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21/07/2000
-
06h14
NEY HAYASHI DA CRUZ
da Folha de S.Paulo
Neste ano, os bancos deixaram de destinar R$ 30 bilhões a operações de crédito imobiliário que, por lei, são obrigados a realizar.
Essa é a conclusão de pesquisa feita pela Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade) com base em dados fornecidos pelo Banco Central.
De acordo com resolução do governo federal, os bancos são obrigados a destinar, no mínimo, 65% do total de recursos captados pela caderneta de poupança para financiamentos habitacionais.
Nos quatro primeiros meses deste ano os bancos captaram R$ 362 bilhões por meio da caderneta de poupança. Desse montante, R$ 191 bilhões foram usados para financiar projetos habitacionais -ou seja, 52,76% do total.
A situação é pior entre os bancos privados. Entre janeiro e abril, essas instituições destinaram apenas R$ 62 bilhões a financiamentos habitacionais. Isso representa 31,79% dos R$ 195 bilhões que foram captados pela poupança.
Os bancos públicos, por sua vez, investiram R$ 129 bilhões em projetos imobiliários no período -77,71% dos R$ 166 bilhões captados pela caderneta de poupança-, o que compensa a atitude das instituições privadas.
Segundo Miguel de Oliveira, vice-presidente da Anefac e coordenador da pesquisa, os bancos privados investem parte dos recursos da poupança em letras hipotecárias, títulos com lastro em projetos imobiliários.
Oliveira diz que os bancos deveriam financiar diretamente projetos habitacionais, e não aplicar em títulos. Ele afirma que isso acontece porque os papéis oferecem rentabilidade maior.
Mesmo entre bancos públicos, a proporção entre recursos captados pela poupança e crédito imobiliário vem caindo. Em dezembro de 1994, essas instituições aplicavam 153% do dinheiro em financiamento de projetos habitacionais. Em cinco anos e meio, essa relação caiu pela metade.
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Bancos não investem R$ 30 bi em imóveis
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Neste ano, os bancos deixaram de destinar R$ 30 bilhões a operações de crédito imobiliário que, por lei, são obrigados a realizar.
Essa é a conclusão de pesquisa feita pela Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade) com base em dados fornecidos pelo Banco Central.
De acordo com resolução do governo federal, os bancos são obrigados a destinar, no mínimo, 65% do total de recursos captados pela caderneta de poupança para financiamentos habitacionais.
Nos quatro primeiros meses deste ano os bancos captaram R$ 362 bilhões por meio da caderneta de poupança. Desse montante, R$ 191 bilhões foram usados para financiar projetos habitacionais -ou seja, 52,76% do total.
A situação é pior entre os bancos privados. Entre janeiro e abril, essas instituições destinaram apenas R$ 62 bilhões a financiamentos habitacionais. Isso representa 31,79% dos R$ 195 bilhões que foram captados pela poupança.
Os bancos públicos, por sua vez, investiram R$ 129 bilhões em projetos imobiliários no período -77,71% dos R$ 166 bilhões captados pela caderneta de poupança-, o que compensa a atitude das instituições privadas.
Segundo Miguel de Oliveira, vice-presidente da Anefac e coordenador da pesquisa, os bancos privados investem parte dos recursos da poupança em letras hipotecárias, títulos com lastro em projetos imobiliários.
Oliveira diz que os bancos deveriam financiar diretamente projetos habitacionais, e não aplicar em títulos. Ele afirma que isso acontece porque os papéis oferecem rentabilidade maior.
Mesmo entre bancos públicos, a proporção entre recursos captados pela poupança e crédito imobiliário vem caindo. Em dezembro de 1994, essas instituições aplicavam 153% do dinheiro em financiamento de projetos habitacionais. Em cinco anos e meio, essa relação caiu pela metade.
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