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26/03/2001
-
07h40
da Folha Folha de S.Paulo
Uns contentes, outros nem um pouco. Do lado de quem vende os contratos, a exigência de garantias já desperta preocupações.
"A CVM (Comissão de Valores Mobiliários) precisa conhecer o lado do investidor. Quando fala em garantias, tem de entender que o boi vale muito mais do que um seguro", diz João Arnaldo Tucci, diretor-presidente da Arroba's.
Carlos Noia, presidente da Bawman, afirma que a CVM está dando uma conotação muito financeira para o investimento. "Somos apenas produtores rurais." Mas, de acordo com a CVM, os contratos são títulos mobiliários.
Segundo Noia, a Bawman vai tentar se articular com as outras duas empresas de contrato de investimento coletivo (Arroba's e Boi Gordo) para elaborar uma proposta comum à CVM.
Já para o jornalista Milton Neves, comprador dos contratos há três anos, as normas trarão maior segurança para os investidores. "Vai dar até para eu investir acima das 80 cabeças que tenho."
O professor Antônio Fazoli, que tem 3.000 arrobas, também diz que ficará mais confortável. Os contratos de investimento coletivos são a única poupança que ele tem para a aposentadoria.
A rentabilidade dos investidores também poderá ser corroída. Para José Vicente Ferraz, da consultoria de agronegócios FNP, as empresas não têm condição de dar maior segurança sem baixar a rentabilidade do produto.
Segundo Carlos Rebello, da CVM, o lucro não deverá ser prejudicado. "Elas têm condições de arcar com a maior segurança dos clientes e continuar crescendo."
Em breve, o problema de falta de liquidez desses títulos poderá ser amenizado. A Soma (Sociedade Operadora do Mercado de Ativos), a Bolsa eletrônica do Rio de Janeiro, está se preparando para negociar os contratos de engorda.
Hoje, o investidor, quando quer sair da aplicação antes do vencimento, geralmente não tem outra opção a não ser a de devolver o título para o pecuarista mediante o pagamento de uma taxa. Com a negociação na Soma, o encontro de quem quer vender com quem quer comprar ficará mais fácil.
Rentabilidade dos contratos pode cair
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Uns contentes, outros nem um pouco. Do lado de quem vende os contratos, a exigência de garantias já desperta preocupações.
"A CVM (Comissão de Valores Mobiliários) precisa conhecer o lado do investidor. Quando fala em garantias, tem de entender que o boi vale muito mais do que um seguro", diz João Arnaldo Tucci, diretor-presidente da Arroba's.
Carlos Noia, presidente da Bawman, afirma que a CVM está dando uma conotação muito financeira para o investimento. "Somos apenas produtores rurais." Mas, de acordo com a CVM, os contratos são títulos mobiliários.
Segundo Noia, a Bawman vai tentar se articular com as outras duas empresas de contrato de investimento coletivo (Arroba's e Boi Gordo) para elaborar uma proposta comum à CVM.
Já para o jornalista Milton Neves, comprador dos contratos há três anos, as normas trarão maior segurança para os investidores. "Vai dar até para eu investir acima das 80 cabeças que tenho."
O professor Antônio Fazoli, que tem 3.000 arrobas, também diz que ficará mais confortável. Os contratos de investimento coletivos são a única poupança que ele tem para a aposentadoria.
A rentabilidade dos investidores também poderá ser corroída. Para José Vicente Ferraz, da consultoria de agronegócios FNP, as empresas não têm condição de dar maior segurança sem baixar a rentabilidade do produto.
Segundo Carlos Rebello, da CVM, o lucro não deverá ser prejudicado. "Elas têm condições de arcar com a maior segurança dos clientes e continuar crescendo."
Em breve, o problema de falta de liquidez desses títulos poderá ser amenizado. A Soma (Sociedade Operadora do Mercado de Ativos), a Bolsa eletrônica do Rio de Janeiro, está se preparando para negociar os contratos de engorda.
Hoje, o investidor, quando quer sair da aplicação antes do vencimento, geralmente não tem outra opção a não ser a de devolver o título para o pecuarista mediante o pagamento de uma taxa. Com a negociação na Soma, o encontro de quem quer vender com quem quer comprar ficará mais fácil.
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