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17/04/2001
-
09h55
HUMBERTO MEDINA
da Folha de S.Paulo, em Brasília
A Eletropaulo _que abastece 4,6 milhões de clientes na região metropolitana de São Paulo_ começa no mês que vem a trocar 50 mil lâmpadas normais por modelos mais econômicos (lâmpadas fluorescentes compactas), gratuitamente, para consumidores das regiões periféricas da cidade.
A troca de lâmpadas acontecerá principalmente nas zonas leste e sul da cidade e beneficiará consumidores que tiveram o abastecimento de energia regularizado recentemente. Três lâmpadas normais serão trocadas por uma econômica. A empresa fará palestras para educar os clientes a consumirem menos energia. As lâmpadas normais serão destruídas.
A empresa gastará R$ 1,13 milhão na operação. O dinheiro vem de uma verba que todas as distribuidoras de energia têm para programas de redução de consumo.
Para estimular as grandes indústrias a reduzir seu consumo de energia elétrica, o governo permitiu ontem que essas empresas vendam de volta para as distribuidoras a energia não utilizada.
A venda poderá ser feita somente para as distribuidoras com que as empresas têm contrato de fornecimento. Na prática, quem comprou cem megawatts mas usa apenas 80 megawatts poderá revender os outros 20 megawatts.
A legislação atual não permite isso. Se não usar o que foi contratado, a empresa paga o total previsto no contrato. Agora, terá a oportunidade de obter um ganho financeiro com a energia que não está sendo utilizada, o que pode estimular a redução de consumo.
Essa medida, publicada na edição de ontem do "Diário Oficial" da União, faz parte do Plano de Redução de Consumo e Aumento da Oferta, criado para evitar racionamento. Se o plano não der certo, o racionamento de energia começa em junho no Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste.
Além da campanha publicitária para combater o desperdício de energia, essa resolução é a primeira medida efetiva do governo para pôr em prática o plano de racionalização, lançado há 13 dias.
O plano prevê 33 medidas para aumentar a oferta de energia elétrica e diminuir o consumo. O risco de falta de energia é real. O nível dos reservatórios das hidrelétricas das regiões Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste está baixo.
Nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, os reservatórios estão com 34,4% de sua capacidade, enquanto o nível de segurança é 49%. Na região Nordeste, eles estão com 35,96% da capacidade. O nível de segurança é 50%.
Hoje o ministro José Jorge (Minas e Energia) falará na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado sobre o plano de racionalização no uso da energia elétrica, sobre o risco de colapso no abastecimento e sobre a privatização da geradora estatal Furnas.
Eletropaulo fará substituição de lâmpadas em SP
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da Folha de S.Paulo, em Brasília
A Eletropaulo _que abastece 4,6 milhões de clientes na região metropolitana de São Paulo_ começa no mês que vem a trocar 50 mil lâmpadas normais por modelos mais econômicos (lâmpadas fluorescentes compactas), gratuitamente, para consumidores das regiões periféricas da cidade.
A troca de lâmpadas acontecerá principalmente nas zonas leste e sul da cidade e beneficiará consumidores que tiveram o abastecimento de energia regularizado recentemente. Três lâmpadas normais serão trocadas por uma econômica. A empresa fará palestras para educar os clientes a consumirem menos energia. As lâmpadas normais serão destruídas.
A empresa gastará R$ 1,13 milhão na operação. O dinheiro vem de uma verba que todas as distribuidoras de energia têm para programas de redução de consumo.
Para estimular as grandes indústrias a reduzir seu consumo de energia elétrica, o governo permitiu ontem que essas empresas vendam de volta para as distribuidoras a energia não utilizada.
A venda poderá ser feita somente para as distribuidoras com que as empresas têm contrato de fornecimento. Na prática, quem comprou cem megawatts mas usa apenas 80 megawatts poderá revender os outros 20 megawatts.
A legislação atual não permite isso. Se não usar o que foi contratado, a empresa paga o total previsto no contrato. Agora, terá a oportunidade de obter um ganho financeiro com a energia que não está sendo utilizada, o que pode estimular a redução de consumo.
Essa medida, publicada na edição de ontem do "Diário Oficial" da União, faz parte do Plano de Redução de Consumo e Aumento da Oferta, criado para evitar racionamento. Se o plano não der certo, o racionamento de energia começa em junho no Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste.
Além da campanha publicitária para combater o desperdício de energia, essa resolução é a primeira medida efetiva do governo para pôr em prática o plano de racionalização, lançado há 13 dias.
O plano prevê 33 medidas para aumentar a oferta de energia elétrica e diminuir o consumo. O risco de falta de energia é real. O nível dos reservatórios das hidrelétricas das regiões Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste está baixo.
Nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, os reservatórios estão com 34,4% de sua capacidade, enquanto o nível de segurança é 49%. Na região Nordeste, eles estão com 35,96% da capacidade. O nível de segurança é 50%.
Hoje o ministro José Jorge (Minas e Energia) falará na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado sobre o plano de racionalização no uso da energia elétrica, sobre o risco de colapso no abastecimento e sobre a privatização da geradora estatal Furnas.
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