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21/07/2000
-
20h47
LÁSZLO VARGA
da Folha de S.Paulo
A Embraer pretende, já no ano que vem, estar preparada para o início da produção do primeiro avião supersônico no Brasil. Será uma versão tupiniquim do Mirage 2000/5, modelo produzido hoje pela francesa Dassault.
Segundo o diretor-presidente da Embraer, Maurício Botelho, a versão brasileira do avião, com velocidade superior à do som, será projetada para atender as especificações da FAB (Força Aérea Brasileira). Esta possui atualmente cerca de 20 aeronaves do tipo, produzidas na década de 70.
Botelho disse, no entanto, que há algumas restrições para a efetiva fabricação do Mirage nacional. "Não pretendemos lançar um supersônico a risco. Vamos produzi-lo se tivermos encomendas."
A empresa está de olho nas licitações que a Aeronáutica fará no ano que vem para iniciar a renovação de sua frota de 754 aeronaves, utilizando a verba de US$ 3,354 bilhões que o Palácio do Planalto liberou neste mês para o Programa de Fortalecimento do Controle Aéreo, que ocorrerá nos próximos oito anos.
Intercâmbio tecnológico
O Mirage brasileiro se encaixa direitinho no acordo que a companhia brasileira fez no ano passado com um consórcio de cinco empresas francesas do setor aéreo espacial.
As companhias Dassault, Aerospatiale Matra, Thomson-CSF e Snecma adquiriram 20% do capital da Embraer, incluídos aí 10% das ações com direito a voto, e, segundo Botelho, uma das grandes vantagens do entendimento é o intercâmbio tecnológico. "O acordo visou basicamente o desenvolvimento de aviões militares."
Nas concorrências que a FAB realizará no ano que vem para atualizar sua frota aérea, a Embraer e seu Mirage tupiniquim devem enfrentar a disputa de modelos como o norte-americano F-16A e o Grippen, produzido na Suécia.
Botelho insistiu hoje que não terá um modelo fabricado no Brasil para ganhar a licitação. "Vamos ter o Mirage francês com modificações." Se a empresa ganhar a concorrência, dará então início à produção dos modelos no país.
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Embraer quer produzir avião supersônico no Brasil
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da Folha de S.Paulo
A Embraer pretende, já no ano que vem, estar preparada para o início da produção do primeiro avião supersônico no Brasil. Será uma versão tupiniquim do Mirage 2000/5, modelo produzido hoje pela francesa Dassault.
Segundo o diretor-presidente da Embraer, Maurício Botelho, a versão brasileira do avião, com velocidade superior à do som, será projetada para atender as especificações da FAB (Força Aérea Brasileira). Esta possui atualmente cerca de 20 aeronaves do tipo, produzidas na década de 70.
Botelho disse, no entanto, que há algumas restrições para a efetiva fabricação do Mirage nacional. "Não pretendemos lançar um supersônico a risco. Vamos produzi-lo se tivermos encomendas."
A empresa está de olho nas licitações que a Aeronáutica fará no ano que vem para iniciar a renovação de sua frota de 754 aeronaves, utilizando a verba de US$ 3,354 bilhões que o Palácio do Planalto liberou neste mês para o Programa de Fortalecimento do Controle Aéreo, que ocorrerá nos próximos oito anos.
Intercâmbio tecnológico
O Mirage brasileiro se encaixa direitinho no acordo que a companhia brasileira fez no ano passado com um consórcio de cinco empresas francesas do setor aéreo espacial.
As companhias Dassault, Aerospatiale Matra, Thomson-CSF e Snecma adquiriram 20% do capital da Embraer, incluídos aí 10% das ações com direito a voto, e, segundo Botelho, uma das grandes vantagens do entendimento é o intercâmbio tecnológico. "O acordo visou basicamente o desenvolvimento de aviões militares."
Nas concorrências que a FAB realizará no ano que vem para atualizar sua frota aérea, a Embraer e seu Mirage tupiniquim devem enfrentar a disputa de modelos como o norte-americano F-16A e o Grippen, produzido na Suécia.
Botelho insistiu hoje que não terá um modelo fabricado no Brasil para ganhar a licitação. "Vamos ter o Mirage francês com modificações." Se a empresa ganhar a concorrência, dará então início à produção dos modelos no país.
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