Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
06/05/2001 - 23h00

Tabela do racionamento beneficia indústria e prejudica consumidor

Publicidade

HUMBERTO MEDINA
da Folha de S.Paulo, em Brasília

PATRÍCIA ZIMMERMANN
da Folha Online, em Brasília

O governo modificou a tabela de redução de consumo de energia no racionamento para preservar a indústria. Por outro lado, a medida penaliza os consumidores residenciais e comerciais.

Técnicos dos ministérios de Minas e Energia, Desenvolvimento e Fazenda fecharam novos percentuais de diminuição de consumo por classes para reduzir o impacto do racionamento na economia do país a pedido das indústrias.

O racionamento por meio de cotas de consumo começa em 1º de junho no Sudeste, Nordeste e Centro-Oeste. Pela nova tabela, que será analisada na terça-feira pelo CNPE (Conselho Nacional de Política Energética), o corte na indústria será de 15%.

Na proposta anterior, para uma redução de 20% no consumo global, o setor industrial cortaria 18%. Já o residencial cortaria 21%.

A Folha apurou que, para compensar o sacrifício menor da indústria, os consumidores residenciais poderão ter de cortar 25%, em média, de seu consumo, caso não haja modificação em outras classes (prédios públicos, por exemplo).

O comércio, no entanto, deverá absorver parte desse impacto.
A proposta que será analisada terça mantém o corte global de 20%.

De acordo com o secretário de energia do Ministério de Minas e Energia, Afonso Henriques Moreira Santos, a decisão final será do presidente Fernando Henrique Cardoso, após recomendação dos ministros do CNPE.

"Para as federações das indústrias, o ideal seria redução de até 10%."

Cortes diferenciados
Outra novidade do plano é que o redutor de consumo não será linear mesmo entre os consumidores residenciais. Quem consumir mais estará sujeito a um racionamento maior porque teria mais flexibilidade para manejar os cortes.

De acordo com Moreira Santos, os cortes poderiam chegar a 35% para consumidores residenciais que gastam mais de 1.000 kWh/mês. Para quem gasta 200 kWh/mês, o redutor poderia variar entre 10% e 15%.

Um consumidor de 500 kWh/mês teria que economizar aproximadamente 20%.

As propriedades rurais também serão preservadas com a nova proposta técnica. O percentual de redução (10%) continuará o mesmo, mas a faixa de consumo livre do racionamento, que era de 100 kWh/mês, será ampliada para 150 kWh/mês, isentando os pequenos produtores rurais.

  • Veja especial sobre a Crise Energética
  •  

    Publicidade

    Publicidade

    Publicidade


    Voltar ao topo da página