Publicidade
Publicidade
21/07/2000
-
15h25
da Reuters
O Brasil não conseguiu implementar mudanças em seu programa de subsídios a aviões, como havia determinado a OMC (Organização Mundial do Comércio). A conclusão é da própria OMC e vai contra os interesses brasileiros no contencioso comercial que envolve a Embraer e sua rival canadense Bombardier.
A decisão, publicada no site da OMC na Internet (http://www.wto.org), dizia que o Proex (Programa de Financiamento às Exportações) que oferecia subsídios aos jatos da Embraer, estava "proibido" de acordo com as leis do comércio internacional.
A decisão pode permitir que o Canadá imponha sanções comerciais ao Brasil de até US$ 3,3 bilhões, embora os dois países tenham dito que eles negociariam mais.
No Canadá, que possui um superávit comercial com o Brasil, representantes do governo já esperavam uma decisão a seu favor, já que a OMC raramente realiza mudanças em suas decisões prioritárias.
"Essa já é a quarta decisão sucessiva contra o Proex", disse um representante do governo canadense, em Ottawa. "O governo do Canadá espera que o Brasil honre seus compromissos com a OMC e cumpra com suas obrigações."
O representante disse que o Canadá se reserva o direito de impor sanções, mas ainda está preparado para negociar. O governo brasileiro também já afirmou estar preparado para negociar, mas insistiu durante os quatro anos de disputas que não mudaria seus planos de subsídios. Porém, a decisão desta sexta deixou o Brasil sem defesa.
"O Brasil não implementou as recomendações de um painel do Órgão de Solução de Controvérsias do dia 20 de agosto de 1999, de retirar os subsídios às aeronaves regionais em 90 dias", disse a OMC, rejeitando a apelação do Brasil a sua última decisão.
O Brasil apelou da decisão da OMC contra o país, do ano passado, que dizia que o Canadá implementou as recomendações anteriores relativas aos subsídios oferecidos à rival da empresa brasileira, a canadense Bombardier.
"O Brasil não demonstrou que o Canadá não adotou as recomendações do Órgão de Solução de Controvérsias", disse a organização.
A disputa está relacionada aos subsídios do Proex à Embraer, a quarta maior fabricante de jatos regionais do mundo. O Canadá acusa o Proex de prejudica a Bombardier, a terceira maior fabricante de jatos do mundo.
Leia também:
Embraer diz que não vai bancar sanções de US$ 3,3 bi
Brasil vai continuar negociando, diz Itamaraty
Canadá espera que Brasil cumpra decisão da OMC
Embraer quer produzir avião supersônico no Brasil
Cacciola está fora do país, diz advogado
G-8 reabre discussão sobre dívidas de países pobres
STF adia de novo decisão sobre Banespa
ESPECIAL:Tudo sobre fundos FGTS Petrobras
Clique aqui para ler mais sobre economia no Dinheiro Online e na Folha Online
Discuta esta notícia nos Grupos de Discussão da Folha Online
OMC nega apelação do Brasil sobre Embraer
Publicidade
Você vai aplicar seu FGTS na Petrobras? Vote na enquete |
O Brasil não conseguiu implementar mudanças em seu programa de subsídios a aviões, como havia determinado a OMC (Organização Mundial do Comércio). A conclusão é da própria OMC e vai contra os interesses brasileiros no contencioso comercial que envolve a Embraer e sua rival canadense Bombardier.
A decisão, publicada no site da OMC na Internet (http://www.wto.org), dizia que o Proex (Programa de Financiamento às Exportações) que oferecia subsídios aos jatos da Embraer, estava "proibido" de acordo com as leis do comércio internacional.
A decisão pode permitir que o Canadá imponha sanções comerciais ao Brasil de até US$ 3,3 bilhões, embora os dois países tenham dito que eles negociariam mais.
No Canadá, que possui um superávit comercial com o Brasil, representantes do governo já esperavam uma decisão a seu favor, já que a OMC raramente realiza mudanças em suas decisões prioritárias.
"Essa já é a quarta decisão sucessiva contra o Proex", disse um representante do governo canadense, em Ottawa. "O governo do Canadá espera que o Brasil honre seus compromissos com a OMC e cumpra com suas obrigações."
O representante disse que o Canadá se reserva o direito de impor sanções, mas ainda está preparado para negociar. O governo brasileiro também já afirmou estar preparado para negociar, mas insistiu durante os quatro anos de disputas que não mudaria seus planos de subsídios. Porém, a decisão desta sexta deixou o Brasil sem defesa.
"O Brasil não implementou as recomendações de um painel do Órgão de Solução de Controvérsias do dia 20 de agosto de 1999, de retirar os subsídios às aeronaves regionais em 90 dias", disse a OMC, rejeitando a apelação do Brasil a sua última decisão.
O Brasil apelou da decisão da OMC contra o país, do ano passado, que dizia que o Canadá implementou as recomendações anteriores relativas aos subsídios oferecidos à rival da empresa brasileira, a canadense Bombardier.
"O Brasil não demonstrou que o Canadá não adotou as recomendações do Órgão de Solução de Controvérsias", disse a organização.
A disputa está relacionada aos subsídios do Proex à Embraer, a quarta maior fabricante de jatos regionais do mundo. O Canadá acusa o Proex de prejudica a Bombardier, a terceira maior fabricante de jatos do mundo.
Leia também:
Embraer diz que não vai bancar sanções de US$ 3,3 bi
Brasil vai continuar negociando, diz Itamaraty
Canadá espera que Brasil cumpra decisão da OMC
Embraer quer produzir avião supersônico no Brasil
Clique aqui para ler mais sobre economia no Dinheiro Online e na Folha Online
Discuta esta notícia nos Grupos de Discussão da Folha Online
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Ministério Público pede bloqueio de R$ 3,8 bi de dono de frigorífico JBS
- Por que empresa proíbe caminhões de virar à esquerda - e economiza milhões
- Megarricos buscam refúgio na Nova Zelândia contra colapso capitalista
- Com 12 suítes e 5 bares, casa mais cara à venda nos EUA custa US$ 250 mi
- Produção industrial só cresceu no Pará em 2016, diz IBGE
+ Comentadas
- Programa vai reduzir tempo gasto para pagar impostos, diz Meirelles
- Ministério Público pede bloqueio de R$ 3,8 bi de dono de frigorífico JBS
+ EnviadasÍndice