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21/07/2000
-
12h13
ALEXANDRO MARTELLO*
do FolhaNews, em Brasília
O Brasil enviou mais do que recebeu do exterior US$ 479 milhões em junho. É o que mostra o balanço de pagamentos brasileiro, a conta que inclui todos os pagamentos efetuados e recebidos do exterior. Com esse resultado, o balanço de pagamentos acumula no semestre um déficit de US$ 7,770 bilhões.
O resultado de junho das contas externas é consequência de um déficit em transações correntes de US$ 2,477 bilhões. Esta subconta, que é sempre bastante deficitária, inclui a balança comercial (importações menos exportações), o pagamentos de juros da dívida externa, as remessas de lucros, royalties e as transferências unilaterais, especialmente de dekasseguis no Japão.
Déficit em transações correntes
é o menor desde junho de 99
O chefe do departamento Econômico do BC, Altamir Lopes, afirmou que o déficit em transações correntes de junho, que somou US$ 2,477 bilhões, é um dos menores resultados para o mês.
"Temos uma sazonalidade, devido às despesas com juros mais elevadas, e, em razão disto, se remete mais recursos a título de pagamentos de serviços em junho."
Ele lembrou que o déficit de US$ 2,477 bilhões é melhor do que o registrado em junho de 1999 (US$ 2,923 bilhões).
No entanto, o déficit cresceu 53,2% em relação a maio, quando o resultado negativo nas transações correntes foi de US$ 1,617 bilhão.
Lopes afirmou também que o resultado acumulado de 12 meses já está abaixo de 4% do PIB, o que não ocorria desde agosto de 1998.
Para financiar este déficit em transações correntes, o Brasil historicamente depende dos investimentos externos. Eles entram em uma segunda subconta, a conta de capital, que nunca consegue zerar o déficit de transações correntes.
Em junho, a subconta de capital (mede investimentos que entram e deixam o país) teve superávit de US$ 1,998 bilhão. Tirando o déficit em transações correntes do superávit da conta de capitais, resulta o déficit do balanço de pagamentos, que em junho ficou em US$ 479 milhões.
No semestre, o déficit em transações correntes foi de US$ 11,363 bilhões (3,54% do PIB). O saldo da conta de capital no semestre foi superavitário em US$ 3,594 bilhões. No fluxo de 12 meses terminados em junho, o déficit em transações correntes foi de US$ 23,980 bilhões, ou 3,96% do PIB.
O ingresso de investimentos líquidos estrangeiros diretos, que sempre financia o rombo nas contas externas, foi de US$ 3,167 bilhões em junho. No acumulado do semestre, os investimentos estrangeiros diretos totalizaram US$ 12,658 bilhões.
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Brasil tem déficit externo de US$ 479 milhões em junho
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ALEXANDRO MARTELLO*
do FolhaNews, em Brasília
O Brasil enviou mais do que recebeu do exterior US$ 479 milhões em junho. É o que mostra o balanço de pagamentos brasileiro, a conta que inclui todos os pagamentos efetuados e recebidos do exterior. Com esse resultado, o balanço de pagamentos acumula no semestre um déficit de US$ 7,770 bilhões.
O resultado de junho das contas externas é consequência de um déficit em transações correntes de US$ 2,477 bilhões. Esta subconta, que é sempre bastante deficitária, inclui a balança comercial (importações menos exportações), o pagamentos de juros da dívida externa, as remessas de lucros, royalties e as transferências unilaterais, especialmente de dekasseguis no Japão.
Déficit em transações correntes
é o menor desde junho de 99
O chefe do departamento Econômico do BC, Altamir Lopes, afirmou que o déficit em transações correntes de junho, que somou US$ 2,477 bilhões, é um dos menores resultados para o mês.
"Temos uma sazonalidade, devido às despesas com juros mais elevadas, e, em razão disto, se remete mais recursos a título de pagamentos de serviços em junho."
Ele lembrou que o déficit de US$ 2,477 bilhões é melhor do que o registrado em junho de 1999 (US$ 2,923 bilhões).
No entanto, o déficit cresceu 53,2% em relação a maio, quando o resultado negativo nas transações correntes foi de US$ 1,617 bilhão.
Lopes afirmou também que o resultado acumulado de 12 meses já está abaixo de 4% do PIB, o que não ocorria desde agosto de 1998.
Para financiar este déficit em transações correntes, o Brasil historicamente depende dos investimentos externos. Eles entram em uma segunda subconta, a conta de capital, que nunca consegue zerar o déficit de transações correntes.
Em junho, a subconta de capital (mede investimentos que entram e deixam o país) teve superávit de US$ 1,998 bilhão. Tirando o déficit em transações correntes do superávit da conta de capitais, resulta o déficit do balanço de pagamentos, que em junho ficou em US$ 479 milhões.
No semestre, o déficit em transações correntes foi de US$ 11,363 bilhões (3,54% do PIB). O saldo da conta de capital no semestre foi superavitário em US$ 3,594 bilhões. No fluxo de 12 meses terminados em junho, o déficit em transações correntes foi de US$ 23,980 bilhões, ou 3,96% do PIB.
O ingresso de investimentos líquidos estrangeiros diretos, que sempre financia o rombo nas contas externas, foi de US$ 3,167 bilhões em junho. No acumulado do semestre, os investimentos estrangeiros diretos totalizaram US$ 12,658 bilhões.
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