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18/04/2001
-
15h13
da Folha Online
A agência de classificação de risco Fitch rebaixou os ratings soberanos do Peru devido ao cenário político local das recentes eleições presidenciais que pode elevar os riscos para as perspectivas da política econômica nacional.
O rating para dívida em moeda estrangeira foi rebaixado para "BB-" ante classificação anterior de "BB", enquanto o rating em moeda local (nuevo sol) passou de "BBB-" para "BB+". Ambos foram colocados em perspectiva negativa.
A decisão da Fitch reflete o resultado do primeiro turno das eleições presidenciais no Peru, que levaram o líder da oposição a Fujimori, Alejandro Toledo (Peru Possible), e o ex-presidente Alan García (Apra) para a disputa no segundo turno, com aproximadamente 36% e 26% dos votos válidos, respectivamente. Com este resultado, a campanha eleitoral no Peru tende a acirrar apelos de políticas populistas, muito influenciadas pela queda de Fujimori e o repúdio ao seu legado político marcado pela corrupção.
Sem fazer menção direta, a Fitch se refere à possibilidade do retorno de Alan García à presidência e o risco que isto representaria a longo prazo para o curso das reformas econômicas implementadas durante a década fujimorista. Nos últimos dez anos, a política econômica peruana foi conduzida com pulso firme por Fujimori, amparado pelo FMI, com contenção fiscal, rígida política monetária, reformas estruturais e forte relacionamento com os credores internacionais.
Apesar de reconhecer o compromisso do atual governo provisório do Peru em manter os fundamentos macroeconômicos herdados da administração anterior e as positivas perspectivas para o processo de democratização do país, a agência insinua que um possível retorno de García poderá mudar os rumos da economia.
No entanto, a Fitch afirmou que os ratings poderão ser colocados em perspectiva estável caso o novo governo demonstre ser capaz de articular sólidas políticas econômicas.
Quando deixou a presidência do Peru, em 1990, para Alberto Fujimori, Alan García entregou o país em uma profunda crise econômica com inflação de 7.000% ao ano e corrupção endêmica. Ele mesmo teve que pedir asilo na Colômbia após escapar de investigações sobre corrupção em seu governo. A perseguição política que ela afirma ter sofrido durante o regime de Fujimori e as condições que levaram à queda de seu sucessor fizeram dele um forte candidato para ocupar novamente o palácio do governo.
O segundo turno das eleições presidenciais no Peru deve ocorrer entre o final de maio e o início de junho.
Fitch reduz rating do Peru após fortalecimento de Alan García
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A agência de classificação de risco Fitch rebaixou os ratings soberanos do Peru devido ao cenário político local das recentes eleições presidenciais que pode elevar os riscos para as perspectivas da política econômica nacional.
O rating para dívida em moeda estrangeira foi rebaixado para "BB-" ante classificação anterior de "BB", enquanto o rating em moeda local (nuevo sol) passou de "BBB-" para "BB+". Ambos foram colocados em perspectiva negativa.
A decisão da Fitch reflete o resultado do primeiro turno das eleições presidenciais no Peru, que levaram o líder da oposição a Fujimori, Alejandro Toledo (Peru Possible), e o ex-presidente Alan García (Apra) para a disputa no segundo turno, com aproximadamente 36% e 26% dos votos válidos, respectivamente. Com este resultado, a campanha eleitoral no Peru tende a acirrar apelos de políticas populistas, muito influenciadas pela queda de Fujimori e o repúdio ao seu legado político marcado pela corrupção.
Sem fazer menção direta, a Fitch se refere à possibilidade do retorno de Alan García à presidência e o risco que isto representaria a longo prazo para o curso das reformas econômicas implementadas durante a década fujimorista. Nos últimos dez anos, a política econômica peruana foi conduzida com pulso firme por Fujimori, amparado pelo FMI, com contenção fiscal, rígida política monetária, reformas estruturais e forte relacionamento com os credores internacionais.
Apesar de reconhecer o compromisso do atual governo provisório do Peru em manter os fundamentos macroeconômicos herdados da administração anterior e as positivas perspectivas para o processo de democratização do país, a agência insinua que um possível retorno de García poderá mudar os rumos da economia.
No entanto, a Fitch afirmou que os ratings poderão ser colocados em perspectiva estável caso o novo governo demonstre ser capaz de articular sólidas políticas econômicas.
Quando deixou a presidência do Peru, em 1990, para Alberto Fujimori, Alan García entregou o país em uma profunda crise econômica com inflação de 7.000% ao ano e corrupção endêmica. Ele mesmo teve que pedir asilo na Colômbia após escapar de investigações sobre corrupção em seu governo. A perseguição política que ela afirma ter sofrido durante o regime de Fujimori e as condições que levaram à queda de seu sucessor fizeram dele um forte candidato para ocupar novamente o palácio do governo.
O segundo turno das eleições presidenciais no Peru deve ocorrer entre o final de maio e o início de junho.
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