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28/03/2001
-
08h00
GUILHERME BARROS, da Folha de S.Paulo
A maioria da sociedade brasileira acha que a conta da correção do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) correspondente aos expurgos dos planos Verão (1989) e Collor (1990) deve ser paga pelo governo e não pelos empresários ou trabalhadores.
Segundo pesquisa do Ibope para a CNI (Confederação Nacional da Indústria) que será divulgada hoje, cerca de 60% da população declara não estar satisfeita com a proposta anunciada pelo presidente Fernando Henrique Cardoso para o pagamento das perdas do FGTS.
De acordo com a pesquisa, o presidente Fernando Henrique Cardoso foi mal assessorado na proposta de acordo para o pagamento da correção do FGTS a ser enviada ao Congresso.
A proposta anunciada por FHC para pagamento das perdas do FGTS prevê o aumento da multa paga aos funcionários demitidos sem justa causa de 40% para 50% e ainda reajusta o recolhimento mensal das grandes e médias empresas para o FGTS de 8% para 8,5%.
A pesquisa CNI/Ibope, que se realiza de três em três meses, é coordenada por Ney Figueiredo, cientista político e consultor da presidência da CNI, e foi feita com 2.000 pessoas maiores de 16 anos entre os dias 17 e 21 deste mês.
No sábado passado, o presidente da Firjan (Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro), Eduardo Eugênio Gouvêa Vieira, esteve com o presidente Fernando Henrique Cardoso, no Rio, para manifestar o descontentamento do setor empresarial com a proposta do governo para a correção do FGTS.
Vieira disse a FHC que a proposta apresentada pelo governo, em primeiro lugar, está longe de significar um acordo entre a classe empresarial, trabalhadores e governo, já que nem os empresários e nem os trabalhadores concordam com ela. "Não houve acordo", afirmou Vieira.
Depois, caso a proposta seja aprovada pelo Congresso, ela poderá significar mais desemprego.
No final do encontro, FHC pediu a Vieira que procurasse o ministro da Fazenda, Pedro Malan, para expor os problemas da proposta. Malan, atualmente, está em Londres.
O presidente da Firjan acha que FHC foi induzido a engano ao anunciar, na semana passada, a proposta para a correção.
Vieira saiu otimista do encontro com FHC, apesar de o presidente não ter feito nenhuma promessa de que mudaria de idéia.
Maioria reprova o acordo para pagar FGTS
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A maioria da sociedade brasileira acha que a conta da correção do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) correspondente aos expurgos dos planos Verão (1989) e Collor (1990) deve ser paga pelo governo e não pelos empresários ou trabalhadores.
Segundo pesquisa do Ibope para a CNI (Confederação Nacional da Indústria) que será divulgada hoje, cerca de 60% da população declara não estar satisfeita com a proposta anunciada pelo presidente Fernando Henrique Cardoso para o pagamento das perdas do FGTS.
De acordo com a pesquisa, o presidente Fernando Henrique Cardoso foi mal assessorado na proposta de acordo para o pagamento da correção do FGTS a ser enviada ao Congresso.
A proposta anunciada por FHC para pagamento das perdas do FGTS prevê o aumento da multa paga aos funcionários demitidos sem justa causa de 40% para 50% e ainda reajusta o recolhimento mensal das grandes e médias empresas para o FGTS de 8% para 8,5%.
A pesquisa CNI/Ibope, que se realiza de três em três meses, é coordenada por Ney Figueiredo, cientista político e consultor da presidência da CNI, e foi feita com 2.000 pessoas maiores de 16 anos entre os dias 17 e 21 deste mês.
No sábado passado, o presidente da Firjan (Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro), Eduardo Eugênio Gouvêa Vieira, esteve com o presidente Fernando Henrique Cardoso, no Rio, para manifestar o descontentamento do setor empresarial com a proposta do governo para a correção do FGTS.
Vieira disse a FHC que a proposta apresentada pelo governo, em primeiro lugar, está longe de significar um acordo entre a classe empresarial, trabalhadores e governo, já que nem os empresários e nem os trabalhadores concordam com ela. "Não houve acordo", afirmou Vieira.
Depois, caso a proposta seja aprovada pelo Congresso, ela poderá significar mais desemprego.
No final do encontro, FHC pediu a Vieira que procurasse o ministro da Fazenda, Pedro Malan, para expor os problemas da proposta. Malan, atualmente, está em Londres.
O presidente da Firjan acha que FHC foi induzido a engano ao anunciar, na semana passada, a proposta para a correção.
Vieira saiu otimista do encontro com FHC, apesar de o presidente não ter feito nenhuma promessa de que mudaria de idéia.
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