 de abril em Brasília. Só vai depender do governo", disse João Felício, presidente da CUT.
As duas medidas adotadas pelo governo somadas à elevação da multa de 40% para 50% (paga aos demitidos sem justa causa) e ao aumento de 8% para 8,5% da alíquota de contribuição dos empresários ao fundo seriam suficientes para pagar a correção em cinco anos, segundo a Folha de S.Paulo apurou.
Na negociação de hoje com o ministro Francisco Dornelles (do Trabalho), as centrais querem reduzir esse prazo para três anos. O calendário seria: R$ 500 até dezembro deste ano e R$ 1.000 até março de 2002. Acima desse valor, o saldo teria de ser quitado até 2003, segundo informou Paulo Pereira da Silva, da Força.
O governo estuda disponibilizar entre 60% e 70% do FGTS para a compra de ações de Furnas, com um desconto de 20% para o trabalhador. No caso da Petrobras, o governo permitiu o uso de 50%.
O presidente da CNI (confederação das indústrias), Carlos Eduardo Moreira Ferreira, se encontrará hoje com Paulinho. Segundo a CNI, os patrões são contra a elevação da multa e da alíquota por aumentarem o 'custo Brasil''.
Os empresários defendem o uso do patrimônio líquido (R$ 8,7 bilhões), das disponibilidades do fundo (R$ 4,3 bilhões), das verbas existentes para contratos de risco (R$ 2,3 bilhões) e dos recursos da rolagem da dívida da União com Estados e municípios (R$ 34,6 bilhões) para pagar a dívida. Esses valores seriam remunerados com juros de mercado.
A CUT se reuniu ontem com a Fiesp (federação das indústrias) para pedir que os empresários também pressionem o governo. A central protocolou um pedido no Conselho Curador do FGTS para o governo usar o patrimônio líquido e pagar já 91,98% das contas (até R$ 1.000).
Ações de Furnas poderão pagar correção do FGTS
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da Folha de S.Paulo
O governo levará hoje à mesa de negociação duas propostas para contribuir para o pagamento da correção do FGTS: a possibilidade da compra de ações de Furnas e o repasse de R$ 6 bilhões da Desvinculação das Receitas da União.
CUT, CGT e Força Sindical já avisaram que, se o governo não mostrar como arrecadará fundos para pagar as perdas dos planos econômicos, não haverá reunião.
"Temos até um ato marcado para o dia 5 de abril em Brasília. Só vai depender do governo", disse João Felício, presidente da CUT.
As duas medidas adotadas pelo governo somadas à elevação da multa de 40% para 50% (paga aos demitidos sem justa causa) e ao aumento de 8% para 8,5% da alíquota de contribuição dos empresários ao fundo seriam suficientes para pagar a correção em cinco anos, segundo a Folha de S.Paulo apurou.
Na negociação de hoje com o ministro Francisco Dornelles (do Trabalho), as centrais querem reduzir esse prazo para três anos. O calendário seria: R$ 500 até dezembro deste ano e R$ 1.000 até março de 2002. Acima desse valor, o saldo teria de ser quitado até 2003, segundo informou Paulo Pereira da Silva, da Força.
O governo estuda disponibilizar entre 60% e 70% do FGTS para a compra de ações de Furnas, com um desconto de 20% para o trabalhador. No caso da Petrobras, o governo permitiu o uso de 50%.
O presidente da CNI (confederação das indústrias), Carlos Eduardo Moreira Ferreira, se encontrará hoje com Paulinho. Segundo a CNI, os patrões são contra a elevação da multa e da alíquota por aumentarem o 'custo Brasil''.
Os empresários defendem o uso do patrimônio líquido (R$ 8,7 bilhões), das disponibilidades do fundo (R$ 4,3 bilhões), das verbas existentes para contratos de risco (R$ 2,3 bilhões) e dos recursos da rolagem da dívida da União com Estados e municípios (R$ 34,6 bilhões) para pagar a dívida. Esses valores seriam remunerados com juros de mercado.
A CUT se reuniu ontem com a Fiesp (federação das indústrias) para pedir que os empresários também pressionem o governo. A central protocolou um pedido no Conselho Curador do FGTS para o governo usar o patrimônio líquido e pagar já 91,98% das contas (até R$ 1.000).
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